⋆⁺₊⋆ 𝐶𝑎𝑝.1 ⋆⁺₊⋆

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- Pai, eu não preciso de um guarda-costas! - exclamo a ele.

- Você precisa sim, você vai mudar de escola, e não consegue se adaptar a lugares novos! - ele fala.

- Mas pai...

- Mas nada, você vai ter sim e pronto final.

- Mas e se a pessoa for perigosa ou algo assim?

- Pode ficar tranquila com isso, eu vou escolher o melhor que tiver e o mais seguro possível. - ele fala e eu saio do escritório dele furiosa.

Quando eu era pequena, eu era totalmente extrovertida, mas, eu não sei por qual motivo, que, com o passar dos anos, eu comecei a ficar muito tímida.

Cheguei ao ponto de tremer minhas mãos enquanto estou em algum lugar que eu não conheça.

Agora, meu pai quer conseguir um guarda-costas pra mim.
Ele fala que esse "guarda-costas" pode me ajudar a lida com esses meus problemas.

E também que esse "guarda-costas" pode me fazer companhia e fazer com que eu me sinto mais segura.
Mas eu realmente não preciso. Tá, eu sei que eu realmente não consigo ficar em um lugar desconhecido, mas eu não quero.

Imagina se ele for insuportável? E que ele simplesmente me largasse de mão, só para ganhar o dinheiro do meu pai?

Eu não disse, mas meu pai é super rico. Eu moro sozinha com dentro de uma mansão enorme. Minha mãe morreu no meu parto, então eu nunca vi ela, só por fotos, mas antigas.

A maioria da pessoas acham que sou metida por ter um pai podre de rico, mas não.

Na verdade, é bem solitário em casa, só tem eu, ele e os empregados. Mas eu falo que só tem eu e os empregados, porque nem parece que meu pai fica em casa, porque ele fica o dia inteiro no escritório dele.

Quando eu era pequena, eu tinha que brincar com os empregados, que realmente foram uma companhia muito boa para mim. Até hoje tenho amizade com algumas das empregadas de casa, que no caso, virou literalmente minha melhor amiga.

Vou até meu quarto, bato a porta e caio de cara na minha cama, com um grande ódio disso tudo.

Uma das empregadas, que no caso é minha melhor amiga, Miriam, e vem até mim, ainda com a cabeça enfiada no travesseiro.

- O que aconteceu agora hein, senhorita Young? - ela me pergunta.

- Meu pai quer me arranjar um guarda-costas. - falo.

- Poxa Kaylee, isso é ótimo! Você vai ter uma companhia e não vai precisar ficar preocupada em ficar sozinha!

- Não é nada! Eu vou ficar sendo vigiada por alguém que eu não conheço 24 horas por dia, principalmente na escola!

- Seu pai deve arranjar alguém confiável, e você pode fazer amizade com ele, aí você não vai precisar se preocupar em ficar com alguém desconhecido. E se for bonito, vai ser melhor ainda. - ela fala com um sorriso malicioso e me levanto na hora, me sentando na cama.

- É claro que não! Não tenho intenção nenhuma de namorar agora.

- Ah, entendi. - ela faz uma cara meio triste. - Então, quando será que ele vai arranjar esse seu guarda-costas?

- Não sei, talvez quando começar as aulas. Mas enfim, não quero mais falar sobre isso, tá me deixando mais nervosa ainda. - falo massageando minhas têmporas.

- Tudo bem então. Ah, quer comer alguma coisa? Algum doce?

- Quero, principalmente doce. - falo com um sorriso para ela e vou com ela até a cozinha.

Ela sempre fez doces deliciosos para mim na infância, e amo muito até hoje, e principalmente, um doce no meio de um estresse cairia bem agora.

𝘐 𝘥𝘰𝘯'𝘵 𝘯𝘦𝘦𝘥 𝘢 𝘣𝘰𝘥𝘺𝘨𝘶𝘢𝘳𝘥Onde histórias criam vida. Descubra agora