Teu nome imita o Mar.

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Oi, meus amorzinhossss. Como vocês estão? Espero que bem. 

Preciso dizer que tem muuuitas coisas acontecendo nesse capítulo, e em uma parte específica tem um aviso de gatilho, que vou sinalizar pra que ninguém seja pego de surpresa, tá? Tentei ao máximo não deixar tão pesado, então espero de verdade que não faça mal pra ninguém e que vocês gostem do capítulo. 

Um beijo e boa leitura 🩷✨️

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Só quando ouviu o click da porta da sala se fechando, Yasmin pareceu se dar conta do que estava acontecendo. Marcela tinha acabado de finalmente dizer que era apaixonada por ela, não podia ser burra ao ponto de deixá-la ir embora assim.

Correu pra fora do quarto, e quando abriu a porta de entrada, viu a cacheada prestes a entrar no elevador que tinha acabado de chegar.

- Céu, espera! - Praticamente gritou, correndo na direção dela.

- Não me chama assim! - Pediu, numa mistura de irritação e tristeza.

Paralisou por um momento. Marcela nunca tinha reclamado de ter Yasmin a chamando por seu apelido de infância. Pelo contrário, ela sempre adorou. Yasmin percebeu ali o quanto ela estava realmente chateada.

- Volta pra dentro, por favor, vamo conversar - implorou, se colocando entre Marcela e o elevador, sentindo seus olhos arderem com lágrimas que ela estava se recusando a deixar cair.

Marcela ia dar um passo pra trás, mas a mais alta colocou as mãos em sua cintura, de um jeito tão delicado que ela poderia desvencilhar-se apenas se movendo, mas não o fez.

- Por favor, linda - insistiu, e Mar acabou cedendo com um longo suspiro e caminhando de volta pro apartamento com ela.

- O que você quer, Yasmin? - Perguntou assim que a porta se fechou.

- Você - respondeu, e a outra bufou uma risada sarcástica, balançando a cabeça negativamente. E não ia negar, ela merecia depois do que tinha acabado de acontecer, mas aquela era resposta mais verdadeira que poderia dar.

Se aproximou com cautela, dando o último passo à frente apenas quando percebeu que Mar não se afastaria. Levou as mãos até o rosto dela, secando delicadamente as lágrimas que ainda escorriam por ali, e isso só fez com que a ruiva tivesse ainda mais vontade de chorar, fechando os olhos.

- Neném, por favor, olha pra mim - pediu baixinho, fazendo um carinho suave na bochecha dela, e sentindo o coração partir no peito com a dor que enxergava em seus olhinhos de jabuticaba. - Eu também sou completamente apaixonada por você, Marcela.

Yasmin encostou a testa na da outra, sentindo as lágrimas que segurou por tanto tempo enfim escorrendo de seus olhos.

- Eu sou uma grande idiota, me perdoa... - pediu. - A gente não tinha conversado sobre nada, eu fiquei com medo, eu... - Sentiu o coração palpitando de um jeito ruim demais só de pensar na possibilidade. - Eu achei que talvez você fosse voltar pra ele.

Marcela suspirou, odiando ouvir aquilo. Odiava saber que não tinha conseguido deixar Yasmin segura o suficiente pra que ela soubesse que aquilo não aconteceria. Nunca.

- Eu nunca voltaria pra ele - garantiu.

- Eu... Eu sei - apertou os olhos com força. - É ridículo porque racionalmente eu sei disso, mas... Eu fiquei com medo, a gente não conversou e eu comecei a criar um monte de paranoias, fiquei com tanto medo de me machucar que achei que era melhor tentar ignorar tudo que eu tava sentindo e fingir que no fundo eu não sabia que você sentia o mesmo por mim, porque eu tinha medo de ser tudo coisa da minha cabeça - confessou.

Pressentimento. | YASMIN BRUNETOnde histórias criam vida. Descubra agora