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Já estava tarde, e Jacob fez questão de me levar em casa e insisti que hanna fosse de carro com nós mas ela quis ir de táxi, fomos o caminho conversando sobre oque havia contecido esses meses que se passaram.

- mas iai, o que aconteceu com você e aquele cara lá? - ele perguntava e eu me virava para o mesmo confusa.

De quem ele estava falando?

- "cara"? - eu perguntava confusa.

- sim. Acho que é tommy o nome dele - ele dizia e eu me virava lentamente para a janela do carro sem dizer nada.

- é só tom mesmo - eu dizia, ele dividia olhares comigo e a estrada sem dizer nada.

- ele é o pai, não é? - ele perguntava e eu demorava para responder, mas logo concordava com a cabeça.

- não estão mais junto? - ele perguntava e eu não respondia nada.

- isso foi um não? - ele dizia e eu novamente não dizia nada, e ele entendia que sim.

O carro ficava um completo silêncio, apenas dava para ouvir o som dos carros passando em alta velocidade do outro lado.

- fiquei sabendo que tinha voltado pra Alemanha, quando soube que fui para o hotel com os meninos - eu dizia e ele logo imediatamente respondia.

- eu fui - ele dizia entre risadas. - mas voltei um ano depois pra cá, comecei a trabalhar em casa e ficava a madrugada todo assim - ele dizia olhando para mim e dps para a estrada.

- continua com esse trabalho? - eu perguntava.

- sim, mas você só me viu hoje por que precisava desesstressar.. - ele dizia e eu ficava quieta.

Ficamos o resto do caminho em silêncio até chegar na minha casa, ele me estacionava o carro na frente e me olhava.

- e então, o que vamos fazer agora? - ele perguntava.

- eu não sei - eu dizia rindo fazendo ele soltar uma risadinha também.

- eu senti tanta falta de você querida... - ele pegava em minhas mãos e minha expressão já mudava para outra.

ele se inclinava em minha direção me deixando em choque, eu não fazia nada, e apenas sentia o mesmo depositar um beijo em minha bochecha. Eu me sentia segura ali ao contrário de antes, ele realmente aparentava estar diferente mas...

Mas?

Aquele não era ele, não era o pai do meu bebê. E se ele estiver fingindo para se aproveitar de mim, e depois de criar a criança jogar na minha casa que criou e deu de tudo por ele? Voltar para o passado vale mesmo apena? Estarei jogando tudo em uma lixeira qualquer.

Depois de alguns minutos ali olhando para o rosto do mesmo, eu me inclino em sua direção e aproximo os meus lábios dos seus e colando eles logo após.
eu me afastava logo em seguida e ficamos minutos nos encarando um ao outro. Eu não sabia oque fazer, não sabia oque estava fazendo.

- melhor eu ir... - eu dizia com a cabeça baixa e colocando uma mecha de meu cabelo em minha orelha, me virando e abrindo a porta.
eu andava em direção a porta de casa e não ouvia o som de seu carro, me viro levemente para ver seu caro ainda parado lá, vendo o mesmo me olhando apoiando seu queixo em sua mão.
Eu me virava novamente e entrava dentro de casa sem dizer uma palavra.

A casa já estava escura e sem nada ligado, mamãe provavelmente já estava dormindo e não queria acorda-lá, apenas subo as escadas cuidadosamente e vou para o meu quarto, tiro meus sapatos e me jogo na cama olhando para o teto, ficava alguns minutos ali até sentir descer lágrimas salgadas pela minha bochecha, eu engolia seco fechando os olhos e levava minhas duas mãos para o meu rosto, desabando.

𝕬𝖕𝖊𝖓𝖆𝖘 𝖓ó𝖘 𝖉𝖔𝖎𝖘 || KAULITZ.Onde histórias criam vida. Descubra agora