Capítulo 5 - Os olhos

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Aquela provavelmente era a única oportunidade que eu tinha, aquele galho não poderia se romper de forma alguma. Eu não pretendo morrer no meu pós-morte, pelo menos não hoje.

Conforme a água nos arrastava Rio abaixo, ficava cada vez mais nítido o som da água se chocando contra alguma coisa, provavelmente com as pedras que haviam lá embaixo. Os galhos se aproximavam cada vez mais e eu tentava nadar em direção a eles para que eu pudesse sair deste inferno junto deste pequeno bicho infernal. Assim que minhas mãos agarraram a madeira, ela rapidamente se rompeu e caiu sobre a água junto a mim.

Fiquei boquiaberto enquanto tentava pensar em algum plano genial que faria com que eu saísse dessa situação de forma calma e pacífica, porém quanto mais eu pensava mais desesperado eu ficava e foi quando chegamos ao topo da cachoeira, o animal que antes estava agressivo estava agora agarrado entre meus fios de cabelo em puro o silêncio...Bom, esse é o mínimo que ele pode fazer! deixar com que eu morra sem seus gritos em meus ouvidos.

- Ahn...Se eu fosse você eu me segurava.

...

Nós realmente despencamos de uma queda d'água, antes disso eu tentei nadar contra a correnteza, entretanto foi apenas para aliviar a minha consciência, é quase impossível nadar contra a correnteza.

O animal se agarrou a mim como se fosse algum tipo de carrapato ou parasita, mesmo quando caímos ele continuou agarrado a mim. Por sorte despencamos por míseros 5 metros e caímos no lago novamente. Eu não sei se isso me deixa completamente irritado ou aliviado, perdi meu tempo salvando este bicho sendo que ele nem iria morrer se tivesse caído aqui por conta própria! Porra tá de brincadeira...

Nadei até a borda do Rio e finalmente saí da água me jogando no chão quase que imediatamente. O animal ainda se encontrava agarrado entre meus fios de cabelo provavelmente chocado com que havia acontecido, talvez ele não tenha consciência de que a proporção disso foi menor do que ele pensou. Levei minha mão até o lado esquerdo da minha cabeça onde o mesmo estava grudado e passei a ponta de meus dedos por sua pelagem, que por surpresa nenhuma estava completamente encharcada. Aos poucos eu senti o roedor soltando os meus fios de cabelo indo para o chão, confiante de que o terror já havia passado.

Eu estava deitado no chão completamente estirado ali sobre a terra, meus olhos estavam voltados para o Céu azul que continham algumas poucas nuvens pairando sobre mim, eu estava recuperando o meu fôlego até que a minha paz foi cortada pelo pequeno animal se aproximando de meu rosto e colocando o seu pequeno nariz em minha bochecha, eu podia sentir o ar sendo puxado como se ele estivesse me cheirando. Provavelmente ele acha que eu tô morto? Esses animais não costumam ser inteligentes, certo?

Ele colocou as patas molhadas sobre o meu rosto, enquanto subia cada vez mais ousadamente em cima de mim. Eu estava com uma expressão entediada em meu rosto e levemente irritada, esse animal era folgado igualmente a sua dona...

- AH! Hahaha...

Eu gritei repentinamente fazendo com que o animal se assustasse e rolasse para longe de mim imediatamente enquanto grunina completamente indignado com o susto que havia tomado, não fui capaz de segurar a minha risada e apenas me sentei enquanto colocava a mão direita sobre meu rosto, talvez eu não estivesse acreditando que eu estava em uma situação como aquela. Olhei para o roedor novamente e o mesmo estava parado me encarando e como uma fera esguia...ele me atacou.

- Que?!- AHH!!!

...

- Foi isso que aconteceu e agora estamos aqui.

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⏰ Última atualização: Jul 29 ⏰

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