As aventuras com o vento

capítulo único

Essa criança que está comigo, não é uma criança qualquer. Oh, não... Ela é uma super criança,  uma garotinha de 8 anos e meio, que adora sonhar. Super criança a gente diz, pelo fato dos sonhos dela se tornarem realidade. Leyla,  ruiva e de muitas sardas, sempre quis um mundo onde ela comandasse, viajasse, ter altas aventuras, brincar e voar! 
   A mãe de Leyla abandonou-a quando tinha apenas 1 ano, o pai que tanto faz ela feliz, a cuida com muito amor e carinho. Ele ensinou sua filha a ter sonhos e sempre a ter imaginação alta. Só não sabiam que o vento verde iria buscá-la para uma salvação, para uma expedição.

**capítulo 1**
-Pai, o que o senhor acha de uma bruxa com 3 cabeças?
-Horripilante filha. Não seria melhor algum animal?
-Mas pai, todo mundo pensa em animais... E se em vez de bruxa, seria uma velha amaldiçoada?
-Filha, por que alguém tem que ter 3 cabeças?
-Ah, para ser diferente dos iguais.
-Hum... Bom, ainda acho a ideia horripilante, mas realmente é algo diferente. Já tem ideia do que vai ser sua história?
-Ainda não sei, queria por elementos não tradicionais,  e se eu fazer gatos de texturas? Tipo naquele livro, lembra pai?
-Onde tem o gato malhado, o xadrez e por aí vai?
-Exatamente papai.
-Bom filha, eu acho genial. Me diz quando precisar de ajuda, vou fazer um chocolate.
-UhUUUUUU!

Francisco sai do quarto de sua filha, e vai direto para a cozinha. Leyla começa a rabiscar e a tentar escrever sua história, uma que ela espera virar o maior livro do mundo. Enquanto seu pai preparava o chocolate, ela escrevia, seu pai limpava o que sujou, ela rabiscava.

-Leyla, vem comer!

Ele terminou de arrumar a mesa, e quando ela chegou, riram e conversaram mais um pouco. Chegando a hora de dormir, ele a pôs na cama, deu um caloroso beijo na testa e disse:
-Eu te amo filha, continue sonhando, e escrevendo, tá bom? -sorriu.
-Tá bom pai, também te amo.
-Tenha bons sonhos.
-Você também, que a velha de 3 cabeças não te persiga.
-Hahaha sua engraçadinha.

Dizendo isso, seu pai sai do quarto em direção ao banheiro, fazendo o quarto de Leyla uma escuridão de pensamentos. Às duas da manhã, Leyla acordou depois de sonhar com um dragão. Onde ele estava em constante luta para defender seu legado, sua honra e seu local. Leyla foi beber água, pensando se colocaria o que viu em sua história. Foi então que uma rajada de vento bateu as janelas, que fez todos seus pelinhos se arrepiarem, o vento se comunicava com Leyla, mas ela não entendia, e tentava fechar as janelas. O vento se acalmou e tentou as palavras:

-Oi Leyla, socorro?
-Socorro? Quem disse isso?
-Peço perdão, acho que não traduzi a palavra errada. Eu sou o que vocês chamam de vento, mas meu nome é Ventisco la no mundo das fadas? Aberrações? Criaturas? Bom essas coisas.
-Então tu fala, vento?
-Sim.
-E eu não posso te ver?
-Por enquanto não.
-Mas tu é meio verde é? E o que veio fazer até mim?
-Meu tom natural. Vim Te buscar para ir no meu mundo, o mundo onde tudo pode ser real, tudo o que você sonha aparece lá.
-E meu pai sabe disso? Posso contar pra ele?
-Não, Leyla. Mas depois você vai conseguir entender.
-Ah, então tá bom, ele vai ficar bravo se eu for com você?
-Pode ficar tranquila, você é uma boa garota. Agora segure-se firme.

O vento fez outra rajada e tirou Leyla do chão, fazendo ela gritar e sorrir como nunca.
-EU TÔ VOANDO! EU TÔ VOANDO!

Ventisco o amigo vento das criaturas de todo o escalão, levou a unica pessoa que resolveria o mundo do caos e da destruição, e como uma garotinha de 8 anos iria fazer isso? Com o poder da imaginação, a arma mais fatal de uma criança. 
O vento a levou sob o mar, perto das nuvens e passou por diversos portões, de muitas cores e tamanhos. Leyla observava tudo com atenção, registrava tudo no seu caderninho da noite. Quando chegaram no sexto portão, o vento a soltou nas enrodilhadas traçadas da bancada. Um velhinho que estava na recepção os atendeu: