Ferrugem no portão

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[ODE]

"Se ergues da justiça a clava forte, verás que o filho teu não foge à luta, nem teme, quem te adora a própria morte"
...
Eu sou a cara do país, alma de rocha dura, eu sou a flor do lácio da base a estrutura.
E quem dirá que tudo em mim nunca há de vencer?

Meu corpo é de medalhas, meu sonho é meu poder...

Se cada um tem seu jeitinho eu também tenho o meu, e todo dia surge alguém querendo ser meu deus, "de um povo heroico o brado retumbante", eu sou guerreiro, sou guerreira, em qualquer instante.

"Ó pátria amada, idolatrada" peço que me salve, se não atende a minha voz eu prossigo de pé, ser corrompida e maculada a chaga da maldade, eu sou ternura, eu sou a força, hoje eu sou mulher.

'Me ergui no suor do sol da liberdade em raios fúlgidos', 'brilhei no céu da pátria bem naquele instante', 'de amor e de esperança eu sei que a terra desce', mas faz tempo que eu não lembro se na própria natureza sou gigante!

"Idolatrada, salve, salve." isso eu já sei de cor, "dos filhos deste solo" matas-te a mãe gentil, ao vencer, eu sou pátria amada, já na derrota, eu sou só BraZil.

Nossos bosques têm perdido a vida e essa morte em teu seio ganhou mais amores.
"Florão da America"? "Sol do novo mundo"?
É um risonho campo que não tem mais flores. 

A casa vermelha 2Onde histórias criam vida. Descubra agora