15 anos antes, Aldeia da lua crescente, algum lugar próximo a cidade república.
O luar banhava a aldeia isolada com uma luz trêmula, revelando um cenário desolador. As casas antes acolhedoras agora eram escombros dispersos, e o ar estava impregnado com a fragrância acre da destruição. Li Aang, um bebê de poucos meses, repousava em um pequeno berço improvisado entre os destroços, alheio à tragédia que envolvia sua vida recém-começada.
As construções, antes erguidas com amor e comunidade, jaziam agora em ruínas, como monumentos de um passado que foi brutalmente desfeito. Pedaços de madeira e telhas quebradas se espalhavam como testemunhas silenciosas da brutalidade do ataque. O choro suave do bebê contrastava com a quietude opressiva que pairava sobre a aldeia.
O General Kaida, líder do exército do Império da Terra, cavalgava lentamente pelo local, seu roc pisoteando os destroços e levantando poeira no ar. Sua armadura terrosa refletia a luz da lua, criando uma imagem fantasmagórica enquanto ele observava a devastação que sua ordem havia causado.
A chegada de Kaida à aldeia desolada foi marcada pelo som melancólico dos destroços sendo remexidos sob as patas do roc. O general desmontou com uma expressão fria e imperturbável, seus olhos varrendo a cena com indiferença calculada. Os sobreviventes, que se escondiam nos cantos escuros, observavam com olhos assustados enquanto o general caminhava entre os escombros.
A casa dos pais de Li Aang, agora reduzida a entulho, ainda mantinha um rastro de familiaridade. Os pedaços que restavam eram memórias fragmentadas, resistindo à invasão do exército. Kaida parou diante dos escombros, olhando com desdém para o que um dia foi um lar acolhedor.
General Kaida (com olhar de satisfação): Eliminaram todos?
Lacaio: Certamente, senhor. Não apresentaram resistência alguma.
General Kaida: Ótimo, mais terras para o Império da Terra.De repente, o choro de uma criança ecoa entre os escombros. Isso chama a atenção de Kaida.
Lacaio: Senhor, eu...
Kaida (erguendo o dedo em uma postura impiedosa): Deixe-me fazer isso.Ele vai em direção ao choro.
O choro do bebê, que parecia ecoar através dos destroços, atingiu os ouvidos do General Kaida, interrompendo o silêncio que envolvia a aldeia desolada. Uma expressão de decepção cruzou seu rosto imperturbável, pois sua intenção era eliminar completamente qualquer vestígio de vida naquelas terras.Sua marcha lenta, evidenciava a total calma e controle do general impiedoso, parecia sentir com prazer o gosto da terra desolada.
Ao se aproximar do local de onde vinha o choro, o choro se tornou mais evidente, Kaida então com um pequeno movimento de mão dobrou a madeira e retirou-a de cima revelando um pequeno e indefeso bebê. Seu olhar não mudou, seu coração não se moveu de compaixão, na verdade o que ele faria era esmagar aquela vida em qualquer remorso, afinal em anos de guerra, aquilo se tornara comum. Porém, Kaida foi surpreendido por uma figura encapuzada que emergiu das sombras. A silhueta misteriosa lançou uma rajada de vento, dobrando o ar de maneira habilidosa, que atingiu o general com força, derrubando-o do cavalo. O roc relinchou e recuou, surpreso pela súbita reviravolta.
O encapuzado, permanecendo no anonimato sob as sombras do capuz, observou Kaida caído no chão com um misto de desafio e determinação. O vento, que antes era apenas um sussurro triste entre os destroços, agora se transformava em uma tempestade de vingança. A figura apanhou o bebê em seu colo e viu se não estava ferido.
O general, embora momentaneamente atordoado, logo se recuperou e se levantou com a agilidade de um guerreiro experiente. Seus olhos se estreitaram ao encarar a figura encapuzada, enquanto a poeira da rajada de vento se dissipava ao redor deles.
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AVATAR - A LENDA DE LI AANG
FanfictionNum mundo transformado após 2200 anos da era de Aang, onde as nações expandiram seu domínio para além da Terra, uma guerra brutal assola os confins do espaço por um recurso vital. Neste cenário caótico, emerge Li Aang, um jovem dobrador de ar que de...