Amor caipira

Um penhasco por você

Yibo correu pelo campo de hortaliças com uma pequena pipa colorida em sua mão, ele sorrio lindamente sentindo o vento bagunçar e espalhar seus fios loiros por todos os lados. Xiao Cangse riu de forma audível, jogando a cabeça levemente para trás, seus olhos maravilhados com a linda figura do loiro adoravelmente sorridente correndo a sua frente como uma criança boba e pequena.

Desde cedo naquela manhã de domingo, Cangse convidou o mais novo para ir colher alguns coentros e pés de alfaces para preparar o almoço deles com ela. A mulher estava muito feliz com a companhia do loirinho lindo, sabia que seu filho estava radiante daquele jeito por causa da presença do mais novo ali com eles, ela não podia deixar de ficar encantada a cada hora que observava como esse garoto era fofo e muito meigo. Yibo possuía uma beleza fascinante, seus olhos castanhos acompanhados de lábios rosados da cor de cereja, fazia com que o menino chegasse a parecer com uma boneca humana.

Apesar do menino vim de uma família extremamente rica e bilionária, Wang Yibo agia com muita humildade e simplicidade ao redor deles. Era verdade que ele tinha um jeitinho especial de patricinha já característico de seu ser, mas isso apenas fazia ele parecer ainda mais lindo para todos eles.

- Bebê, cuidado não machucar sua mão com esse fio. - Cangse falou para o menino, observando-o enroscar a corda da pipa entre os dedos suaves da mão.

- Não vou me machucar, mamãe. - Yibo se virou sorrindo e puxou o fio fazendo a pipa decolar alto no céu azul do rancho dos Xiao's.

A forma como ele brincava com aquela pipa, fazia a mulher mais velha notar e perceber que era a primeira vez do menino fazendo aquilo e talvez Yibo nunca tenha brincado de uma forma tão simples assim em toda a sua vida. Todos sabiam que o herdeiro de Wang, sempre fora criado da forma mais nobre e refinada possível, Wang Yibo era um jovem rapaz muito polido, até mesmo para a sua pouca idade de apenas dezesseis anos.

- Eu sei bebê, mas esses fios de nalho costumam cortar as vezes. - Cangse aprontou para o fio de cerâmica, vendo Yibo morder o lábio inferior levemente e concordar com a cabeça para ela de uma forma exageradamente doce, fazendo com que o coração da mulher salte em seu peito de ternura.

O loiro deixou a pipa correr a solta no céu e se virou para ir até a mãe de seu Zhan-ge, que por falar no moreno, o mesmo estava na frente da casa dos pais o observando soltar pipa em silêncio. Yibo sentiu seu coração inflar e se encher de alegria, como se ele voltasse a ser uma criança pequena novamente.

- A senhora tem razão, mamãe Can. - Yibo falou de forma fofa, se abaixando na frente da morena para pegar os coentros de suas mãos. Ele sempre amou comer coentros e Xiao Zhan tinha uma horta inteira deles ali. - Papai ChengZe me disse para não enrolar o fio no meu dedo, eu tomei muito cuidado para não fazer isso, eu juro.

- É claro que tomou, meu amor. - Cangse sorrio ternamente para ele e acariciou seu cabelo loiro levemente, segurando-se para não apertar aquelas bochechas fofas. Em tão pouco tempo ela já havia desenvolvido um amor e carinho enorme por Yibo. Era como se esse menino pequeno fosse seu segundo filho mais novo e secretamente ela estava torcendo muito para que ele e seu Zhan Zhan acabassem ficando juntos. - Você é tão inteligente, Bobo! - A mulher mais velha falou muito orgulhosa, selando seus lábios carinhosamente na testa dele.

Yibo riu tímido, olhando para a bela morena com olhos cheios de carinho. Ela fazia ele lembrar de sua querida mãe, do cuidado e amor que ela sempre lhe dava quando ele era pequeno. A famosa socialite que sempre estava se dividindo entre agências e concursos de modas por todo o País, muitas das vezes negligenciando seu único filho adolescente para que seu trabalho pudesse ser cada vez mais próspero e bem sucedido...

- Quando eu for embora amanhã.. E-eu, eu vou sentir muita saudades da senhora. - Yibo deixou escapar baixinho, sua voz quebrada, tomando cuidado para que não parecesse muito melancólico na frente da mulher. Ele não queria passar uma imagem fraca e frágil de si mesmo para as pessoas.