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Família Minatozaki e seu nome no mundo

Esse era o título do jornal, na fachada embaixo com a logo do programa.
No fundo, uma mulher usando roupa sociais falava com o microfone, atrás da mulher as pessoas passavam embaixo do sol de início de verão.

Parecia mais um título de redação que sua escola colocaria, entretanto, a mulher sentada no sofá já estava farta, sério que só viam sua aparência? Mas isso não era importante, não quando seus pais mandaram mensagem no grupo da família, essa que convidava Sana para um jantar formal no restaurante favorito deles.

— E lá vem… O que a dupla da terceira idade tá planejando?

Resmungou enquanto levantava, a tela do celular se apagou e logo a jovem Minatozaki andava em direção ao seu quarto.

Point of view, Sana

— Mamãe! A mulher me olhou, ela tinha os cabelos bem arrumados, ele era curto e com as pontas onduladas, um vestido azul-céu, a maquiagem dela era tão suave que nem parecia.
Ao lado estava o papai com um terno bem alinhado e da mesma cor do vestido de esposa.

— Sente-se filha.A voz dela era suave e não demorei a me sentar em frente a eles, o lugar estava tranquilo, era maravilhoso.

— Então, por que me chamaram?

— Certo filha – Começou meu pai, ele pegou o cardápio nervoso – Você sabe né, eu e sua mãe estamos envelhecendo e queríamos aproveitar ainda nossa energia em viagens.

— Papai, isso é incrível, eu super apoio… Mas como fica a padaria?Curiosa perguntei, um rapaz trouxe três taças de vinho e então agradeci pegando a minha.

— Então Sana, querida - mamãe iniciou, ela suspirou para falar - sei que é ocupada com o restaurante, porém filha, você é nossa única sucessora e amamos demais aquele lugar para vender a alguém que vai mudar tudo.

Olhei para eles, já imaginava que tomaria conta da padaria, pois, a última coisa que eu iria querer era mudar tudo, onde passei a infância, aprendi a cozinhar e conheci minhas amigas.
É um bom lugar, sua proposta era ser acolhedor e um segundo lar para os que precisavam de conforto, e bom, eles conseguiram. Desejava manter aquele lugar na mesma essência, porém tinha o restaurante, uma franquia, na verdade, os Mzoki, não parecia mais era uma boa franquia, me fez subir de patamar graças a boa comida, o bom tratamento dos funcionários e tantas coisas…

— Eu topo, mamãe, aquele lugar é mais do que um estabelecimento, é a história de vocês e minha infância, não estou disposta a deixar qualquer um tomar posse daquele lugar.

Disse convicta, mamãe abriu um largo sorriso e papai não foi diferente.

Aquele lugar era bem mais do que uma padaria, era história, eram duas vidas e sonhos, sonhos esses alcançados com sucesso e eu, como filha dos Minatozaki não deixaria aquela linhagem acabar.

— Não se preocupem, vai ser difícil, mas vou dar conta, aquele lugar é bem mais do que uma padaria, confiem em mim e deixarei ambos orgulhosos.

— Você já nos deixa orgulhosos de você . Sana, você é nosso orgulho e tenho certeza que o Ms Garden está em boas mãos, meu sonho está se realizando, eu vivi para ver isso.

Eles riram seguindo o jantar assim, rosadas, conversa e memórias compartilhadas.
Sana os atualizava sobre sua vida, fim do noivado e tantas coisas que ela esperou para contar.

Um mês depois

Passou um mês desde minha reunião com meus pais, desde a reunião com os advogados e desde a transferência. Agora cá estava eu, segurando uma bolsa em uma das mãos enquanto a outra ajeitava os óculos de sol em minha cabeça. A fachada era simples, porém aconchegante e chamativa.

Me aproximei da porta notando ela destrancada, menos mal, entrei já olhando o lugar com um sorriso nostálgico. Fazia mais de quatro anos que não vinha ali, o lugar parecia ser a mesma coisa de sempre exceto por uma coisa.

Franzi a testa quando um barulho alto veio da cozinha acompanhado de gritos e passos apressados.

— Mais que?

Com pressa, andei até a porta atrás do balcão onde deduzi levar a cozinha, dito e feito. Ao abrir a porta me deparei com uma cena cômica se não fosse trágica. Duas mulheres baixas no fundo pareciam discutir, uma segurando uma panela de pressão e a outra uma frigideira no canto estava outra mulher essa que, por sua vez, estava de cabelos loiros.

Observei em silêncio a discussão, vendo se onde daria, não entendia nada do que elas falavam porém só consegui visualizar uma delas jogando a frigideira, a garota que segurava a panela de pressão se abaixou e então a panela acertou o cano da pia o fazendo estourar e sair água para todo lado.

— Chaeyoung!! Dahyun! Isso foi demais, o que fizeram??

Quem gritou foi a moça loira, agora reparando melhor, ela era encantadora.

— Mas foi culpa da Dahyun, Jihyo, ela xingou minha coleção de canetinhas da copic, sabe quanto eu demorei para juntar dez dessas canetinhas??

Dizia a mais baixa de todas ali, a outra que eu julgava ser a tal Dahyun indignada reclamava.

— Céus! Chaeyoung eu não tava falando das suas canetinhas, mas de você ter queimado minha pasta com as partituras.

— Eu já disse Dudu, foi sem querer!!

Resmungou a tal Chaeyoung, as três não pareciam notar minha presença e muito menos o cano quebrado vazando água. Se eu fiz algo? Não, pois estava adorando assistir aquilo.

Point of view, Jihyo

Estava um caos naquela cozinha, as meninas gritavam uma com a outra e eu como uma boa responsável tentava apartar a possível briga física. Mas como nem tudo são flores notei de relance uma mulher parada na porta. Ela nos observava com a expressão neutra, os olhos curiosos nos encarando, encarando a pia e foi aí que eu olhei.

— Estamos na rua …

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Eii espero que tenham gostado!!
Peço desculpas pelos erros que tenham tido.
Não foi revisado.
Amanhã tem mais 💕
Atee

Garden, um romance de verão Onde histórias criam vida. Descubra agora