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Acordei sentindo alguma coisa envolta de mim e rapidamente abri meus olhos.

Eu não estava louco, não foi a bebida. Eu realmente conhecia aquele cheiro. Eu estava no quarto do Carlos.
Ele estava dormindo ainda.
Ele estava com o braço em cima de mim.
Ele não parecia se importar com isso.
Estou morrendo de vergonha mas ao mesmo tempo que aproveitar esse momento, que para ele não significa nada mas para mim é uma puta de uma maravilha.

Mas decido que devo voltar para o meu quarto. Não devo ficar alimentando essas loucuras na minha cabeça.

Quando tento sair do abraço de Carlos, ele se mexe, o que faz o aperto ficar mais forte. Não tem como sair dali sem acordar ele.

Decido ignorar toda a vergonha que estou sentindo e acorda- lo

-ei, bom dia...- digo sussurrando em seu ouvido

Ele não parece ter escutado já que não moveu um músculo sequer.

- eu preciso sair daqui... - falo empurrando seus ombros. 
- psiu, acorda! - a essa altura eu já havia me estressado

- cara fica quieto eu estou finalmente conseguindo dormir depois de uma semana. - finalmente Carlos resmunga algo para mim, ainda com os olhos fechados e os braços na minha cintura.

Carlos é uma pessoa extremamente ansiosa, ja faz uso de medicamentos desde a infância mas esses últimos dias tem piorado. Mas eu não sei o porque. Carlos anda muito estressado e ansioso ultimamente. Deve ser por causa das corridas que estão próximas.

Decido deixá-lo dormir. Lido com as consequências depois é simplesmente me rendo ao abraço e afogo meu nariz em seu pescoço.

Deus queira que ele esteja num sono tão profundo que não perceba isso.

Quando acordo estou sozinho na cama, acredito que se passaram no máximo 2 horas.

Me incomoda que carlos tenha levantado da cama e me deixado aqui, será que ele achou ruim eu estar tão próximo dele?
Bom, ele que me impediu de levantar. Não tenho culpa disso.

Decido ignorar meus pensamentos e levantar da cama.

Vou até o banheiro e faço minha higiene. Coloquei apenas uma calça de moletom cinza e sigo para cozinha.

A casa está com um cheiro muito bom. Quando chego na cozinha me deparo com Carlos fazendo panquecas. As panquecas dele são simplesmente as melhores do mundo.

Carlos percebe minha presença e se vira.

- Acordou dorminhoco? Achei que teria que embalar as panquecas para o jantar.

Sorrio de lado com sua fala e sento na cadeira.

- Que bom que você preparou o café, estou faminto.

Ele sorri enquanto me serve. 

- imaginei que você estivesse, sei como aprecia meus dotes culinários - fala rindo.

Coloco mel nas panquecas e começo a comer.

- essa é realmente a minha coisa favorita no mundo. - falo de boca cheia.
////////

São 14:00 e o céu está como se já estivesse de noite, a termômetro marca -2 graus.

Dezembros sempre são assim aqui.

Carlos e eu decidimos decorar a casa para o natal, como estamos de férias das corridas estamos com muito tempo livre.

Vou até a sala aonde Carlos está deitado no sofá.

- você já está pronto?
Ele larga o celular e olha para mim.

- Bom, não sabia que íamos sair mas me arrumo em 5 minutos. - fala meio confuso, levantando rapidamente do sofá.

- vamos até a feira de natal, lembrou?

- claro... claro!! - finalmente se lembrando do que tínhamos combinado.
///////

Gosto muito de vir em feiras natalinas. As pessoas hoje em dia só querem saber de comprar coisas copiadas em lojas chiques e sem essência alguma.

Eu e Carlos sempre preferimos as feiras, elas tem toda a magia do natal. Os cheiros de pinha e chocolate, competições de presépios e enfeites artesanais.

Além disso, por ser frequentado apenas por pessoas mais afastadas da cidades e mais velhas, quase nunca somos reconhecidos por alguém.

É a pura tranquilidade de andar pela feira, aproveitando tudo que o natal tem a oferecer, como duas pessoas normais.

//
Carlos parece uma criança quando está comprando enfeites. Admiro muito sua paixão por datas comemorativas.

- temos que levar isso!- me mostra uma rena gigante que mexe a cabeça.

- podemos levar assim que você me disser aonde pretende colocar isso.

- tenho certeza que conseguimos encaixar essa belezura em algum lugar! - ele fala animado, realmente está disposto a brigar pela rena.

- ok ok mas se ela não couber na sala, você vai colocá-la no seu quarto. - me rendo

Passamos a tarde toda na feira natalina e decidimos voltar para casa.

Carlos se joga no sofá assim que abro a porta do apartamento.

- vamos deixar a decoração para amanhã, por favor

- vamos com certeza, estou morto - concordo com ele e me jogo a seu lado no sofá.

Passamos um tempo em silêncio até que sinto ele olhando para mim.

Me viro para olhar em seu rosto.

- o que foi? - pergunto a ele.

- as vezes eu gostaria de poder ser sincero com você. - fala baixo enquanto se levanta do sofá e vai para seu quarto.

Me levanto do sofá e permaneço na sala tentando entender o que acabou de acontecer. Ele estava tranquilo e de repente parece que está perturbado.

Decido deixar esse assunto para amanhã porque sei que Carlos não vai me falar nada não importa o quanto em incomode ele.

Sigo para o meu quarto e me deito na cama.

Gostaria de poder dormir com ele de novo. Sei que essa noite ele passará em claro.

O que tanto te atormenta Carlos? Que você não pode contar nem para mim...

Voltei!!
Gente minha criatividade anda bem fraquinha viu!
Espero que gostem!!
Estou me esforçando muito para conseguir terminar a Fanfic mas eu realmente estou sem ideias!!
Aceito opiniões do que fazer.
(Capítulo não revisado)

Bjssss 🫶🏻

just a friendsOnde histórias criam vida. Descubra agora