03:48 AM
Acordo com um barulho alto ecoando pela casa, levanto da cama ainda com os olhos fechados e acendo a luz do abajur. Abro meus olhos lentamente, me acostumando com a claridade que a lâmpada transmitia.
"O que é isso?" Penso.
Levanto da cama ainda escutando aquele barulho, era como se tivesse alguém arranhando uma madeira velha. Eu poderia simplesmente me deitar de volta e fechar os olhos, o som não era tão alto, mas aquilo me incomodava.
Decido ir a procura dos ruídos que atrapalhavam meu sono. Pego meu celular e desço as escadas, ligo o flash iluminando o local escuro. Deixo o barulho me guiar e chego até o banheiro de visitas, percebo que a porta já estava aberta. Ilumino com a luz do aparelho.
- Será que é a porta? - Balanço a porta de madeira.
Ela não produz nenhum som.
- É lá de fora? - Olho fixamente para a janela, parece ter algo lá. - Era só o que faltava, esse vizinho não tem capacidade de cortar as árvores e agora sou eu quem sofro.
Adentro o banheiro passando pelo espelho e vou direto até a janela. Me estico o suficiente para abrir a mesma e tentar afastar o galho. No momento em que eu consigo abrir, vejo que não há mais nada lá.
- Céus, preciso urgentemente de um óculos... - Fecho a janela de novo e me viro indo em direção a porta.
.
.
.A porta rapidamente se fecha na minha frente. Meu celular começa a reiniciar sozinho, desligando o flash e deixando o local ser iluminado apenas pela tela do meu aparelho.
- Mas... - Olho para meu telefone e vejo que ele estava travado na tela de bloqueio. - An? Mas você foi travar logo agora?
Caminho para a porta, ainda olhando para o celular. Subo minha mão até a maçaneta, porém sou impedida por algo, sinto alguém segurando meu pulso.
Meu corpo inteiro entrou em estado de choque, senti uma onda de eletricidade me percorrer por inteira.
Alguém havia invadido minha casa?
Olho para o lado da onde vinha a mão que me segurava, meus olhos se arregalaram ao ver a criatura humanoide próxima a mim.
- Q-Quem é você? - Gaguejo sem hesitar. A "pessoa" nem ousava se mexer. Seus olhos brilhavam tanto que chegavam a iluminar seu rosto. Sua face era velha e suja, seus olhos eram brancos com tons amarelados e intensos. Sua boca era seca e seus lábios entreabertos me davam visão de suas gengivas banguelas.
Sua mão sobe até o meu pescoço e aperta com força, fecho meus olhos sentido a dor passar pela região.
- Não... - Digo e abro meus olhos. Era o teto do meu quarto, eu estava deitada na minha cama.
Foi um sonho? Impossível! Aquilo foi muito real. Passo a mão pelo meu pescoço e não sinto nada.
Isso é muito estranho, aqueles olhos... Sinto que já vi eles em algum lugar.
FLASHBACK ON
2019.08.13
- Eu vou para a casa direto, não tô afim de chegar tarde hoje. - Falo enquanto caminho ao lado da Alahoa.
- Por favor Samira! Vem comigo! Eu tenho que me encontrar com o Murilo. - Ela implora insistentemente.
Murilo? Ela vai se encontrar com ele? Fala sério, isso é ridículo.
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ℳℯ𝓂𝓂ℴ𝓇𝒾ℯ𝓈
Teen FictionOnde um grupo de jovens se juntam para desvendar acontecimentos sobrenaturais em sua cidade. As complicações aparecem em massa, nada pode ser deixado para trás. A verdade se revelará em um estalar de dedos. "A história, então surge como filha da mem...