KATHERINE PERANCCI
Seus olhos fixos aos meus. Me encarando brutalmente, me sentia afetada com as suas iris verdes. Mas.. quem é ele? O diabo realmente ou apenas alguém que age como o diabo?
- Impossível. - Olho firmemente em seus olhos. Meu ar começa a faltar e volto a respirar novamente. Coisa que eu esqueço de fazer quando alguém está tão perto.
- Nada é impossível meu amor, quando você quer algo ou deseja que aconteça, você tem que fazer acontecer. - Suas mãos se desgrudam da parede, agora se encontram tocando levemente em minha coxa, entre minhas pernas. Um arrepio subiu pelo meu corpo.
- Eu não estou te entendendo. Quem é realmente você merda? - Falo nervosa, seu toque me encomodava. Mas eu não consigo recuar. Eu não quero recuar.
Seu rosto se aproxima mais de mim. A respiração quente dele batia contra meu pescoço.
- Oque eu quero dizer, é que o que eu quero que aconteça... - Ele faz uma pausa, beijando meu pescoço. Minha respiração falha. Eu busco apoio em seus ombros rigidos feito pedra, enquanto suas mãos subia cada vez mais para dentro do tecido do meu short. Oque ele tá fazendo? - É que você seja totalmente minha porra.
Eu fico paralisada. Sua mão finalmente chega a minha calcinha, meus olhos fecham brutalmente enquanto minha respiração se acelera bruscamente. Sua voz em meu ouvido me deixava nervosa. O calor do corpo daquele homem que eu nunca havia visto ou conhecido em toda a minha vida me afetou. Eu preciso sair daqui.
Eu empurro seu corpo para longe. O homem alto recuar três passos para trás, mas não porque eu tive forças para joga-lo longe. Qualquer movimento que eu fizesse para machuca-lo apenas o faria cócegas. Ele se afastou por que sentiu que precisava.
Eu corro para o outro lado do quarto, indo até a porta e tentando abri-lá, mas me lembro que estava trancada.
- Socorro, por favor me ajudem. - Falo com minha garganta entalada. Eu batia na porta freneticamente, na intenção de alguém, uma única pessoa pudesse me escutar. Mas ninguém parecia me escutar.
O pânico tomou conta de mim quando realmente percebi oque estava acontecendo.
Eu fui sequestrada, por um homem maluco, totalmente maluco. Eu estou em um lugar que eu nunca vi na minha vida, longe da minha irmã. Eu nem ao menos sei se ela está bem.
Eu tento respirar calmamente agora, me virando pro mesmo homem que estava me tocando e me beijando segundos atrás.
Ele permanecia "calmo", encostado sobre a parede com os braços cruzados, olhando fixamente para mim.
Ele tira a chave do bolso e coloca sobre a bancada ao seu lado, mas eu sei que se me aproximar para pega-la, ele vai esconder novamente.
- Porque tá fazendo isso comigo? Oque eu fiz pra você? Só me deixe ir embora. - Falo me aproximando dele. Na expectativa de uma parcela de pena por sua parte.
Agora próxima ao seu corpo e encarando seus dois olhos, eu imploro novamente.
- Por favor. - Seu rosto era inexpressivo. Nenhuma reação, parecia totalmente petrificado. Ele não está a se importando realmente se eu estou bem ou não?
Finalmente seu corpo se move, a ponta de seus dedos tocam meus dois braços, subindo em um movimento lento até meu meu rosto. Suas mãos quentes envolvem minha bochecha enquanto acariciam minha nuca.
- Eu não posso deixar você sair querida... - Seus olhos agora expressavam pena. - O mundo é tão cruel lá fora... e só eu posso te proteger dele. Mas entroca de tudo isso, a única coisa que eu quero de você é seu corpo e alma. Quero que você seja totalmente minha, não fuja de mim. Apenas aceite. - Seu rosto se aproxima do meu, depositando um beijo em minha testa.
Eu automaticamente passo a encarar o chão. Tentando assimilar tudo aquilo. Como assim me proteger? Me proteger do que? De quem? Porque eu?
Ele não me dá tempo de responder, ele pega a chave e volta a andar em direção a porta. Por instinto eu vou atrás dele, a do outro lado da porta haviam seguranças em volta do meu quarto. Quando eu estava pronta para sair ele me barra.
