Ja tinham passado umas 6 horas e eu continuava sozinha em casa até que alguém bate à porta. Dirigi-me até ela, nao me dei nem ao trabalho de perguntar quem era, simplesmente abri.
Assim que o fiz o meu coração congelou, porque motivo? eu nao sei, mas todo o meu corpo ficou estático, preso, como se o coração tivesse deixado de bombear sangue... e aposto que fiquei mais branca que a neve."olá..." os seus olhos fixaram os meus e a sua figura machista revelou-se.
"o que é que estas aqui a fazer?" reagi
"só queria saber se estavas bem" disse nao mostrando importancia
"e por acaso isso conta para a tua felicidade?" perguntei arrogante
"ok" virou costas mas eu agarrei-lhe na mao
"desculpa" lamentei-me
"claro, não faz mal"
"queres... entrar?" perguntei receosa
"estava a ver que nao" entrou casa a dentro
Fechei a porta devagar enquanto o sentia a percorrer a casa lentamente. O som dos seus sapatos fazia-se ouvir quando estes entravam em contacto com o chao. O seu cheiro ja se sentia... E que bom que era sentir o cheiro dele.
Um, dois, três ... parou.
"vais continuar agarrada à porta e de costas para mim?" perguntou-me
limitei-me a suspirar e virei-me para si. Ele tinha mudado tanto durante este espaço de tempo... tanto tempo sem o ver mas tao pouco tempo para tanta mudança.
o seu cabelo nao era mais curto, dava-lhe pelos ombros; ja nao se vestia com uma t-shirt qualquer, agora eram camisas abertas a mostrar o seu peito e algumas das tatuagens que nele existiam. Ele estava um homem feito.
Parece que é esse o objetivo de agora, parecer gente crescida, vestir-se como um adulto e agir como um.
O Stefan estava igual, o Damon tambem, o Luke... o Luke era aquele rapaz ao qual ,esse dito "objetivo", ainda lhe era desconhecido."queres alguma coisa? agua? qualquer coisa?" disse no final de apreciar todos os seus detalhes e tirar algumas conclusões
"eu estou bem assim, obrigada"
fomos de encontro ao sofá que se encontrava na sala de estar. Ele sentou-se de frente para a televisao e eu de lado tendo assim visão para ele
"sim?" olhou-me
"isso digo eu, vieste à minha casa sem motivo aparente e sentaste-te no meu sofá, e eu ainda não percebi porque .."
"ja te disse que era para saber se estavas bem" disse frio
"diz-me uma coisa..." perguntei receosa desviando o olhar dele e encarando agora o chão
"o que queres saber?" fixou-se em mim deixando-me ainda mais nervosa
"porquê isto agora? porquê tanta preocupação comigo agora? porque é que te dás ao trabalho de saber como estou depois deste tempo todo a ignorar-te , ou melhor a ignorar-vos a todos... porque é que te das ao trabalho de saber se estou bem ou não? é que eu nunca fiz isso por nenhum de voces... Passei estes ultimos tempos a tratar-vos mal, a não me importar minimamente com o vosso bem estar.... porquê? Porquê tu? Sempre foste o mais reservado de todos. Nunca tiveste nenhuma ligação forte comigo... Porque é que te estas a preocupar comigo?"
"tu precisas de alguém."