Debruçado sob o manto noturno
Aos meus olhos, os astros parecem dançar
Pintar o celeste com luz distante
Deslizar na vastidão cósmica.Entre constelações que ecoam o tempo
Há na escuridão uma beleza silenciosa
Que se revela como cintilantes faróis
De um universo que transcende o meu pensar.E se em cada ponto luminoso houver um segredo guardado?
Que histórias celestiais as irmãs estrelas sussurram entre si?Testemunhas dum passado longínquo
Guardam segredos entrelaçados no espaço
Expandidos de lado a lado no firmamento,
Sendo palco de uma dança eternal.O que seria então o tempo?
Para mim, compositor dos destinos - já dizia a canção.
Porém o meu tempo não é o tempo
Meu tempo se curva diante de algo maior
A eternidade que eu não posso compreender.Noite estrelada, jardim para o infinito,
Tela para o brilho sem fim
Contrastado com uma certa escuridão.Deste espetáculo, sou plateia
Da sinfonia quieta, sou aprendiz
Da solidão, sou cúmplice
E me perco
E me encontro
E contemplo
E anseio.Quão efêmero sou diante de tamanha vastidão?