Quando eu era uma mera criança insolente e covarde
eu tinha medo
medo do fogo que queimava diante dos meus olhos
medo das pessoas que poderiam queimar mais que o fogo ardente
medo do que a vida reservava atrás dela
Mas hoje, hoje eu sou algo mais que um insolente e covarde
Hoje eu não mais temo o homem, nem me sinto diferente do próprio fogo que queima sobre o trigo
para que somente um dia eu me apague e venha a descansar sob ele
Contudo, permaneço criança