Capitulo 3: Anos passados

109 15 2
                                    

Como tudo nesta vida, minha dor pela perda foi apaziguada, meu luto já havia se passado e assim cinco anos se fora.
Com isso, muitas coisas haviam acontecido. Mel tinha dado a luz a uma filha, Lorenzo havia iniciado seu treinamento para ser o próximo Dom e futuramente assumir a máfia italiana, o filho de Vicente, Christian já estava sendo incentivado ao mundo que seu pai e mãe viviam, sendo considerado o possível chefe das facções tanto do avô materno quando do pai.
Eu permaneci como estava, não me matirizava depois que se passou dois anos e meio da perca de Lohanna, mas ainda sentia sua falta, as vezes me pegava sorrindo lembrando dos momentos felizes que tínhamos um com o outro, mas tentava não me maximizar pela morte dela, era inevitável as vezes chorar por sua falta, ou quando tentava ter sexo com outra e não conseguir, pois me sentia traindo ela, mesmo que ela não estivesse mais aqui.
Hoje recebi uma solicitação dos chefes das famílias que faziam parte da minha máfia, segundo eles, era um assunto muito sério. Apesar de que eu nunca levei nada do que aqueles velhos arcaicos falasse, era melhor ouví-los do que permitir que esquecessem quem mandava aqui. Já dizia minha mãe, não se pode confiar naqueles ratos, no momento em que abaixar a guarda eles aproveitaram para lhe esfaquear pelas costas. E por falar nela, minha mãe e meu pai decidiram viver em um canto mais afastado e recuperar o tempo que lhes foi roubado juntos, e eu concordo que eles mereciam isso, mas claro que não fizeram isso até terem certeza que eu ficaria bem e que estava aceitando minha viuvez.
Bom, cá estou. Enfrente a mesa que possuía onze cadeiras sendo a décima primeira minha e as outras dez pertencentes a cada um dos chefes das famílias que de algum jeito tinham certa ligação com a minha, fosse sangue, matrimônio ou débito de vida, cada um deles estaria ali para tratar de um assunto em comum que certamente teria haver com o fato de Lohanna ter morrido.
A sala ainda se encontrava vazia, o horário para a reunião ainda não havia chegado e apenas eu me encontrava ali, de repente, a porta de madeira escura a minha frente é aberta e por ela passou Emiliano, o chefe da família Veríssimo, um homem na casa dos seus 40 anos, nunca houve nada de errado na família dele, na verdade foram os primeiros a se mobilizar quando meu pai desapareceu, protegeram minha mãe dos outros membros afirmando que mesmo mulher, ela carregava nos braços e ao seu lado os filhos legítimos do seu chefe, e que merecia ser tão respeitada quanto meu pai, estando ele vivo ou morto na época. Eu tinha muita gratidão por eles e por isso lhes permitia certo livre arbítrio, além de deixar que Emiliano se sentasse ao meu lado o que era uma grande honra para os membros de alta escala.

_Senhor Enzo, é bom revê-lo, como tem passado? - Emiliano perguntou.

Apesar da idade Emiliano era um homem muito bem conservado, com cabelos grisalhos, olhos pretos e mas uma postura imponente e digna de um homem com um largo passado de feitos memoráveis pelo bem da família. Eu tinha uma forte admiração por ele, assim como pelo seu pai que foi quem me treinou para assumir a máfia, Deus o tivesse em um bom lugar, era um bom homem.

_Eu estou bem, apenas sente-se Emiliano - digo e assim o mesmo faz - diga-me, como tem passado o casamento com Selina?

_Está indo bem, apesar da mulher ser uma fera, eu sempre gostei de mulheres com personalidade forte, são as melhores de se acalmar, basta uma noite muito bem aproveitada e elas ficam tranquilas. - ele disse com um sorriso satisfeito, entregando que certamente havia se deitado com sua esposa na noite anterior.

Como chefe é meu dever manter todos na linha, apesar que esse tipo de assunto era uma coisa que deveria ser feita pela minha esposa, para saber se deveria punir alguma atitude que não seja de acordo com os costumes da família. Normalmente eu apenas falaria sobre as esposas de meus membros se as mesmas tivessem cometendo alguma infidelidade, assim como também falaria se fosse o contrário.

_Entendo, pretende ter um herdeiro? - falo sem olhar para ele, enquanto pego um charuto e o ascendo levando aos meus lábios.

O Chefe Português - SÉRIE - Coração Mafioso _ LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora