Capítulo 2- festa

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Hoje temos um evento para ir.
Carlos confirmou a presença de nós 2, mesmo eu falando que não queria ir. É sempre as mesmas coisas que acontecem nesses eventos, bebemos, ele flerta com todo mundo- as vezes eu sinto que até comigo- fica nervoso por eu ter saído de perto dele e logo após isso vai embora com alguma menina para casa.

A festa seria as 23:00, hoje eu não tinha compromisso nenhum então optei por ficar em casa. Não vi Carlos ainda mas já deve estar chegando já que está quase no horário de irmos.

Decido ir tomar um banho e já ir me arrumando. Estou em dúvida de qual roupa usar, não quero nada simples mas nada muito chamativo porque não estou querendo muita atenção, estou indo apenas por educação.

Coloco uma calça preta, uma camiseta larga branca e um tênis branco.

Ao sair do quarto, vejo Carlos se arrumando, nem ouvi quando ele chegou.
Decido entrar no seu quarto e esperar ele terminar de se arrumar.

Ele está lindo como sempre, as vezes eu sinto ciúmes  das roupas que encostam no seu corpo, já percebo também que preciso urgentemente de um tratamento psicológico.

Ele está com uma calça social preta, camisa preta com os primeiros botões aberto e a manga dobrada nos cotovelos, deixando amostra seus braços repletos de veias e em sua mão havia vários anéis.  As vezes me pego pensando com seria o toque frio do metal em minha pele, mas logo afasto esses pensamentos quando ele se vira para falar comigo.

— está pronto pequeno?

( odeio que ele me chame assim, e ele sabe, por isso me  chama, mas não posso negar que a nossa diferença de altura é um pouco significativa.

— já estou sim, pode só me ajudar com o cabelo?
Ninguém no mundo, inclusive eu, sabe arrumar meus cabelos teimosos como ele. Parece mágica

— gosto do fato de vc não conseguir arrumar seu próprio cabelo, assim vc sempre vai precisar de mim. - disse Carlos com um sorriso cinico.

- sabe que não vai se livrar de mim tão fácil, chilli. - respondo com um sorriso grande e uma piscadela. - só saio daqui quando vc se casar.

- Vamos envelhecer juntos então? - responde rindo, como se não esperasse uma resposta.

- Humm não sei se quero ver essa sua cara velha. - responde a ele, mesmo sabendo que nem a velhice seria capaz de afetar a beleza desse homem.

- Nem você se convence.

Fomos até a festa com um dos carros do Carlos, quase sempre optamos por irmos juntos no mesmo carro quando é nesses eventos, porque com certeza algum vai beber demais e outro vai dirigir, e no caso sempre sou eu quem vai dirigindo. Mas eu vou no meu próprio carro dependo do humor do Carlos caso ele decida ir embora com alguma garota, hoje eu sinto que não é o caso, ele parece meio estranho.

- 5 dólares por um pensamento. - falo a ele enquanto seus olhos estão vidrados no trânsito intenso. É uma coisa nossa sempre pagar por um pensamento muito curioso do outro, claro que nunca realmente levamos a sério a parte do pagamento.

- Hoje o Daniel me perguntou de você, esqueci de te avisar.- respondeu seco. 

- Ah, e o que ele queria? - eu estava realmente curioso para saber o que faria Ric perguntar de mim a Carlos, todos geralmente evitam citar meu nome numa conversa com ele.

- Na real eu acho que não importa, hum? Não é como se você tivesse interesse nele. Sem contar que ele é super galinha, você não faz esse tipo. - responde ele desinteressado. 
E lá vamos nós de novo com toda essa superproteção irritante.

- bom, não estou interessado realmente, mas você também é super galinha, não deveria ficar falando assim das pessoas como se fosse defeito.

- independente.

Sorrio em resposta e seguimos até a festa em um silêncio confortável

Ao chegarmos Carlos entregou a chaves ao motorista e o ambiente estava cheio de celebridades, como de costume.

Comprimentei algumas pessoas e segui até o bar. Não estava muito afim de realmente "festar" hoje.

