✝ 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐈 ✝

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A mulher de cabelos pretos sobre o chão coberta de sangue, seus olhos se direcionavam para o garoto que gritava por ela, com um sorriso fraco e um olhar sofrido. O corpo daquela mulher tremia de dor, a estaca espetada em seu peito a impedia de respirar e de se mexer.

-Mãe...-sibilou o moreno quase sem voz. O mesmo era segurado por um homem que o impedia de se aproximar da mulher.

-Espere os humanos se afastarem mais um pouco, eles não podem saber de sua existência, majestade. -disse o loiro que o segurava.

-Me solta, Ji-Min! -ordenou o moreno, afastando bruscamente o loiro correndo em direção à mulher de cabelos pretos a colocando em seus braços.

O olhar do garoto transmitia desespero, o seu corpo tremia em sintonia ao da mulher em seus braços. Sua mão gelada acariciava a lateral do rosto coberto de sangue de sua mãe.

-Está tudo bem, tae -sibilou segurando com dificuldade a mão do garoto- A mãe vai ficar bem...

-Não me deixa, mãe -suplicou trémulo a segurando mais forte sobre seu peito- Não me deixa sozinho, por favor...-pediu com o seu rosto sobre os cabelos da mulher.

-Não vou deixar o meu filho sozinho...- sibilou antes de sua alma deixar o seu corpo.

A angústia e o desespero tomou conta do garoto que segurava sua mãe agora sem vida em seus braços, nada saia, apenas um nó na garganta se formou e uma raiva se instalou.

-Mãe... mãe... -sibilou ainda com os olhos fechados. Em instantes Tae-hyung conseguiu abrir os olhos voltando à realidade -Aquele dia me persegue... -comentou sussurrando ao se ajeitar na cadeira de avião em que se encontrava.

Seul era o seu próximo destino, sua cidade natal, onde Kim nasceu e passou toda a dua infância e adolescência até aos 25 anos. Logo após da morte de sua mãe Tae-hyung saiu de Seul para bem longe, onde passou estes 45 anos circulando pelo mundo sem rumo.

Depois de anos fungindo de se aproximar da Coreia o vampiro sentiu que era a hora de voltar para a suas raízes e colocar um ponto final nesta história que o atromentava. Não demorou muito para que o avião aterra-se em terra firme e todos se aprontassem para descerem do avião.

Kim esperou todos sairem pqra que assim ele se levantasse do banco e descesse do avião em paz e em silêncio.

-Não mudou nada. -soltou ao vasculhar o lugar com os olhos- Humanos continuam barulhentos. -soltou antes de se teletransportar para o cemitério onde sua mãe estava.

Já na porta do enorme cemitério Tae-hyung certificou-se de que não havia nenhum vampiro dentro do mesmo, já que ele não queria ser visto por ninguém. Colocando o seu chapeu preto em sua cabeça o vampiro entrou, com passos longos e trémulos o mesmo procurava a campa de sua mãe.

Não demorou muito para que a encontrasse. Parado em frente da mesma encarando a fotografia de sua mãe, o rosto angelical da mesma, o seu sorriso esplêndido que Kim fazia de tudo para o ver pessoalmente. Kim desejava chorar, deitar tudo para fora, mas não conseguia fazê-lo.

-Se eu conseguisse joga-lo tudo para fora como fazia antes, será que conseguiria fazer o seu luto, mãe? -questionou retoricamente se sentando ao lado da campa da mesma. -É nestas horas que eu desejava ser humano, mesmo eu os odiando -brincou rindo nasal.

Mesmo depois de tantos anos que sua mãe havia partido, Kim nunca fez o luto que deveria, mesmo tendo vivido com seu pai que fazia o luto de sua mulher. Nunca superou a morte de sua mãe e se culpava pelo ocorrido. Aquele dia, aquelas sensações nada disso saíram da mente e dos sonhos do vampiro, a cada ano que passava apenas se acrescentavam remorsos e raiva no peito de Tae.

