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Era mais ou menos às 18:30 da tarde quando eu saí com o meu pai pra ir até o acampamento, passamos por um caminho de terra e até chegarmos a um pedaço que era asfaltado, fiquei a viagem inteira calada, com a janela aberta, prestando atenção em tudo na rua, as árvores, pássaros, flores e tudo mais, era tudo muito lindo e natural.

Desçemos do carro e ele começou a me apresentar o lugar, era tudo muito bonito e bem cuidado, faz sentido esse lugar ser tão famoso.

—— Essa aqui vai ser a sua cabana, onde vai passar a maioria do tempo — ele falou apontando para uma grande cabana de madeira pintada de branco com uma listra preta em baixo.

Entramos e eu percebi que ali havia espaço para mais ou menos 10 ou 9 pessoas, esse acampamento é muito disputado pela qualidade, então não colocam tantas pessoas ao mesmo tempo.

Nas camas tinham os nomes das pessoas, fiquei procurando por um tempo até achar a minha, tinha um grande placa escrito " Victoria Lawrence ", só porque eu não queria que soubessem que eu sou uma Lawrence. Ela fica bem ao lado de uma grande janela, graças a Deus, porque amo iluminação natural.

—— Gostou? — meu pai disse ao me ver adimirando o lugar

—— Com certeza — respondi com o primeiro sorriso verdadeiro que dei nesse lugar.

—— Que bom. — ele disse passando o braço pelo meu ombro, olhando para todo aquele lugar lindo que ele demorou tanto tempo pra construir.

O esforço dele realmente valeu a pena.

Tinha algumas pessoas do lado de fora, todos provavelmente conhecendo o lugar, mas tinha uma família que me chamou atenção.. parecia que eu os conhecia de algum lugar.. uma família de quatro pessoas, dois adolescentes, uma menina que parecia a mais velha,loira e muito bonita , e o outro.. ele.. também era loiro, cabelos cacheados e olhos azuis.., é.. acho que eles são aquela família que eu vi na janela ontem a noite..

O tal menino me encarou de cima a baixo e depois fingiu que não tinha me visto.

Meu pai notou os meus olhares e disse:

—— Aqueles são os Scobell's, nossos vizinhos.

—— Hum..

Confesso, o menino era bonito, mas pelo visto nada educado.

—— Vamos lá! Quero te apresentar para eles! — ele disse me puxando

Era só o que me faltava

—— Pete! — ele chegou o chamando e apertando a sua mão.

—— Parker! — o homem disse

—— Essa é a minha filha, Victoria. — meu pai disse

O homem me olhou com um sorriso no rosto

—— Prazer, Pete! — ele disse apertando a minha mão — essa é a Heather, minha esposa.

A mulher também apertou a minha mão.

—— Esses são Leena e Walker, meus filhos— ele falou os apresentando

Leena me cumprimentou com um sorriso, já o menino estava concentrado de mais no celular pra falar comigo.

—— Prazer. — falei com um sorriso no rosto.

O garoto devia ser uns dez centímetros mais alto que eu, estava com um calça de moletom cinza e um moletom também cinza.

—— Que tal nós fazermos uma janta hoje, lá em casa? Posso pedir prós cozinheiros fazerem um churrasco, igual os do Brasil. — meu pai disse me olhando e olhando para Pete

Aposto que não vai ficar tão bom quanto o churrasco que o Vincenzo fazia.

—— Por mim tudo bem. — Pete disse olhando para sua esposa — O que acha?

—— Claro! Porque não.

—— Então está fechado, vejo vocês mais tarde. — meu pai disse pegando as chaves do carro.

—— Tchau. — Pete disse ainda mostrando o lugar prós seus filhos

O caminho para casa foi totalmente normal, nada de novo ou esquisito.

Ao chegar, corri direto para o quarto da tina

—— Cris! Por favor me ajuda! Preciso escolher uma roupa pra hoje a noite! Não sei o que usar. — disse entrando no seu quarto

—— Calma! Quem vai vir aqui?

Como era o sobrenome deles mesmo?

—— Hum.. Ah, os Scobell's.

Tina soltou uma risadinha

—— Eles já são de casa, não se preocupe tanto

—— Mas eu não sou de casa — falei ao cruzar os braços

—— Tá, tá.. espera, fica aqui — ela falou se levantando e indo até o seu closet

Tina voltou com uma vestido longo e azul claro, ele era perfeito.

—— Toma, eu ganhei ele mês passado, nem usei porque essa cor não está na minha paleta de cores, pode ficar pra você.

Paleta de cores? Era pra eu saber a minha?

—— Ah, não precisa..

Tina me enterroupeu

—— Cale a boca e pegue de uma vez, se não eu vou dar ele pra Charlotte.

Aí merda

—— Tá, tá bom, vou me arrumar.

Tina me deu um tchauzinho ao me ver passar pela porta.

The Worst Boy · Walker Scobell Onde histórias criam vida. Descubra agora