- Você fica aqui. Tome um banho, vista o vestido que comprei, se arrume e desça em 1 hora para o almoço. - Ele fecha a porta.
Eu volto pra cama. Me jogando sobre os lençóis macios e afundo meu rosto no travesseiro, me permitindo gritar desesperadamente. Fazendo minha voz sair abafada pelo quarto.
" . . . "
Eu estou a pelo menos 15 minutos me encarando no espelho do banheiro.
Um vestido vermelho vinho, longo, colado, justo e de alças finas. Caimento bonito, um leve decote, abertura na perna esquerda. Joias douradas e meu cabelo solto.
Eu usava uma maquiagem simples, blush, corretivo, batom vermelho, iluminador e um delineado de sombra.
Eu estava tão linda.
De repente a porta do quarto se abre. Eu saio do banheiro e me deparo com um homem. Alto, olhos verdes, cabelos castanhos claro, com a pele clara coberta de tatuagens, dos braços ao pescoço. Um pouco parecido com o "diabo". A semelhança é clara.
Seus olhos passaram por mim, não deixando um centímetro se quer sem olhar. Senti minhas bochechas queimarem.
- Katherine? Hora do jantar. - Ele me olhava sério. Será que os dois são irmãos? Porque seus olhares são tão.. intensos? É de família?
- Quem é você e quem é ele? A única coisa que ele me fala é que é o "diabo". - Falo dando ênfase com os dedos nas minhas últimas palavras.
O homem a minha frente suspira, fechando os olhos e parecendo pensativo se deveria me falar algo ou não. Logo ele se aproxima, estendendo sua mão para me cumprimentar.
- Perdão pela informalidade. Eu sou Yuri Moretti, e o "diabão" é o Ethan Moretti. Meu irmão mais novo. - Eu levo minha mão a sua, o cumprimentando levemente enquanto absorvia as informações. Eles realmente eram irmãos. Sabia.
- Você parece saber quem eu sou. Por favor, apenas me conte oque eu estou fazendo aqui. Eu imploro, me conte algo. - Falo com um olhar sensível a ele, torcendo por uma mínima resposta.
- Katherine... eu de fato sei quem é você. Sei seu nome, idade, com oque trabalha, sei quem é sua família e sua história de vida. Mas quem realmente sabe tudo sobre você é o Ethan. - Ele respirava fundo, parecendo receoso de me contar.
Eu levo minhas mãos a dele, segurando firme enquanto o olhava, na expectativa de mais respostas.
- Eu sinto muito, é tudo que eu posso contar... só tome cuidado. Não o contrarie, não o irrite e apenas o obedeça. Até a poeira abaixar. - Ele aperta firme minha mão em um carinho reconfortante. Ele parecia sentir pena e empatia por mim.
- Yuri, você parece ser o único que realmente sabe se estou em perigo ou não... então me ajude a sair daqui, por favor. Você me conhece, sabe que eu tenho uma irmã mais nova, eu preciso ve-la. - Meus olhos enchem d'água ao lembrar de Clare, eu sinto tanta a falta dela.
- Eu sei que quer ve-la. Mas ela está bem, no momento você precisa se preocupar com você. Você não está em perigo se apenas fazer oque te instrui, eu não posso te ajudar, mas garanto que ficará bem. Você é uma mulher forte, passou por coisas piores, sei que consegue. - Seus olhos encaravam os meus, seus dedos passam levemente abaixo dos meus olhos, limpando minhas lágrimas em um carinho delicado.
- Precisa descer. O jantar vai começar.
" . . . "
Oioi, por favor, votem para me ajudar 🫶🏻
( Peço perdão pela demora para postar. Eu estava desmotivada pela falta de engajamento do livro, mas voltarei a postar frequentemente, então por favor, não seja um leitor fantasma. Apoie os estritores que se esforçam diariamente! )
Apartir de agora, farei capítulos mais longos, com no mínimo 3000 palavras!
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Be Your Devil
RomanceKatherine Perancci, uma garota de vinte anos, que saiu de sua pequena cidade no interior de Boston para morar em Los Angeles, para tenta recomeçar sua vida do zero com sua pequena irmã Clare após sair de uma casa que lhe gerou tantos traumas. Trabal...