Dia de Derby

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POV Rojas

Era domingo e teríamos um clássico para jogar. Dia de Corinthians e Palmeiras na Neo Química Arena e para nós era importante sair com a vitória para tentarmos nos classificar no Paulistão. Eu iria começar como reserva, igual aos últimos jogos, pois o professor queria que eu pegasse confiança antes de retornar ao time titular. Cheguei cedo na concentração e juntos partimos para o estádio, fui mentalizando o caminho inteiro para que eu entrasse e pudesse fazer uma boa partida.

Chegamos e fomos direto ao vestiário para nos trocar e partirmos para o aquecimento. Quando estou calçando as minhas chuteiras, Biro e Wesley se aproximam e começam a brincar comigo:

Wesley: Olha só como está nosso menino namorador que sai em site de fofoca, hoje vai até fazer um gol em homenagem a ela. - disse rindo.

Biro: A paixão faz milagres, ele até tá mais solto e rindo atoa, bem que eu achei estranho ele chegar acompanhado no CT aquele dia e dizer que não era nada kkkkkkkk.

Rojas: Ha Ha Ha, vocês são tão engraçadinhos. Vocês sabem o que aconteceu e sabem também que eu não tenho qualquer tipo de envolvimento romântico com ela, apenas quis ser legal e tentar limpar a minha imagem já que pelo visto ela me odeia igual o resto da torcida.

Wesley e Biro: Ahammm, a gente bem sabe o quanto você quis ser legal - eles saem rindo.

Termino de calçar as minhas chuteiras e me preparo para iniciar os alongamentos com a fisioterapeuta antes de ir para o aquecimento. Quando chego na sala, me assusto ao me deparar com a Maria acompanhando todo o trabalho da Fernanda com a gente.

Rojas: Mas o que você está fazendo aqui? Você é tipo uma stalker e vai viver me perseguindo agora? - pergunto confuso.

Maria: Eita como você é engraçadinho, boa tarde para você também! Não é da sua conta mas eu vou falar, enquanto eu estava acompanhando o treino de vocês na sexta, acabei conhecendo a Fernanda e ela me ofereceu um estágio de fisioterapia e hoje tô aqui porque ela já queria me mostrar quais trabalhos devemos fazer.

Rojas: Então além de ter passado tudo que passei contigo, agora também vou ter que te ver no meu local de trabalho? - digo ainda chocado.

Maria: Acho bom você ir se acostumando com a ideia, porque agora ficou ainda mais fácil criticar você.

Fernanda: Opa, já vi o quanto vocês se dão bem e por toda essa sintonia, Maria, você pode ir fazendo os alongamentos com ele enquanto termino o do Yuri.

Maria: Certo! - diz me puxando pela mão e me empurrando em direção a uma das macas. - deita aí e me dá uma das suas pernas.

Estico a perna esquerda e ela começa com os alongamentos, fazendo o mesmo na outra perna e nos meus braços, usando um pouco mais de força do que o necessário somente para me perturbar.

Rojas: Ei, não precisa puxar tão forte!

Maria: Só estou fazendo o meu trabalho. - disse debochada.

Termino meu alongamento e vou direto para o aquecimento. Quando finalizado, retornamos e visto minha roupa do jogo e o colete, enquanto o professor ajusta os últimos detalhes da equipe. Subo as escadas e me posiciono no banco de reservas enquanto aguardo o início da partida.

Passam os minutos e acaba o primeiro tempo, o jogo ainda tá meio morno e estamos em 0 x 0. Seguimos direto para o vestiário para ouvir o que o técnico tem a dizer e os ajustes que ele irá fazer para que possamos sair daqui com a vitória. Antes de voltarmos do intervalo ele me chama e avisa que já irei entrar no segundo tempo. Rapidamente tiro meu colete e nos dirigimos de volta ao campo.

A Torcedora | Matías Rojas Onde histórias criam vida. Descubra agora