Daniel chegou por trás de mim, me fazendo derrubar whiskey na camiseta pelo susto repentino.

- caramba! Desculpa, vem deixa eu te ajudar. - diz Daniel claramente preocupado por ter me molhado inteiro.

- Calma, relaxa está tudo bem- digo sorrindo calmamente a ele.

- Não posso deixar você ficar assim, estão uns 17 graus aqui em cima.

Realmente estava um pouco frio por conta da festa ser em cima de uma das montanhas mais altas da cidade.

- Eu posso resolver isso, relaxa, sério. - digo educadamente enquanto vou atrás do Carlos para obrigá-lo a me dar sua jaqueta me após ele insistir para eu trazer a minha.

Andei a festa inteira e não encontro ele em lugar nenhum. A festa está lotada e todo hora alguém me para querendo conversar.

Avisto um canto mais afastado aonde não tinha procurado ainda e vou até lá.

Ao chegar vejo Carlos e é claro uma garota se esfregando nele. Ele não parece estar muito afim dela já que seu copo nunca pareceu tão interessante naquele momento, e mesmo assim aquela vaca não some dali.

- ei! Carlos - chamo sua atenção.

- o que esta fazendo assim sem roupa? - responde com um tom já protetor.
- Derrubei bebida na minha camiseta.

- garoto não está vendo que estamos ocupados? Vaza daqui - fala a vagabunda enquanto tenta roubar um beijo dele.

- gata tá na hora de vc ir - Carlos diz a ela tentando manter a educação e elegância.

- Cara... você é gay?  - pergunta a menina como se essa fosse a única explicação para o desinteresse dele.

- Deve ser isso sim gatinha, agora vai lá- fala Carlos rindo enquanto quase empurra a menina para ir embora.

- toma, coloca isso. - me entrega sua jaqueta.
Fico feliz por não ter que ter pedido e confessar que ele estava certo.

- obrigado.

Volto para o bar porque aquela festa estava um tédio e o que me resta é encher a cara.

Um cara aleatório aparece no balcão e senta ao meu lado.
- Eai gatinho, tá aqui sozinho?- fala enquanto já avança a mão para minha perna.

- Não estou interessado, obrigado. - respondo direto porque sei que não estou em condições nem de conversar com alguém.

- calma bebê, eu vou te fazer mudar de ideia, hum? - fala enquanto avança para o meu pescoço.

- eu realmente não estou interessado, me solta. - falo tentando sair da cadeira.

Ele está forçando a mão na minha perna, impedindo que eu me mova.
Não estou conseguindo pensar direito e sinto que a qualquer momento posso desmaiar.

Sinto ele avançando para me beijar mas eu não quero aquilo, nenhuma palavra consegue sair da minha boca naquele momento, minha visão tá turva e não consigo impedir que nada aconteça. A única coisa que consigo fazer é fechar meus olhos.
E de repente um barulho muito alto se fez presente.
Carlos. Para variar.

- que porra você pensa que esta fazendo? - grita para o homem que está no chão pelo soco que Carlos deu nele.
- Cara quem é você ? - o nariz do homem não para de sangrar e estou ficando enjoado.
- Não está vendo que ele está bebado? Que tipo de filha da puta você é? - eu nunca o vi tão nervoso. 
Ele olha para mim com um olhar de preocupação é me puxa pelo braço delicadamente.

- vamos, acho que já deu dessa festa por hoje.
Não consigo responder então apenas o sigo.
Não lembro como cheguei em casa mas agora eu estou no que parece uma cama. Então me rendo ao sono e fecho os olhos sentindo um cheiro familiar de baunilha fresca que provavelmente é coisa da minha cabeça.




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Oiiee! Voltei
Gente eu não tenho muitas habilidades para escrever ainda, essa é realmente a primeira fanfic que tento escrever. Espero melhorar os acontecimentos e diálogos ao decorrer da história.

Capítulo não corrigido.
Espero que gostem ( se estiverem lendo)

just a friendsOnde histórias criam vida. Descubra agora