Ontem não foi pra poucos, aquela boate... tinha vários homens amardos e mafiosos em todos os lugares, e muitas mulheres, nem dava pra se dizer que eram prostitutas pois tinhas muitas que estavam por puro interesse, sendo bancadas e tudo mais.
E por alguns momentos me senti tonta, cheguei até pensar que poderiam ter batizado a minha bebida, mais por sorte, era só os efeitos de luzes da boate que estavam acabando com a saúde da minha vista mesmo.
Não pode deixar de notar olhares pra mim, principalmente pra mim, homens olhando pra minha bunda e meus seios como se quisessem devorá-los apenas com os olhos, deu até calafrio. Eu não estava com nada "aparecendo demais" pelo menos não tão quanto as outras, tava com um vestido colado preto com brilhos, porém não muito curto.
E você deve estar se pergunta: porque eu estou aqui? simples. Venho investigando o homem que mandou matar meu pai, o famoso chefe da máfia coreana. Ele está nessa boate.
Dava pra ver que aquela boate não era pra gente fraca. Se tinha de tudo: drogas, bebidas alcoólicas, menores de idade e mulheres quase seminuas, apostas, jogos e sala VIP.
Por um momento ele saiu daquela sala VIP, seus olhos penetrantes, e toda aquela aura de perigoso que já sabemos, minha vontade era de ir lá e matá-lo com minhas próprias mãos, mais sabia que não podia. Se fizesse isso, meu funeral seria em breve.
Quase não avistei o maldito homem que mandou matar meu pai; ele estava em uma das salas VIPs com outros mafiosos de sua "confiança". Enquanto isso, eu estava no centro da boate só esperando o momento de vê-lo.
- Interessada nele ?- uma coreana de aproximadamente 19 anos se aproxima com um copo de bebida na mão.
- Não, não. Apenas observando.- digo fria, o que eu menos queria era amizades pra atrapalhar minha vingança.
- Tendi.- ela se afasta, mais logo volta com um copo de bebida - Pra você!- ela me oferece a bebida.
-Ah, ja bebi o suficiente, mais obrigada!- sucedi um sorriso breve
-Bom, ok!- ela coloca o copo na mesa- agora me diz, qual é o seu nome?- ela pergunta curiosa, parecia apenas querer uma amiga pra estar com ela na boate, como eu posso dizer?... era gente boa, via bondade nela.
- Meu nome é Helena, Kim Helena!- Digo meiga, mais também não desvio minha atenção do chefe da máfia.
-Helena? É um nome brasileiro, não? Ah, então por isso que você tem todo esse corpão?- ela pergunta intrigada
Dou uma risada - Corpão? não. Genética, eu acho! Mais... essa é a visão que você tem das mulheres Brasileiras?-
- Claro! Você tá se destacando aqui por ser brasileira! quer que eu prove ? Só você olhar em volta, todos estão olhando pra você!- ela olha em volta me mostrando todos os olhares dirigidos para mim
-Mais até que eu nem tô ligando tanto pra isso.- me viro olhando novamente para mesma ignorando os homens olhando pra mim
- Qual é o seu nome ?- Decido manter o foco na conversa, talvez isso ajudaria a ganha mais informações sobre a boate e suas conexões...
-Kim Yuna, prazer!- ela diz super simpática e me dá um abraço. - Quantos anos você tem?
-Eu tenho 19 anos! - digo animada e ela corresponde na mesma intensidade.
-Eu também!!- Ela diz
Olha para onde aquele cretino, porra! Eu acabei desviando do objetivo principal: manter o foco naquele cretino. Quando eu dou por conta, ele já não estava mais onde estava lá.
- Vou ali.- digo fria, me culpando por ter perdido o chefe da máfia de vista, o pior é que esses efeitos de luzes tão acabando comigo, o que piora também pra encontrar aquele criminoso! Pude ver também Yuna me olhar confusa depois que eu fui.
Entro em um corredor da boate, tinha vários homens encostados na parede, uns fumando e outros armados, me deu até um certo medo de passar naquele corredor, mais já que eu vim até aqui, vou ir até o fim.
Passo, que sorte pois eles não tentaram nada, mais me encararam muito, pelo menos o "pior" já passou, continuo caminhando naquele corredor, onde havia vários quartos, olhei todos os quartos mais não encontrei o chefe da máfia.
- Me diz, porque você tá me seguindo? - Me viro pra trás pra ver quem era, e era ele. O desgraçado que mandou matar meu pai!
-Eu não estava te seguindo.- estava olhando pra ele com puro ódio, como se todo o ódio que eu senti em toda a minha vida fosse culpa dele. Boa parte foi.
- Não mente pra mim, gatinha.- ele fala com um sorriso debochado, seus olhos escuros brilhando e com arrogância em suas palavras.
- Eu não estou mentindo- respondo com firmeza tentando me acalmar -
- Para de me enrolar gata, tô com cara de idiota? - sim. Ele tava. Sempre teve. - vai continuar me enrolando ou vai admitir que tava me seguindo?- Percebi que ele já estava ficando irritado e perdendo a paciência comigo
- Você tem razão, eu estava te seguindo... - não dava pra dizer que não, pois eu estava...
-Ok, me diga o porque.- Vi ele ficando mais sério
Eu não podia dizer simplesmente: "PORQUE EU QUERO TE MATAR SEU VAGABUNDO!!!!" Não, eu não poderia.
-Curiosidade. Só. -
-Curiosidade? Aé? Vamos entrar num desses quartos, quem sabe eu não acabo com a sua curiosidade? - Ele diz mordendo os lábios me olhando de cima a baixo como se quisessem arrancar o meu vestido com as próprias mãos
- Não tô afim, obrigada. - digo simples.
- Ok.- ele murmurar como se estivesse brincando comigo - o que você está planejando fazer agora? - Ele se aproxima
-Eu... eu vou embora- digo rapidamente, dando um passo pra trás, obviamente nervosa. Eu sempre tive em mente que precisava matá-lo. E agora que eu estou de frente pra ele, não consigo fazer isso?
Ele me observa por um tempo, seu olhar penetrante me soldando como se pudesse ler meus pensamentos, então ele simplesmente assente, como se aceitasse minha resposta, mais sabemos que não é tão fácil assim, -Até mais.- ele diz suave mais com toda aquela postura de gente perigosa e se afasta.
Porque eu não fiz nada? Porque eu não consigo?... porque eu não o matei? Mais tudo bem, eu ainda vou matá-lo...