Capítulo 25

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Leon*

Peguei a toalha para ela se despir e tomar banho e lavar os cabelos, me deitei em sua cama, esperando ela sair. Depois de alguns minutos sai, seus olhos vermelhos com a toalha enrolada acima dos peitos, ela me olha e vai em direção ao closed fechando a porta.

Não escuto seu choro, o que me faz acreditar que ela estaria se recompondo, ela sai, agora vestida em um pijama de corpo inteiro e se deita ao meu lado.

- por que não conversou sobre isso?. - Pergunto puxando a garota para meu peito e acariciando seus cabelos ainda molhados.

- eu não queria sentir... não isso.

- e o que gostaria de sentir?, somos como a lua, temos fases... Em Lua minguante voltamos ao nosso normal, onde as emoções deixam de se destacar e passa a senha encaixarem, em Lua crescente sentimos um turbilhão ao mesmo tempo.

- Ele foi minha maior dor e ainda não encontrei a cura... - ela põe a mão no rosto.

- Não precisa se esconder, não de mim... - tiro suas mãos devagar, e a sento na cama. - vamos secar o cabelo?, não quero que fique resfriada.

Pego sua escova, ligo na tomada e passo em seu cabelo, via lágrimas descerem mas sabia que aquilo era necessário para que ela voltasse a sorrir, enquanto secava seu cabelo ela pediu pra que eu parasse, pegou um caderno e uma caneta, escrevendo escondido coisas das quais não me atrevi a ler.

- vamos para a sala?, escolhemos um filme com Tracy e Heitor... - ela fala parando a escova.

- Nancy dormiu, só tive o trabalho de colocar ela na cama... temos um tempinho.

Descemos, fui até a cozinha e chamei ela para me ajudar. Ela cortava uvas e fazia um brigadeiro de leite em pó, roubava algumas pra me dar e cantava uma música bem baixinho.
Eu preparava a pipoca com bastante manteiga e uma sem sal.

- Abre pra mim?. - Emy me entrega um vinho seco.

- não. - falo olhando para a pipoca que estourava.

- só hoje, por favor... - não resisti aos seus olhos, que feitiço eles tem?.

Abri o vinho e o entreguei, ela serviu em duas taças e me entregou a que estava menos cheia. Ela apreciava o vinho, parecia ter um paladar excelente pra isso.

- sabe o que mais gosto no vinho seco?. - ela se senta na bancada.

- o que?.

- ele é amargo, mas conforme ingere ele se adapta aos seus gostos. Nossa!, derramei... - o vinho parecia ter ido propositalmente para seus peitos. - acho que preciso descer um pouco esse zíper.

Seu pijama era de corpo inteiro, ela desceu o zíper até seus peitos quase saltarem. Desligo o fogo e vou até ela.

- Vem aqui, eu limpo. - seguro sua cintura puxando um pouco para frente. Peguei um guardanapo e limpei, ela esperava outra forma de ser limpa. - sobe o zíper. - me viro para pegar os potes de pipoca.

- não faz assim Leon... - pelo reflexo do armário vejo ela arrumar sua roupa e vir até mim.

Emy me abraçou por trás, suas mãos se posicionaram abaixo do meu umbigo, me fazendo sentir um frio na barriga. O que seria isso?, me viro para ela, colocou seu cabelo atrás da orelha e admiro seus olhos castanhos claro, minha taça estava intocável como ela havia servido.

- Vamos assistir, você bebeu e eu não vou tirar proveito. - ela me olha.

- Leon, eu sei o que quero... - ela responde, seus lábios procuravam os meus.

- quando estiver sóbria, prometo realizar todos seus desejos e fantasias... tenho medo de que não se lembre disso. - ela ainda me abraçava.

- é impossível te esquecer, se não por amor então por ódio... mas é difícil odiar alguém que desejo tanto, dentro de mim.

Respiro, sinto uma vontade imensa de foder ela encima daquela bancada e que se foda todos que estão na sala... eu só quero sentir seu gosto.

O Enteado Da Minha Tia.Onde histórias criam vida. Descubra agora