Antes de rever você

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Lancelot voltou para casa depois de tudo que havia ocorrido após Guinevere ter ido embora,Ban não entendia o motivo da tristeza de seu filho mas ao receber a notícia que Percival havia morrido,ele entendeu que seu filho perdeu um amigo.

O loiro pensava no que ele havia feito de errado,por acaso ele é tão fraco ao ponto de Percival se sacrificar para conseguirem uma chance de paz? Lancelot não sabia o que pensar,sua mente está uma bagunça.

Seu coração por algum motivo chama por Guinevere,querendo seu colo,querendo estar em seus braços,querendo sentir seu cheiro. Querendo chorar em seus braços em quando ela o conforta,mas a realidade não é assim. Guinevere foi levada para o reino eterno e ele ficou sozinho,não importava as pronúncias de Tristan sobre o loiro manter a cabeça erguida e seguir em frente. Lancelot pela primeira vez sentia que era patético e fraco,toda sua força parece uma piada diante o cenário atual.

Os dias foram passando,Ban tentava de tudo animar seu filho,Elaine pelo menos tentava o fazer sair de seu quarto. Sentiam tanto a falta de seu filho que o ver assim parte seus corações,o albino podia não demonstrar por conta do seu jeito e personalidade mas sua amada fada sabe o quão irritado seu par está com os cavaleiros de Arthur.

Elaine:-Lancelot...

Elaine bateu na porta,ela entrou e viu seu filho encolhido na cama embaixo da coberta,de leve podia escutar seus soluços de noites mal dormidas e de choros prolongados.

Elaine:-Lancelot.

Lancelot:-Por que sou tão fraco?...

Elaine não sabia o que responder,seu filho é um híbrido de fada e humano,normalmente híbridos não são tão fortes mas Lancelot possuía talento e habilidade que foram desenvolvidas com tanto cuidado,lapidadas ao máximo que conseguiam extrair.

Elaine:-Você não é fraco,Lancelot,apenas algumas coisas são impossíveis de serem controladas.

Lancelot:-Mas...não só foi o Percival...Guinevere também,não consegui proteger nenhum dos dois...

"Guinevere. Quem é essa?" Foi o que Elaine pensou,seu filho jamais havia falado de uma garota antes,então um sorriso singelo surgiu nos lábios da fada,seu filho encontrou o amor.

Elaine:-Vêm comer um pouco.

Lancelot:-Estou sem fome.

Elaine:-Lancelot,é impossível mentir para me rapaz! Agora saia dessa cama e me deixa ver esse rostinho!

Elaine levantou de uma vez a coberta,seu coração se apertou ao ver os olhos mais vermelhos,as olheiras embaixo daquelas íris vermelhas que ela têm tanto orgulho dele ter puxado de Ban.

Elaine:-Lancelot...

A loira deitou na cama e abraçou seu filho fazendo carinho em seus cabelos loiros,agora rebeldes por não receber os devidos cuidados. Lancelot se pós ainda mais a chorar em silêncio,o cheiro de sua mãe o faz se sentir seguro e calmo mas o sentimento de ter fracassado é maior.

Elaine:-Vai ficar tudo bem. Sei que vai achar um jeito.

Lancelot:-Mãe...

Elaine havia conseguido o impossível para Ban,tirar seu filho do quarto. Já fazia quinze dias que Lancelot se enviou naquele quarto e recusava a sair,o albino sorrio e o loiro não entendeu o porquê. Lancelot pode amar aquele sorriso,mas não entende quando seu pai do nada sorre e fica com um brilho no olhar que ele não sabe explicar.

Ban:-Saiu da toca ratinho.

Lancelot:-Cala a boca seu velho!

Elaine jamais consegue explicar essa relação de pai e filho,talvez por ambos terem personalidades fortes e entrarem em constante conflito.

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