Almas condenadas

𝙲𝚊𝚙í𝚝𝚞𝚕𝚘 𝚞𝚖

⚠️Este capítulo contem conteúdos pesados e palavras impróprias⚠️

10 anos atrás:

  eu me debatia grosseiramente para tentar escapar das mãos de quem estava tentando me prender com grossas cordas, minhas mãos ardiam com tanta pressão e minha voz soluçava por socorro. Deis do momento que a mamãe morreu, Papai começou a abusar de mim, ele falava palavras de baixo calão me chamando de imprestável e que eu não conseguia o satisfazer direito.
  Eu não tinha planos e nem escapatória para sair desse inferno, então a única opção foi fazer a mesma coisa que ele fazia comigo porém muito pior. Seus gritos de agonia se espalharam pela sala vazia, seus dentes eram arrancados e sua alma era torturada, Enquanto ele gritava por socorro eu ria de sua cara ensanguentada.
 
Atualmente

  Escuto palmas de crianças e adultos implorando para que o grande final seja espetacular, o capacete estava em minha mão, respiro fundo e logo em seguida o prendendo na cabeça. Minha respiração falha quando vejo o globo em chamas em minha frente, meus olhos brilham com a dança que as chamas fazem.
  Sento na moto a segurando firme, pessoas chegam do lado dando leves tapinhas nas minhas costas logo acenando levemente para subir a pequena ponte que leva até lá.

-James! _Uma voz familiar rouca chama minha atenção, um rapaz que protagoniza o palhaço está sentado no banco ao lado.

-Tem certeza que quer fazer esse? é perigoso..

-Tenho, nada vai acontecer! a única coisa é eu cair e sofrer de queimaduras! _Dou um soquinho de leve no ombro do rapaz.

-Não brinca com isso James! estamos indo para a América e esse é o último espetáculo.
_O Rapaz se levanta rapidamente segurando em meus ombros, minha atenção vai para sua mão que estava tença e suando muito, desvio suas mãos dos meus ombros e seguro firme o volante da moto. O público ia a loucura cada vez mais alto, a tenção do local me trazia angústia.

-Eu vou mesmo assim! e você não vai me empedir!! _Acelero a moto, o cheiro de peneu queimado empreguina no ar.

-JAMES!!
_Sua voz ecoou pelo local fechado, meus lábios formam um largo sorriso quando entro no globo da morte. A multidão ia a loucura jogando notas de 10 a notas de 50 reais no chão. Dou voltas sem a mão fazendo a grande TV tremer de tantos aplausos no mesmo instante. Meu corpo estremece sentindo o ardume consumir minha pele, mas não desisto continuo no mesmo rumo fazendo agora mais acrobacias em cima da moto.
  Sinto minha mente fechar e meus olhos se contrairem, minha mente ofuscava de gritos e o doce sabor pessoas implorando por ajuda.

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  Minhas mãos trêmulas tirão o capacete da minha cabeça deixando na escrivaninha ao lado, ligo a torneira grosseiramente deixando cair um frasco de shampoo no chão. abro a torneira e encharco meu cabelo enquanto vozes sussurram em minha cabeça intensamente.
  A cada respirada as vozes aumentavam o ritmo, olho meu reflexo no espelho meus olhos de que antes estavam normais agora estavam escuros como a noite. Minha pele soada deixava tudo mais tenso, olho para o lado pegando meu casaco preto junto pego a melhor faca e vou atrás de alguém que possa me satisfazer.
 
   caminho pelas ruas sombrias e desertas da grande cidade, nenhuma alma sequer nas ruas minha cabeça delirante pede por sangue, e cada vez mais por gritos de socorro. alguns minutos andando e acabo escutando vozes que vinham a minha frente, um grupo de amigos se aproximavam e logo ando para um beco ao lado.

  -'Você quer isso não quer JAMES!'  _a voz sussurrou em meu ouvido aumentando a tensão.

  -'VOCÊ esperou tanto por isso!...TANTO!! não quer desperdiçar não é?' _argumentou.