Jennie
As 9h em ponto eu estava em pé, pelo menos uma corrida pelo quarteirão eu ia poder certo? Me levantei colocando um short de academia, uma regata dos lados mostrando meu top, o tênis e o suporte do celular, coloquei o fone por dentro da camisa e sai de casa.
Sang estava lavando o carro e Marco estava com ele.
- Bom dia - lhes disse.
- Bom dia - me responderam.
- Marco, meu pai disse que a segurança que vai ficar de olho em mim é sua filha, nem sabia que tinha uma - ri.
- Pois é - ele riu comigo - ela tem 23 anos, estava precisando trabalhar e seu pai viu uma boa oportunidade ai.
23 anos? Pelo menos temos idades próximas, conversei mais um pouco com ele e logo sai pra correr.
O quarteirão sempre foi calmo, são famílias de nomes que moram aqui, e essa hora devem estar nos seus locais de trabalho.
Fiquei ali ate as 10:30 e voltei pra casa, cansada, suada e morta e de fome, acabei saindo sem comer nada. Subi e tomei um banho, vesti uma calça jeans preta, prendi meu cabelo num rabo de cavalo e fiquei descalça, desci para a sala onde todos já tomavam café na mesa grande.
- Que lindo, todos na mesa como se fosse um dia especial, é aniversário de quem? - não me levem a mal, mas é muito difícil ter a família toda na mesa em algum horário.
- Não seja irônica filha - minha mãe falou - Só decidimos fazer isso hoje - me sorrio, logo seu semblante fechou olhando minha roupa - Poderia ter posto uma roupa mais... feminina né? Sabe que sua segurança vem te conhecer hoje.
- Bom dona Kim, quando ele chegar eu me troco, agora se me deem licença, eu vou comer com a Hee na cozinha, ela me poupa de comentários desnecessários.
Segui pra cozinha revirando os olhos, Hee conversava com Sung e Marco.
- O que foi, Jen? - Sung me perguntou - Está com uma carinha preocupada.
- Nada demais, só com meus pensamentos longe, posso tomar café com vocês?
Era sempre assim quando algo acontecia, Hee me pegou uma xícara e eu comi com eles, pelo menos eles me apoiavam nos meus esportes, e conversavam comigo como se fosse uma pessoa normal.
Na hora do almoço, estava em frente ao meu closet procurando uma roupa, quando a pirralha entra sem bater de novo
- MANA - gritou - Vim te ajudar com a roupinha pra hoje à tarde.
Ergui minhas sobrancelhas e ela entrou no closet.
- Yeji, eu não preciso da sua ajuda...
- Credo, você não tem vestidos? Nem saia? Olha só isso, só tem calça e shorts rasgados, vou perguntar pra mamãe se podemos ir comprar roupas novas pra você, quem sabe algumas de cores femininas, ai nós...
- Yeji, sai do meu quarto droga - interrompi aos berros - Vocês não sabem bater na merda da porta, entram aqui como se fosse um cômodo qualquer, eu não suporto vestidos e saias, e muito menos que se metam na minha vida, sai daqui.
Vi os olhos dela brilharem e ela saiu correndo, peguei um short jeans claro rasgado, uma regata de cetim preto, meu All Star e desci pra sala
peguei um short jeans claro rasgado, uma regata de cetim preto, meu all star e soltei o cabelo o escovando, passei meu perfume e desci pra sala de novo.
Quando estava terminando de descer, ouvi meu pai conversando com alguém.
- É um prazer ter você aqui Lalisa, como é filha do Marco imagino que seja tão competente quanto ele – o velho disse.
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Uma rebelde na minha vida
Romance"Eu tenho de ser "babá" de uma menina de 18, qual é? Quando eu fiz o curso de segurança achei que ia trabalhar em lugares grandes, não ficar indo atrás de uma garota que adora se meter em problema. Tenho 23 anos e fico parecendo idiota indo pra cima...