Nós dias seguintes, Molly não voltou para as aulas, Constance falou que ela estava estudando com o pai em outro horário, o que me deixou um pouco mais feliz, afinal significava que ela teria a atenção exclusiva dele para compreender a matéria e não ficar tão confusa.
O dia estava agradável, com um sol fraco e a brisa suave, o que me deu uma enerhia extra para cuidar do jardim de morangos.
Estava sentada entre os arbustos que agora estavam cheios de frutinhas vermelhas, quando Molly se aproximou com um sorriso amarelo no rosto.
— Oi — ela falou sem ânimo.
— Oi — falei com simpatia — O que está fazendo aqui?
— Você precisa ser tão antipática? — ela falou com as mãos na cintura.
— Antipática? — falei surpresa — Estou sendo antipática?
— Meu Deus! Você nem consegue perceber quando está agindo assim não é? — eu estava confusa — Tanto faz — ela olhou ao redor, caminhando até um dos arbustos de morangos e pegando uma das frutas mais vermelhas — Posso pegar um? — acenti.
Molly pegou o morango, dando uma mordida nele, seus face foi de curiosidade para surpresa, ela me olhou com os olhos arregalados e eu sorri.
— Bom né? — ela sacudiu a cabeça freneticamente — São mais doces do que os morangos geralmente são, papai fala que é por causa da terra daqui.
— Nunca comi morangos tão docinhos — ela pegou outra fruta, fechando os olhos e sorrindo enquanto mastiga.
O rosto dela parecia muito mais animado e feliz, o que me deixou mais tranquila também, ela gostava dos meus morangos.
— Você cuida deles sozinha? — sacudi a cabeça — Gosta de brincar de fazendeira — eu ri.
— Acho que você pode dizer isso — me levantei devagar — também tenho ovelhas, quer ver?
Ela pensou por um segundo, mas logo concordou com a sugestão, nos duas caminhamos para fora do pequeno jardim de morangos, indo até o grande gramado na lateral da mansão, ao longe já era possível ver algumas ovelhas pastando.
— Cézar sempre retira a lã delas — falei enquanto caminhavamos até os animais — Ele diz que é terapêutico.
Molly ficou surpresa com a quantidade de lã que envolvia os animais, tive que explicar para ela sobre a poda das ovelhas, o que pareceu interessar ela.
Nós caminhos um pouco entre os animais, até que eventualmente, comecei a me sentir enjoada e tive que sentar no gramado, Molly se sentou ao meu lado.
— Eu gosto quando você está assim — ela falou.
— Como assim?
— Quando você conversa sem ser arrogante — ela envolveu um cacho em seu dedo — Constance me falou para não comentar... Mas alguém precisa dar um toque em você.
— Eu não sabia que estava sendo arrogante — tentei pensar em que momento tinha sido, mas não consegui pensar em nada — Bem, desculpe por isso.
— Tudo bem — ela deu de ombros — Você foi criada em berço de ouro, então óbvio que você vai olhar para nós, meros mortais, de um lugar mais alto.
— Eu não vejo vocês de um "lugar mais alto"...
— Você claramente vê — ela cruzou os braços — Você não tem remorso em chamar alguém de burra e expulsar elas dos lugares.
— Espera aí! Eu nunca fiz isso! Com quem eu fiz isso? — ela sorriu, apontando para seu próprio rosto — Eu nunca fiz isso com você!
— Você me expulsou da cozinha e falou que eu não posso comer lá! — eu sacudi a cabeça.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Strawberry Girl's [PAUSADO]
Roman pour AdolescentsAna é uma garota difícil, sem qualquer talento para interações sociais e um grande medo do mundo fora de sua casa, lidando com sua própria mente, ela conhece Molly, filha do seu novo tutor. Entre brigas e diferenças, um forte sentimente nasce entre...