O GAROTO DA VITRINE DE OURO

por favor diga 🌊🏄🌊

O som de vidro se quebrado me acordou de um sono pesado. Levantei-me e andei pelo corredor na ponta dos pés, mantendo-me em um silêncio mortal até que encontrei Jungkook rindo, com metade da jaqueta no corpo e a outra retorcida em sua mão, como se estivesse tentando tirá-la.

Fui até ele e puxei a jaqueta. Foi uma péssima ideia. Assim que ficou livre, ele me empurrou com tudo contra a parede oposta, os lábios em meu pescoço. Ele mordeu com força e eu gritei, tentando afastá-lo.

___Jimin, Jimin, Jimin, eu te quero tanto. Não quero perder você... Por favor __ ele implorou, mas eu não tinha do que suas palavras bêbadas e enroladas realmente significavam. Meus olhos encheram de água.

Eu não posso chorar! não posso me iludir. Afinal ele está bêbado.

___Vem. Vou te levar para a cama __ eu disse, tentando guiá-lo. Ele deu alguns passos, parou e me agarrou novamente. Minhas costas bateram em outra parede. Desta vez sua mão foi em direção ao meu peito e ele apertou meu mamilo com dedos experiente. Eu gemi.

___Porra, eu amo esses barulhos que você faz. Algo entre um gemido e um lamento. Deixa o meu pau muito duro. __ e ele não estava brincando. Sua ereção estava dura como uma pedra, e a minha já estava ficando igual. Antes que eu pudesse me mover, ele colocou uma perna minha ao redor do seu quadril. Mesmo em estado de embriaguez, ele sabia exatamente o que estava fazendo. Seus movimentos só estavam um pouco mais lentos e menos coordenados.

___Jungkook, aqui não. Você precisa ir para a cama.

___Vem comigo? __ ele pediu, lambendo e mordendo a base do meu pescoço ___Fica comigo, na minha cama.

___Tá, tudo bem. Vamos transar na sua cama desta vez __ eu disse, puxando-o para o quarto. Ao chegamos lá, ele se virou, me agarrou pela cintura e me beijou. Mesmo com gosto de uísque, bebida que eu mais odeio, seu sabor era delicioso.

Eu queria tanto ficar.

___Não. Eu quero que você durma comigo. A noite toda. Quero acordar com você uma vez__ ele pediu, conduzindo para a cama.

Pela última vez.

Ele se sentou, puxou minha cueca e eu levantei a camisa que estava vestido , ficando parado diante dele, nu como no dia em que nasci.

___Eu amo esse corpo. __ sua mão traçou minha clavícula, depois o meu mamilo, onde ele deu pequeno aperto, seguindo para a curva da minha cintura, passando pelo osso do quadril até a minha coxa. Tremi quando ele completou a jornada do outro lado.___Só desta vez, fique a noite toda. Me deixe acordar com você.

Ele se inclinou, tomando um mamilo em sua boca. Raios de eletricidade envolveram meu corpo, quando ele esfregou seu pau no meu, o prazer sendo o primeiro a seguir, seguido pela luxúria e pela necessidade.

___Só desta vez __ repeti.

Naquela noite, fizemos amor pela segunda vez. Amor desesperado e arrebatado. Em algum momento no meio da noite, Jungkook acordou sóbrio e me possuiu novamente. Disse que queria reviver tudo o que fizemos, assim teria certeza de que as lembraria. De minha parte, eu sabia que jamais esqueceria.

🌊🏄🌊

Acordei com ele me observando. Seus cabelos castanho e desgrenhado caiu sobre os olhos, e eu o afastei para o lado, querendo vê-lo por inteiro à bela luz da manhã.

___Por que você é um acompanhante de luxo? __ ele perguntou. Não havia julgamento ou dureza em sua voz. Apenas uma pergunta, como se ele estivesse morrendo de curiosidade para saber desde o primeiro dia. E provavelmente estava mesmo.

Tinha chegado a hora. Jungkook merecia saber o motivo pela qual eu não poderia lhe dar mais. Eu sabia que ele queria que eu ficasse__eu queria ficar__ provavelmente morresse com ele, para vermos como seria viver juntos de verdade. Ele sabia que eu não me incomodaria que ele fosse tão ocupado, a razão pela qual ele alegava não ter um relacionamento. Eu sabia cuidar de mim e já tinha provado isso. Não era uma pessoa pegajosa, como a maioria das esposos ou esposa-troféu. Mas essa era a questão. Eu não queria ser um marido ou namorado-trofél. Era importante para mim encontrar meu próprio caminho, ser eu mesmo. E naquele momento eu não podia fazer isso, porque tinha que ajudar meu pai.