A Fuga

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- Que viagem tediosa. Eu só queria chegar logo na nova cidade e começar uma nova vida. Mas parece que o destino não quer me deixar em paz.

- Senhorita Lindsey, aquele homem está vindo na sua direção.

- Que homem?

- Aquele ali, com a barba por fazer e postura intimidadora. Ele está olhando para você com uma expressão um pouco assustadora.

- Ah, esse. Ele já tentou se aproximar de mim antes, mas eu o ignorei.

- É melhor não ignorá-lo de novo. Ele parece perigoso.

- Não se preocupe, Alice. Eu sei me defender, é nessas horas que eu deixo as regras de etiqueta de lado e deixo de ser uma dama.

- Olá, senhorita. Posso lhe oferecer uma bebida?

A educação e as normas sociais entraram em conflito com meu bom senso, então decido ser direta.

- Não, obrigada. Eu não estou com sede.

- Ah, mas você deve estar com calor. Está um dia muito quente hoje.

- Não, eu estou bem.

- Então você deve estar com fome. Posso lhe oferecer um pedaço de pão?

Ele continuou insistindo, como se a minha recusa a sua bebida o tivesse motivado a continuar sua investida, que desagradável...

- Receio que irei recusar. Eu já comi.

- Então você deve estar com vontade de conversar. Posso lhe oferecer a minha companhia?

- Me desculpe, eu prefiro ficar sozinha.

Fui firme em minha resposta, talvez ele desista.

- Ah, qual é? Você não vai me dar nem uma chance? Você não sabe o que está perdendo.

- Sei sim. Estou perdendo o meu tempo.

O homem agarra meu braço e fala:

- Escuta aqui, sua metida. Você não pode me tratar assim. Você é só mais uma mulher nesse navio cheio de homens. Você deveria se sentir honrada por eu estar interessado em você.

- Me solte! Quando eu me sentir honrada por homens como você estarem interessados em mim eu vou estar louca!

Retruquei, lutando para me libertar do homem, que cada vez me apertava mais.

Eu grito enquanto o homem num acesso de fúria puxa meu cabelo, forçando minha cabeça para trás, e desfere um tapa em meu rosto.

- Socorro! Alguém ajude a minha senhora!

- Ei, você! Solte-a agora!

O homem me joga no chão e se vira para o outro desconhecido:

- Quem é você?

- Sou Killian, o Lobo do Mar.

Eu olho para ele, que tem cabelos negros e longos, olhos azuis e brilhantes, um sorriso charmoso e uma cicatriz no rosto. Ele usa uma camisa branca aberta no peito, uma calça preta e botas de couro, uma espada na cintura e um chapéu com uma pena na cabeça.

- Um aspirante a pirata, eu presumo. Você... você parece mais um palhaço.

- Cuidado com o que diz, seu verme. Você não sabe com quem está mexendo.

- Ah, é? E você acha que pode me enfrentar com essa espada velha e enferrujada?

- Eu não acho. Eu tenho certeza.

- Quem está arrumando confusão no meu navio? Parem vocês dois, já!

A voz que interrompeu a luta era do capitão do navio, um homem robusto e de cabelos grisalhos. Ele se aproximou dos dois homens e perguntou:

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⏰ Última atualização: Aug 03 ⏰

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