Capítulo 18

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"Minha mãe me disse: case com um homem rico.
Eu fiquei tipo: mamãe, eu sou aquele homem rico.
Oh meu eu, oh meu Deus,
Como essa garota foi tão longe?"

- Destiny Rogers - Tomboy

Evelyn Ross

Suspiro irritada, caminhando de um lado para o outro em frente a enorme TV da sala de reuniões do senhor Velásquez, o imbecil deixou-se ser flagrado com uma prostituta, o que colaborava para declinar ainda mais sua reputação.

- Senhorita Ross, entenda, um homem não pode se privar dos desejos da carne - Velásquez fala, usando a mesma desculpa nojenta que todos os meus outros clientes usavam.

- Eu acho que o senhor não entendeu o que está acontecendo, de ontem à noite para hoje de manhã, a empresa já perdeu 10 bons sócios só por que o senhor não sabe guardar o pau dentro das calças! - falo, espalmando minhas mãos em sua mesa, o olhando de forma séria, querendo matá-lo com minhas próprias mãos agora mesmo.

Como um homem como ele, conseguiu chegar ao topo dos negócios sendo tão burro dessa maneira? Como um homem que coloca seus "desejos" à frente de seus negócios pode chegar tão longe?

- Não tenho culpa deles serem tão conservadores assim e mais respeito comigo, senhorita Ross, estou lhe pagando uma quantia alta por seus serviços - Velásquez fala, apontando um dedo em minha direção, quase como se estivesse me ameaçando, mas ele não passava nem um pouco essa impressão.

- Eu posso anular nosso contrato e deixá-lo se afundar ainda mais, mas acho que o senhor não quer isso? Ou quer? Afinal, nenhuma mulher vai o querer mais depois de perder todo o dinheiro - digo, erguendo uma sobrancelha em sua direção, sorrindo de lado, entendia a ex-mulher dele, eu também não suportaria ficar casada com um homem como ele.

Meu humor não amanheceu dos melhores e descobrir por um jornal de fofoca que Velásquez havia saído com mais uma prostituta ao invés de tentar manter a imagem de bom moço não estava ajudando em nada.

- Senhorita Ross! - Velásquez chama minha atenção, mas não ligo, não sou eu quem precisa dele, é ele quem precisa de mim.

- O senhor pode se decidir, quer perder mais sócios e acionistas ou levar isso à sério? Volto depois do almoço e quero uma resposta definitiva - o informo, pegando minha bolsa que estava jogada em uma das cadeiras e saio, pisando firme, fazendo o barulho dos meus saltos serem ouvidos de longe.

Estava por um fio de anular nosso contrato, ele estava sendo um dos clientes mais difíceis que já tive que lidar e eu realmente estava ficando com dor de cabeça em apenas ficar na sua presença.

Assim que estou do lado de fora da sua empresa, olho para os lados, procurando pelos meus "seguranças", ficando um pouco aliviada ao vê-los a uma distância boa.

Aceno para eles, enquanto entrava em meu carro, estava achando divertido aquela situação, pois nunca imaginei que precisaria ter seguranças me protegendo e que esses seguranças estavam completamente fora do estereótipo de um clássico segurança, que vive de terno, óculo escuros e uma escuta no ouvido, aqui eles andam de moto, usam uma jaqueta de couro e possuem milhares de tatuagens espalhadas pelo corpo.

Eu me perguntava se eles haviam dormido ou apenas descansado um pouco, por mais que eles estavam cumprindo "ordens" não queria ser um estorvo para eles.

Ligo o rádio do carro, enquanto manobrava meu carro, saindo daquele lugar que estava começando a me irritar. Dirijo em direção à mesma cafeteria de sempre, onde novamente minha mãe quis se encontrar comigo, eu sabia o que esperar dela e sinto que irei me estressar ainda mais essa manhã.

Hunter - Série: Devil's Riders - MCOnde histórias criam vida. Descubra agora