"𝕺 𝖏𝖔𝖌𝖔 𝖈𝖔𝖒𝖊ç𝖔𝖚"
● Classificação +18
● Translated by: 𝗗𝗿𝗮𝘄𝗝𝗟
● A história não é minha. Trata-se de uma tradução. Todos os créditos nas notas. Algumas partes adaptadas, alteradas e criadas por mim.
● Capa by: 𝗗𝗿𝗮𝘄𝗝𝗟
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Jennie começou a estudar nas arquibancadas. Nem sempre dava, é claro. O cantinho da biblioteca ainda era seu lugar preferido em toda a escola. Mas às vezes ela podia ser encontrada no campo de futebol depois que as aulas terminavam. Se alguém perguntar a ela sobre isso, ela dirá que gosta do ar fresco depois de estar dentro de casa ou que precisa de um pouco de bronzeamento na pele. Acontece que o treino de futebol era o único momento do dia em que não era insuportável estar sob o sol de Connecticut.
A verdade, porém, é que ela ia até a arquibancada porque era o único lugar onde ela podia observar Lisa sem medo de ser pega.
Já se passaram algumas semanas desde a eleição e Lisa sorria fracamente para ela se seus olhares se encontrassem, e essa foi extensão de suas interações desde então.
Jennie estaria mentindo se dissesse que isso não a machucava. Por mais que ela tenha dito às amigas que não renunciou à presidência pensando no perdão de Lisa, a maneira como Lisa agia como se ela não existisse fez Jennie se sentir estúpida.
— Você está olhando — alguém disse, sentando-se ao lado dela.
Jennie olhou para o lado e suspirou. — Park.
— Eu prefiro ser chamada de Chaeyoung, mas vou abrir uma exceção para você — ela disse, com seu sorriso fácil e olhos gentis.
Ela ainda era um aborrecimento para Jennie, mas Jennie estava disposta a tentar, por Joy. — O que você está fazendo aqui?
Rosé apontou para o canto fora das linhas do campo, onde as líderes de torcida estavam praticando. — Eu tenho alguém para olhar também.
Jennie sorriu com isso. — Estou feliz por vocês duas. Estou falando sério.
— Obrigada! — Rosé sorriu e por um segundo pareceu que ela estava prestes a abraçar Jennie, mas ela pensou melhor e parou. Elas ficaram em um silêncio sociável por alguns minutos, o suficiente para Jennie se concentrar na tatuagem que Lisa tinha na nuca e listar seus arrependimentos.
Ela nunca conseguiu segurar Lisa por trás e beijar a libélula.
Ela nunca conseguiu fazer Lisa rir.
Ela nunca a conheceu, completamente, no público e no privado, a parte secreta que talvez apenas Jennie pudesse saber.
— Ela também sente sua falta, sabia? — Rosé disse suavemente.
O instinto de Jennie era negar, negar, negar, mas esse tempo já havia passado. Ela encolheu os ombros, mordendo o lábio inferior para ter alguma aparência de controle sobre suas emoções.
— Ela é teimosa e está lidando com esse negócio de presidência como se sua vida dependesse disso, mas eu a conheço e ela... — Rosé respirou fundo, refletindo sobre as palavras em sua boca. — Ela não tem mais aquela faísca. Antes, ela seria uma bagunça o tempo todo, mas ela era muito motivada, focada e apaixonada. Agora parece mais que ela está apenas preenchendo um vazio. Acho que ela está cansada e pronta para mudar as coisas.
