Capítulo 4 - Toureando o touro de Minos

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"Só pode ser brincadeira." Pensou Nydia, já não bastava a escola toda descobrir sobre sua vida, agora chamaram sua madrinha e a tal Ordem para ouvirem também.

Os adultos foram sentando-se em três das quatro mesas do Salão. Narcissa sentou-se ao lado de seu filho na mesa da Sonserina; O Sr. e Sra. Weasley, juntamente de Lupin, se acomodaram na Grifinória, cumprimentando os alunos e o trio de ouro. Tonks foi a única a se sentar na Lufa-lufa, perto de Nydia, cujo olhar não parava de se mover pelo Salão em nervosismo. A gargalhada cheia de veneno de Heidi começou a encher seus ouvidos, a fazendo grunhir.

- Agora que todos se acomodaram, eu pensei que seria interessante chamá-los. - Dumbledore acenou com a mão boa para os convidados. - Para se juntarem a nós nessa leitura mesmo com tudo que vem acontecendo nos últimos anos.

Alguns olhares se voltaram para a mesa das cobras em desaprovação.

- Há alguém interessado em ler o novo capítulo? - Perguntou o diretor. Algumas mãos se ergueram pelas mesas. Senhorita Chang. - O livro então flutuou até a Corvina.

- Obrigada, professor. - Cho apoiou o livro na mesa, alguns de seus colegas tentando dar espiadas nas páginas. - Esse capítulo se chama Minha mãe me ensina a tourear.

- Eu já tô vendo que vai dar merda. - Ron comentou baixinho com os amigos, sem deixar a mãe ouvir.

Arrancamos noite adentro por estradas rurais escuras. O vento golpeava o Camaro. A chuva açoitava o para-brisa. Eu não sabia como minha mãe conseguia ver alguma coisa, mas ela mantinha o pé no acelerador.

Toda vez que um relâmpago produzia um clarão, eu olhava para Grover sentado ao meu lado no banco de trás e me perguntava se tinha ficado louco ou se ele estava usando algum tipo de calça felpuda. Mas não, o cheiro era o mesmo que eu lembrava das excursões do jardim de infância para o zoológico infantil – lanolina, como o de lã. O cheiro de um animal molhado de estábulo.

- Eu espero não estar cheirando assim agora, estou? - Perguntou Grover pra Annabeth, que negou com a cabeça. - Além disso, que grosseria comigo!

- Chamar de animal de estábulo é maldade. - Concordou Neville.

Tudo o que pude dizer foi:

– Então, você e minha mãe... se conhecem?

- Tantas perguntas a serem feitas e é isso que ele questiona primeiro.

Os olhos de Grover moveram-se rapidamente para o espelho retrovisor, embora não houvesse carro nenhum atrás de nós.

– Não exatamente – disse ele. – Quer dizer, nunca nos encontramos pessoalmente. Mas ela sabia que eu estava observando você.

– Observando, a mim?

– Estava de olho em você. Cuidando que estivesse bem. Mas eu não estava fingindo ser seu amigo – acrescentou apressadamente. – Eu sou seu amigo.

– Ahn... o que é você, exatamente?

– Isso não importa neste momento.

– Não importa? Da cintura para baixo, o meu melhor amigo é um burro...

- Isso sim é maldade comigo. - Reclamou Grover. - Primeiro animal de estábulo e agora burro.

Grover soltou um agudo e gutural:

– Bééééé!

Eu já o tinha ouvido fazer aquele som antes, mas sempre achei que era um riso nervoso.

Hogwarts lendo Percy JacksonOnde histórias criam vida. Descubra agora