Remorsos de não ter feito nada no momento em que poderia e raiva de quem tirou a coisa mais preciosa dele. A única que o fazia ter vontade de ser alguém melhor, de fazer o bem e de ser o bem. Depois de a perder a vida de Kim nunca mais foi a mesma, ele já não via sentido de continuar vivendo. Tae mudou, tornou-se um vampiro arrogante e egocêntrico, nada mais importava além dele mesmo.

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O tempo passou e Kim permanecia no mesmo lugar, sentado em silêncio, saboreando o sabor do silêncio da noite.
Ao perceber movimentação ao redor entendeu que era a hora de ir embora então, em questão de segundos, Kim já se encontrava nos grandes portões do cemitério.

Enquanto Kim caminhava calmamente com suas mãos nos bolsos de suas calças pretas de alta grife cantarolando e aproveitando o escuro daquela noite, sons de tiros eram escutados não muito longe de Kim. Tae, por sua vez, não deu importância aos sons até escutar uma voz atrás dele, aparentemente o chamando.

-Fique parado! -ordenou uma voz feminina. Tae-hyung parou de andar no momento em que a voz da garota entrou em seus ouvidos- Vire-se lentamente! -ordenou mais uma vez.

Soltando uma risada desacreditado, Kim se voltou rapidamente para a garota ficando frente a frente com a mesma. Agora o garoto de cabelos negros a conseguia ver, não nitidamente pois o escuro da noite lhe impedia de enchergar totalmente.

-Pode baixar essa arma, por gentileza? - solta Kim ao dar um passo em frente -Uma arma pode ser perigoso para uma pequena senhora -debochou Tae baixando um pouco a cabeça para encarar a garota que se mantinha séria em em silêncio o fintando.

-Não achei graça à sua piadinha machista! -respondeu a garota - Posso saber o que anda fazendo aqui a esta hora? -questionou.

-Acho que quem deveria fazer essa pergunta seria eu, o que anda fazendo aqui, numa floresta escura e ainda com uma arma em mãos? -indagou Kim se aproximando mais ainda.

-Não se aproxime! -avisou apontando a arma para o mais velho.

-Acha que eu tenho medo de uma arma de mental insignificante? -soltou - Pelo amor de todos os vampiros eu...- tentou terminar a frase mas foi interrompido por um som de um motor.

E em questão de segundos Tae foi encandiado pelas luzes dos faróis do carro.

-Desgraça! -xingou o vampiro esfregando os olhos.

Novamente os sons dos tiros voltaram, era a garota disparando contra o carro. O carro acelerou em direção a ambos. Quando finalmente Tae recuperou a visão, os sons do último tiro ecoou e desapareceu logo em seguida, as balas tinham acabado.

-Merda! -soltou a garota ao perceber que estava indefesa.

A garota ficou paralisada ao entender que o carro continuava acelerando em direção, era como se algo estivesse lhe prendendo no chão a impedindo de fazer andar. Cada segundo que passa o carro se aproximava.
Era literalmente como uma cena de filmes de quando os personagens são atropelados, tudo parecia estar em câmera lenta.

Mas antes que o carro pudesse tocar na garota Kim, num impulso, a abraça escondendo o rosto da menor em seu peito e usando seus poderes para carregar no travão do carro e aos poucos o carro travava, mesmo com a pessoa que estava dentro do veículo carregando no acelerador e xingando tudo por o carro estar a parar.

De Repente o vampiro perde todas as suas forças e um sentimento de fraqueza o invade e uma dor insuportável se faz sentir por todo o seu corpo era como se tivessem arrancado uma parte dele sem qualquer aviso.

O som dos pneus foi a última coisa que o vampiro escutou antes de tudo se apagar.

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⏰ Última atualização: Apr 14 ⏰

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✝ 𝐓he 𝐕ampireOnde histórias criam vida. Descubra agora