𝑪𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝑰𝑰

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Saindo da confusão do bar principal, haviam cada vez menos pessoas a conversar e a rir no corredor que levava a uma casa de banho escura e classy.

Mónica entrou na sua cabine, apreciando a paz e o silêncio enquanto podia. Infelizmente, foi interrompido por mais uma pessoa que entrava na cabine ao seu lado. Ao contrário da maioria, os seus passos não ecoavam como os de quem leva salto alto.

"O conforto vem primeiro", pensou Mónica.

Foi lavar as mãos, e pela sua curiosidade, dobrou-se ligeiramente na anca para ver que tipos de sapatos a mulher usava. No entanto, não viu os pés delicados de uma mulher, mas sim as garras feias e nuas de um homem.

O que a chocou mais não foi ter um homem na casa de banho das mulheres, mas sim estar descalço numa casa de banho. Por essa razão, gritou.

-Este homem está descalço WTF!!!!!!


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A Nádia tomava um banho de rosas, enquanto bebia o seu copinho de champanhe. Pegando numa toalha, recordou os momentos que teve com a sua amiga Mónica durante o dia. Como se encontrava sozinha, resolveu ligar-lhe para marcarem um encontro. Nádia então pega no seu telemóvel e clica no contacto, porém quem atende não é a voz que ela estava espera. Sarah tinha atendido a chamada porque Mónica havia deixado o telemóvel na mesa.

- Posso falar com a Mónica, por favor?

- Não. - e desliga.

Nádia ficou muito indignadas com a rudeza desta mulher e curiosa pelo facto de ter sido ela a atender o telemóvel da sua amigas de infância.

"Devem ser próximas" pensou "Mas isso não lhe dá o direito de falar comigo assim!"

Ligou de novo mas desta vez determinada a não se deixar ser maltratada por uma mulher que nem se quer conhece!

- QUEM É QUE TU PENSAS QUE ÉS PARA ME DESLIGARES NA CARA??

- Quem é que tu pensas que és para estares a ligar à minha namorada?

- SOMOS AMIGAS! EU LIGO-LHE QUANDO EU QUISER!

- A Mónica não tem amigos. Ela não pode ter amigos.

- Como assim não pode ter amigos?

- Ela não pode ter amigos porque eu não permito.

- WTF? Tu só podes ser doida. Deixa-me falar com a Mónica.

- Não. - Disse Sarah secamente, desligando o telemóvel de Mónica.


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No estacionamento do restaurante, Mónica tentava libertar-se dos braços de Guilherme que a arrastava como se ela fosse pequena e leve e não estivesse a bater-lhe com todas as suas forças.

Mónica não conseguia gritar por causa do pedaço de tecido que o matulão lhe tinha enfiado na boca, contudo, mesmo que pudesse gritar sabia que ninguém a ouviria naquele estacionamento frio e deserto que mais parecia abandonado já que os magnatas que frequentavam o estabelecimento preferiam exibir as suas máquinas deixando-as do lado de fora.

Mónica sentiu-se ser atirada para dentro de um veículo e bateu com a cabeça em algo macio e confortável que mais parecia uma perna. Mónica então panicou ao perceber que afinal tinha não 1 mas 2 sequestradores, de modo que seria muito mais difícil de escapar. 

Não pode evitar quando o seu pensamento foi para Sarah : Será que ela tinha reparado na sua longa ausência? Será que estava a sua procura? Será que iria procurá-la?


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⏰ Última atualização: May 27 ⏰

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