O passado pode voltar para te assombrar

prólogo

Toda história tem um começo, e essa conta como nem mesmo o pior dos destinos pode separar um casal que se ama até o infinito.

Tudo começou a muito tempo atrás, de forma mais exata, 50 anos no passado. Muitos não sabem dessa informação, mais em 1938 um jovem que um dia se tornaria o maior lorde das trevas de todos os tempos, adentrava Hogwarts, e ao seu lado segurando sua mão, estava o menino que faria com que Tom destruísse o mundo.

Mas isso não é importante no momento, não seria uma boa história se eu enrolasse aqui, não é mesmo?

Essa história terá que começar com alguns anos de atraso para o futuro, começará no dia 31 de julho de 1980, quando em meio a guerra, um jovem casal ganhou a maior benção de Lady Magic, a eles foram concebidos dois belos e saudáveis meninos, Harry e Liam Potter.

Ambos os meninos eram adoráveis, Harry era a criança mais calma que alguém poderia tem, seus olhos verdes o faziam ficar ainda mais adorável, seu cabelo preto batia em contraste com sua pele pálida, um anjo muitos diriam. Liam já era um garoto um pouco mais energético, seus cabelos ruivos e olhos castanhos o faziam parecer um pequeno bebê de fada.

A sua volta, todos os cercavam com amor e carinho, mesmo com o caos do mundo a seu redor, Lili e James tentavam ao máximo proteger seus preciosos filhos, porem todo esse esforço não foi capaz de proteger a família, eles sempre temeram o desconhecido, mais não sabiam que o maior perigo estava dentro de sua casa. E no dia 31 de outubro do ano 1981, Lady e Lorde Potter morreram protegendo suas preciosas crianças do terrível Lorde das trevas...

Mas será que foi realmente isso que aconteceu?

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Desde muito jovem, Harry sempre soube que era diferente, para ele o mundo a sua volta não fazia sentido, sempre se sentindo vazio, quando seu irmão ia o visitar, Harry tentava o máximo possível o afastar, Liam era somente um garoto mimado que achava que poderia ter tudo somente por sua fama, Harry nunca se importou por não morar ou conviver diariamente com o grande menino que viveu, para ele Liam era só mais um garoto normal, e ele na verdade gostava de ter a atenção de Sirius e Remus só para ele, mais bem, ninguém realmente poderia o julgar, depois de longos cinco anos vivendo com os Dusleys, finalmente ter figuras adultas que realmente se preocupavam e amavam você o deixaria um pouco possessivo com ambos seus tutores então é claro que ele não gostaria de dividir essa atenção.

Harry não sabia explicar o motivo, mais desde que tinha somente três anos, ele tinha aqueles estranhos sonhos, sonhos que sempre o faziam acordar aos prantos, não de medo, mais sim de tristeza, muitas vezes ele não se lembrava dos acontecimentos após acordar, porém um dos sonhos que ele lembrava, o marcou de forma tão profunda que ele nunca conseguia controlar a crise de chora que vinha a seguir mesmo sem entender o motivo.

No sonho, Harry estava deitado em baixo de uma árvore com a cabeça apoiada nas pernas de um garoto de olhos de um azul acinzentado profundo, o garoto cantava uma calma canção de ninar para ele, quando a música acabava e o garoto ia falar algo, Harry acordava aos prantos, fazendo Sirius e Remus entrarem correndo em seu quarto. Harry realmente não gostava das sensações que ele sentia sempre que lembrava desse sonho.

Com seus atuais onze anos, Harry atualmente se preparava para adentrar em seu primeiro ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, sem nenhum pingo de animação e já sabendo para qual casa ele provavelmente entraria, Harry desceu as escadas em direção a cozinha para tomar seu último café da manhã com seus pais adotivos por um longo tempo, ao adentrar pela porta ele não conseguiu conter uma risada ao ver Sirius em sua forma animaga, sentado na cadeira com uma coleira rosa e com a boca cheia de glace, com Remus sentado ao seu lado segurando um bolo mordido com a cara séria, porém, que ao perceber que Harry havia entrado na cozinha mudou completamente sua expressão.

