O jantar

127 5 7
                                    

POV Maria

Chego em casa, cumprimento o meu pai e vou logo me arrumar. Meia hora depois o Rojas me envia uma mensagem com a localização. Saio do quarto e chamo um carro por aplicativo. Enquanto espero, o meu pai chega na sala.

Jorge: Posso saber aonde a senhorita vai? - pergunta.

Maria: A irmã do Matias está aqui no Brasil e eles me convidaram para jantar.

Jorge: A irmã do perneta? Posso saber porque você anda tão próxima dele? - diz me encarando.

Maria: Somos amigos pai e isso o senhor já sabe, é normal que eu me encontre com ele as vezes. E o senhor pare de ficar chamando ele assim, ele tá tentando melhorar.

Jorge: Não vi essa tentativa dentro de campo ainda - revira os olhos - Eu já avisei que vocês são de mundos muito diferentes, não se apaixone por ele filha, porque não quero te ver triste depois. - me abraça - Mas se cuida e avisa a ele que qualquer coisa ele vai se ver comigo.

Meu pai sai da sala e no mesmo momento o Uber chega. Entro dentro do carro e vou para o seu apartamento.

POV Rojas

Termino de arrumar a mesa do jantar com a ajuda da Sol e nos sentamos para aguardar a Maria chegar. Esfrego as mãos nas pernas enquanto espero e minha irmã chama a minha atenção.

Sol: Por que você ta nervoso? Tô sentindo a sua tensão daqui - levanta a sobrancelha.

Rojas: Eu não estou nervoso, tô normal. - dou de ombros.

Sol: Você está apaixonado por ela né? - sorri.

Rojas: Claro que não, somos apenas amigos!

Sol: Aham e eu nasci ontem. Você tá aí todo tenso suando frio só porque ela vai vim jantar com a gente - ri.

Rojas: Odeio o quão bem você me conhece.

A campainha toca e dou um pulo do sofá. Corro para abrir a porta e minha irmã vem atrás de mim.

Rojas: Finalmente chegou ein - falei e dei um abraço nela.

Maria: Já não conhece o trânsito de São Paulo? - revira os olhos - Oi Sol, tudo bem?

Sol: Ainda bem que chegou cunhadinha, esse aqui só faltou infartar com a sua demora - diz e abraça a Maria.

Maria: Eu já sabia que ele não vive sem mim - me dá um tapinha no braço.

Rojas: Você é tão engraçada Sol, obrigado por me expor. Vem Maria, vou te fazer um tour pelo apartamento, já que você nunca veio aqui antes.

Puxo ela pelo braço e saio mostrando todos os cômodos do meu apartamento, inclusive o terraço que é a minha parte favorita. Retornamos para a sala e nos sentamos à mesa para jantar. Servimos a comida acompanhada de um vinho e conversamos enquanto comemos.

Sol: Mas iai Mari, como você conheceu o meu irmão?

Rojas: Hahaha, essa eu quero ver ela contar.

Maria: Hum então... essa história é um pouco engraçada. - diz soltando um riso - Eu odiava o seu irmão, é claro, como toda boa corinthiana.

Rojas: E quando ela fala odiava, é porque ela me detestava mesmo.

Sol: Calado, deixa ela terminar de contar - apoia a cabeça sobre as mãos, interessada na história.

Maria: Continuando. Como eu disse, eu detestava muito ele pelo jeito que ele tava jogando, pelas coisas que ele não vinha fazendo em campo, principalmente por ser o nosso 10 e nunca ter feito um gol. Então em um dia de jogo, eu consegui invadir a área de estacionamento dos jogadores e arranhei a lateral do carro dele. - bebe um pouco do vinho.

A Torcedora | Matías Rojas Onde histórias criam vida. Descubra agora