bad jokes are the best;

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As noites na cidade de Gotham eram um verdadeiro palco.

Palco para um show repetitivo, mas que nunca cansou ninguém naquele inferno de caos e medo.
Quem apresentava naquele palco? Batman e Coringa.

Não há, de forma alguma, como não saber quem são eles.
A princípio, o palhaço era mais um dos grandes criminosos, mas ele tinha objetivos um tanto diferentes.

Ou, a falta deles.

Apenas espalhar o caos e terror pela cidade suja, era o suficiente para arranchar gargalhadas e mais gargalhadas do homem.

Batman, era o oposto completo dele.

Um justiceiro noturno, que cuidava do povo de Gotham City, tinha como objetivo acabar com a farra daqueles criminosos desgraçados.

Opostos se atraem.

Apesar de ser um palhaço, nem mesmo o coringa tinha coragem de contar aquela piada!
Eles dois, em uma noite chuvosa sob a cidade, trocando socos e chutes enquanto, por baixo daqueles trajes escuros e ternos coloridos, não tiravam os olhos eletrizantes um do outro, e os corpos esquentavam a medida que o sangue se espalhava nos terraços sujos de Gotham. Todos aqueles em que eles lutavam.

Aquela paixão estranha, alimentada pelo ódio moderadamente controlado, era descontada assim.
Oque mais poderiam fazer? Se beijar e andar de mãos dadas como amantes normais?

Eles não eram normais! Oque então, adiantaria amar normalmente?
Claro que, já compartilharam noites quentes a agradáveis um com o outro, unindo-se como um só.
Mas aquelas ocasiões era raras e tinham um limite.

Ou então, as coisas sairiam do controle.

Tão raras noites verdadeiramente sentimentais, beijar aqueles lábios vermelhos e exagerados, que deixavam-o tão inebriado. Senti-lo de verdade, ouvir sua voz chama-lo.
Era seu amante, mas ainda era o coringa.

O morcego não era o melhor dos amores para se investir, mas o príncipe do crime já não via mais outra alternativa a não ser aceitar que, ele dominava as ruas de Gotham, assim como dominava seu pobre coração.

Ora, era seu arqui-inimigo, o único que conseguia de verdade, impedi-lo de espalhar o delicioso caos pela cidade!

Talvez, tão bom quando aquilo, era amar aquele maldito.

Então, quando se encontrassem na sacada de um prédio abandonado de Gotham, e ele brevemente chamasse sua atenção com um praguejar sob o nome do vilão, e ele se virasse esperando um ataque bruto do vigilante noturno, eles poderiam se amar daquela forma estranhamente emocionante.

Enquanto ele pudesse gritar o quando "odiava" o palhacinho problemático , talvez fosse possível que ele pudesse rir de seu batsy, que não entendia o quão emocionante era o caos.

Seriam para sempre inimigos, mas com o coração palpitando de forma sincronizada.

Batman e Coringa vivendo um romance impossível, descontado com violência bruta e pura, era uma piada muito ruim, realmente.

Mas as piadas ruins eram as melhores para se contar.

Era tão ruim, que acabava se tornando engraçado.

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⏰ Última atualização: Mar 06 ⏰

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