— Isso, sua puta safada — grita o alto que agora sei chamar Ravi enquanto continua socando contra meu corpo, segurando meus braços para trás, mantendo meu rosto pressionado contra o chão e meu quadril erguido — isso porra — fala enquanto goza finalmente, após cerca de duas horas de rodízio entre os três. Agradeço que ao menos os desgraçados usaram camisinha.
Quando ele termina eu me sento, puxando o ar para me recuperar do ato. Os outros dois estão sentados com as mãos em seus paus, cheios de gozo recém adquiridos enquanto assistiam a cena lamentável que fui obrigada a protagonizar. O ódio é uma chama poderosa, e apenas ele me ensinou a esperar o momento de agir. Eu estava fervendo, mas a vantagem, era que apenas eu sabia disso.
— Eu, Ernesto e Ignácio amamos a puta do Carlito. — Fala Ravi se sentando ao lado dos amigos — realmente achamos que ele mentia, mas depois de hoje, fomos contagiados com a verdade. — Engulo em seco enquanto escuto o que ele fala. — Carlito disse que você vem a cada três meses, pois bem, você pode continuar vindo puta, mas agora as regras do pagamento mudaram, terá que passar a noite inteira conosco, e pagará para nós também. Todo o restante do seu trato com ele se manterá, poderá encher até três carrinhos de tudo o que precisa para você e para quem quer que viva contigo.
Meu olhar fica fixo no dele enquanto assinto de leve, ele sorri de lado, satisfeito ao me ver nesse estado.
— Responda que entendeu, puta.
— Eu entendi! — Falo o mais suave que posso, simulando uma submissão que estou longe de sentir.
— Ótimo! Agora pode se vestir e pegar as suas coisas — ordena e eu me ergo com dificuldade, sentindo dor em todo o corpo. Carlito sempre era gentil, nunca havia me machucado, não que eu gostasse de transar com ele, sempre era o ato cru, apenas com um objetivo final, e era nele que eu focava, mas Carlito era um homem que se preocupava em me machucar ou não, sempre se esforçava em ser gentil e em me agradar. Eu não sei exatamente o porquê ele contou do nosso trato, mas de uma coisa eu sei, tive duas horas para pensar que eu não me importava com a razão. Eu já sabia o que faria.
— Vocês vão embora agora? — Pergunto para instigar, a voz mansa.
— Só depois de você, puta — Ignácio o moreno responde. Ótimo.
— Talvez a gente te coma mais uma vez quando você terminar — Ernesto o pálido fala e eu dou um sorriso curto. Assinto e sigo para as minhas tarefas.
As compras são simples, eu já sei exatamente onde está tudo o que eu preciso. Eu pego cada item sem pressa, enquanto escuto a conversa fútil deles no balcão da entrada, há poucos metros de mim. Devagar eu preparo o terreno para tudo o que pretendo. Pego o dobro das coisas que eu pegaria normalmente, organizando da melhor forma que posso no carrinho, para que elas caibam, juntamente da sacola gorda de roupas que Carlito trouxe para mim.
Hoje seria a última vez que eu viria aqui, essa foi a primeira decisão que eu tomei. Depois dessa desgraça, eu não sairia de mãos vazias, Emílio precisava de muitas coisas que estavam aqui, depois eu procuraria outro lugar em outra cidade para tentar um acordo parecido com esse.
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O Carniceiro
Romance🔞🔞DARK ROMANCE 🔞🔞O CARNICEIRO🔞🔞 Dário Madero é a personificação do medo no México, liderando o temível cartel Beltrán Levya ao lado de seu irmão gêmeo, Gael. Conhecido como o 'Carniceiro', Dário carrega um legado de sangue e poder, mantendo in...