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POV:: Yang Sun

POV:: Yang Sun

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Cap. 18

Desde que me contou, não consigo dormir, não consigo comer.

Na noite do mesmo dia, prendi-me em uma alucinação de Seung, meu irmão. Minha mãe também estava lá. Eu via ela se matando novamente, mas dessa vez eu e Seung chorávamos juntos. Aquela cena se repetia incontáveis vezes, como se fosse um castigo que eu estivesse sendo fadada a pagar.

Aquele terror só se apagou quando a senhora Park entrou no quarto e me abraçou com força. Meu peito doía como nunca mais pensei que fosse doer novamente. Estive ao lado do meu irmão todo aquele tempo. Ele sabia, não sabia?

Lembrei-me do dia que me fez bibimbap.

"Minha mãe sempre fazia Bibimbap para mim"
"Ela deve cozinhar bem. Onde ela está agora?"

Eu não consegui responder, mas ele via o que se passava em minha mente. Ele soube da pior maneira como ela havia partido. Por isso ele saiu da cozinha de repente, também era a mãe dele.

Todo o cuidado que tinha comigo era porque eu era sua única família, mas por que ele não me contou antes? Não consigo sentir raiva dele por omitir isso, por a dor ser muito maior do que qualquer outro sentimento. Tudo que eu queria era vê-lo e abraçá-lo, falar que eu sabia da verdade.

A senhora Park ficou comigo até que eu me acalmasse mais, até as lágrimas cessarem por talvez não ter mais água em meu corpo. Quando estive mais calma, ele me entregou a pílula de SS-A2, mas não tomei, não quero mais nada que venha desse lugar. Na manhã seguinte não comi a refeição que me trouxeram de manhã, nem de tarde e nem a de noite. Aquele cuja designação estou em negação de chamar de pai, também não veio me ver.

A descoberta sobre minha família lançou uma sombra sobre tudo que eu conhecia. As lembranças de Seung misturavam-se com as lágrimas, formando um lamento silencioso que ecoava pelas paredes vazias do quarto.

Os momentos ao lado dele tornaram-se um quebra-cabeça desordenado, onde cada peça perdida revelava uma verdade dolorosa. Eu desejava confrontá-lo, compartilhar a dor que agora ambos carregávamos. O silêncio dele ecoava na minha mente, uma resposta silenciosa para uma pergunta não feita.

A senhora Park permanecia ao meu lado como uma âncora frágil, tentando acalmar a tempestade dentro de mim. O efeito da última pílula de SS-A2 que consumi não apagou a dor emocional, apenas aprofundou a desconexão entre a realidade e as alucinações. Eu estava presa entre dois mundos, sem um porto seguro. Sem Hyun-Soo, sem Seung ou minha mãe.

Enquanto a noite avançava, eu me via perdida em pensamentos. A negação do título de "pai" ecoando como um grito silencioso de rebeldia. A fome persistia, mas minha vontade de enfrentar a refeição era nula. O medo de confrontar o homem que carregava a verdade sobre minha mãe mantinha-me enclausurada na solidão do quarto.

𝐇𝐄𝐋𝐋 𝐎𝐍 𝐄𝐀𝐑𝐓𝐇  -  sweet home  ||  Cha Hyun-Soo.  Onde histórias criam vida. Descubra agora