-Bom dia meu amor, dormiu bem? - Remus disse sorrindo de forma carinhosa. -Bem pelo que deu para perceber, tentei fazer seu bolo preferido, porém um certo vira lata achou que seria engraçado morder metade dele. -Na última parte, Remus olhou de forma zangada para Sirius, que simplesmente mostrou a língua.

Quando Sirius voltou a sua forma humana, ele chamou Harry para vir logo se sentar à mesa, e comer bastante o bolo que Remus fez, pois estava uma delícia. Com o comentário é claro que ele recebeu um tapa na nuca de Remus.

O café da manhã da estava fluindo de forma calma, porém Harry percebia a preocupação nós olhos de seus pais, e o quanto eles queriam falar com ele sobre algo, ele esperava que ambos decidissem falar logo com ele sobre o que os preocupava. Quando estava começando a se preocupar seriamente, Sirius começou a falar.

-Harry, Remus e eu queremos falar algo sério com você, é sobre seus sonhos, estamos preocupados do que vai acontecer com você quando for a Hogwarts.... - Sirius disse de forma calma, mais claramente preocupado. - Sabemos que você sabe se cuidar, porém, gostaríamos de podem te fazer uma visita semanalmente, pelo menos durante os primeiros meses de aula, somente para saber se você está bem.... Estamos te perguntando isso, pois as vezes você pode se sentir desconfortável com isso.

Harry ficou surpreso com a fala de seu pai, porém não podia negar que se sentia extremamente mais confortável sabendo que pelo menos uma vez na semana poderia os ver e desabafar sobre os sentimentos que tinha após os sonhos.

Então com um sorriso brilhante Harry respondeu - Vocês realmente fariam isso por mim? Eu simplesmente amei a ideia, realmente obrigado, vocês são os melhores pais que eu poderei ter! - Harry se levantou e os abraçou com um sorriso enorme em seu rosto, Remus e Sirius o abraçaram de volta, e sorriam de forma carinhosamente.

Após isso Remus decidiu ir checar com Harry se ele havia colocado tudo que precisava em sua bolsa, e sorriu ao ver tanto a capa da invisibilidade quanto o mapa do maroto guardada no fundo da mala.

As dez horas da manhã decidiram que já era hora de ir até a plataforma, tanto para que Harry pudesse pegar um bom lugar no trem, quanto para que não desistissem de última hora e concordar com a ideia do mais novo de ter aulas em casa.

As dez e meia, Harry teve que entrar no trem, e sem demora ele encontrou um bom compartimento para dividir com sua coruja Edwiges, lá ele começou a ler seu livro de defesa contra as artes das trevas. As onze horas alguém bateu na porta de seu compartimento, para em seguida abrir e se revelar um garoto de sua idade de cabelos platinados e vestes de primeira mão, com toda certeza um Malfoy.

-Me desculpe incomodar, será que eu poderia me sentar com você? - Perguntou de forma gentil.

-Claro, entre. - Harry respondeu e deu ao garoto um sorriso simples, e observou o garoto se sentar ao lado oposto dele.

-Me desculpe, ainda não me apresentei, meu nome é Draco, Draco Malfoy, é você seria? - Perguntou de forma curiosa.

Harry riu baixinho e então estendeu sua mão, sabendo que o outro garoto entenderia a pergunta muda do ato.

-Meu nome é Harry, Harry Potter Black, e espero que possamos nos dar bem Draco. - Harry observou o garoto loiro arregar os olhos, para então se recuperar rapidamente e estender a própria mão e apertar a mão do de olhos verdes.

Harry sorriu gentilmente, sabendo que Draco havia aceitado sua amizade.

Amizade, a palavra soava estranha para Harry, parecia que havia algo errado, algo doloroso envolta dela, possivelmente havendo algum tipo de ligação com o garoto de longo cabelo platinado que algumas vezes aparecia em seus sonhos. Mais tudo que o lembrava os sonhos o deixava dolorosamente triste de qualquer forma.

Harry tentou ignorar aquela sensação, e aproveitar que talvez finalmente esteja fazendo um amigo. Quando o trem começou a se mover, ambos já estavam discutindo animadamente sobre poções, e como estavam animados para aquela aula.

Rindo sobre uma das histórias de Draco de quando desastrosamente tentou preparar uma poção, não perceberam a porta sendo abertas por um garoto de cabelos ruivos, e claramente zangado.