a queda de Golias

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Sou um escritor fajuto que já não ganha mais nada com a escrita.

Não há mais conto ou poesia, não há mais ganho nem partida.

Há só vazio;

Vivendo no limbo e no bréu. Insano e caótico, um escritor melódico.

Existo apenas por existir e viver já não é mais uma opção. Cansado.

Quantas outras palavras eu devo escrever para dizer que estou exausto?

O quanto mais eu devo insistir na casca de Miguel?

Ou eu devo prosseguir?

A farsa do meu mérito como escritor de poesia. Ou não mais um poeta em declínio.

Tive uma partida fascinante, mas não como artista - muito menos como poeta.

Como um humano em queda.

Texto de 08/12/2023

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