Ao amanhecer de mais uma manhã, eu acordava e não, não me sentia bem. Ainda mais por olha a minha mãe dormindo em uma poltrona em uma posição nada boa.
- Mãe..? - Chamava ela de forma calma, claro que ela acordou em um desespero achando que eu precisava de algo.
- OI, oi? tudo bem? precisa de algo? -Dizia ela acordando em um susto e vindo até mim rapidamente me olhar.
- Vai para casa.. precisa descansar, e comer algo. Sabe que ficarei bem, Hanna cuidará de mim.. - Eu forçava um sorriso reconfortante, não menti em dizer que a Doutora Hanna cuidará de mim. Ela não sai do meu pé desde quando tudo começou.
- Mas Bela.. - Eu nem deixei ela terminar, que mulher teimosa, meu deus.
- Nada de mais ou de menos, vá para casa. - Eu dizia olhando para ela sério, logo a mesma suspirou e me deu um beijo na testa pegando sua bolsa que estava apoiada na poltrona.
- Você é mesmo igual ao seu pai, voltou logo não pense que se livrou de mim hein, bonitinha - Diz ela e nós duas rimos, ela apenas me deu uma última olhada e foi para casa.
Pelo resto do dia não fiz nada de diferente, tomei um banho após me despedir da minha mãe, fiz uns check-ups de toda segunda, almocei a comida sem gosto daqui e agora estou lendo. Um hobby que descobri desde que vim para cá...
Tudo começou a mais ou menos um mês, quando eu estava em mais uma de minhas crises de dor de cabeça e acabei desmaindo. Meus pais não demoraram para me encontrar e me levaram ao hospital, foram vários exames feitos para descobrir que eu tinha Glioblastoma, e para piorar eu desenvolvi anemia.
Sim, um tumor cerebral que não tem cura. Agora estou fazendo o tratamento, não por que quero mas sim por eles, é difícil já que eu já tinha me dado por vencida, mas não poderia desistir por eles...
- Você me parece bem, Bella. - Dr. Hanna invadia meu quarto e colocava seu estetoscópio em meu peito afim de escutar meus batimentos, enquanto analisava meu rosto.
- Para alguém que está morrendo, sim. Pareço bem, até demais- Bom, acho que tudo bem você dar uma voltinha por aí, hoje. Te faria super bem oque acha? - Ela colocava o estetoscópio em seu pescoço e pegava a prancheta do relatório parando em minha frente e esperando uma resposta minha.
- Sério? Posso mesmo? - Eu dizia animada, faz tempo que peço a ela por isso, mas estava tendo muitas crises e o medo que algo acontecesse durante essas voltas era grande.
- Sim. Mas terá que me prometer voltar antes das 5:00.
- Tudo bem. Aí, nem acredito, finalmente. - Me levantei enquanto a Dr. Hanna ria da minha alegria, coloquei a pantufa de panda e saí do quarto deixando Hanna anotando seu relatório diário...
E então, eu sai andando até a vidraria do andar de cima do hospital que mostrava a cidade inteira, não dava para sentir o calor do sol, nem ouvir o barulho do lado de fora, muito menos sentir um ar que não seja o do ar condicionado daqui. Mas, era uma vista linda de todo vivendo suas vidas, eu amava olhar aquilo e claro imaginar se poderia ser eu..
E
claro que para pessoas como eu até imaginar o dia de amanhã é difícil, por que nunca saberemos quando simplesmente deixaremos de existir.
- Fica mais bonito com o pôr do sol. - Me viro rapidamente a atenção a voz masculina que surgiu sem ao menos eu sentir sua presença.
- É.. deve ficar.
Eu não disse mais nada, apenas fiquei observando o menino moreno em minha frente, e como seus olhos verdes tinha uma coloração meio única, foi quando percebi seu cateter nasal. Oque ele teria?
- Te assustei? Desculpa. - Ele dizia me observando, como se estivesse me analisando.
- Não! Tá tudo bem. - Falo dando um sorriso e ele também, fui descendo mais o olhar e percebi que o cateter nasal dele era ligado a uma bolsa de oxigênio que estava apoiada em seu ombro, e me lembrava aquelas bolsas de carteiro.
- Qual seu nome? Deveria ter perguntado antes de chegar assim. - Ele diz mais sorridente, e sim era um sorriso lindo.
- Isabella. E o seu? - Eu disse andando até uns bancos que tinham num corredor ali, e me sentei neles, aparentemente teríamos uma boa conversa.
- Meu nome é Levy, mas não vou falar muito para não se apaixonar. - Ele disse enquanto vinha até o mesmo banco que eu rindo e eu ri também de sua piada, ele se sentou ao meu lado, com um poucos centímetros de distância.
- Posso te chamar de Bella?- Claro, todos me chama assim. - Eu dava um riso.
- Então, terei que ser inovador, um apelido para que só eu te chame. - Ele parecia pensar em algo enquanto me olhava.
- Coelhinha, você me lembra uma.- Meu deus, não - Eu dizia rindo, e muito. Imagina ser chamada de coelhinha
- Não tem essa opção de não. - Ele ria também e logo mudava o assunto.
- Desculpa perguntar.. mas oque te faz estar aqui? - Dizia enquanto olhava para minha mão que tinha uma fita de cor cinza que identificava os pacientes que estavam internados, ele também tinha.- A tudo bem, eu tenho glioblastoma. Sabe oque é, Levy? - Disse normal e calma, enquanto me ajeitava no banco.
- Na verdade, não. Oque é? - Ele dizia curioso, era até engraçado por que seu rosto estava calmo e talvez isso mudaria ao contar.
- Um tumor que atinge o cérebro, o meu é o multiforme. E eu estou começando o tratamento - Eu dizia o observando.
- Meu deus, e dói? Como é? - Ele parecia curioso para ouvir.
- Bem, dói quando dá as dores de cabeça, e é quase insuportável, mas agora que estou tendo o tratamento eu quase não tenho tido. - Eu falava simples, enquanto o observava que estava ouvindo tudo com atenção.
- E você? Tem oque?- Eu tenho fibrose cística, Bella.
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Sejam bem vindos (a) a "Por você."
Espero que gostem
E que sejam do agrado de vocês.
É a minha primeira obra entãode tiver erros relevem, e ela é
inspirada em "A cinco Passos de Você"
E em outras obras.
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Por você..
Fiksi PenggemarPor você.. Por que afinal sempre foi você. & continua sendo você. mas sem você..