Capítulo 14

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"Meus pés se sentem tão leves,
Eu estou ignorando todos os sinais,
Eu continuo fingindo,
Sim, eu continuo blefando,
Eu continuo imaginando,
Mantendo você procurando pelo meu amor,
Mas, eu anseio pelos nossos abraços..."

- Kat Dahlia - I Think I'm In Love

Hunter Jackson

- Papai! O senhor está me ouvindo? - Hope me chama a atenção, estalando os dedos em minha cara.

- Desculpa, filha, eu não dormi bem essa noite... - falo, sorrindo fraco em sua direção, não estava mentindo, eu realmente não consegui dormir bem à noite, tudo se voltava para Evelyn e seus malditos e doces lábios.

Queria ligar para ela, perguntar se estava bem, se ela conseguiu dormir melhor, mas, não sabia se era certo fazer aquilo, não queria me intrometer tanto em sua vida ou parecer desesperado por atenção, mas eu claramente estava morrendo de ansiedade, me questionando se voltaria a vê-la novamente.

- Teve um pesadelo? - Hope me pergunta, em tom preocupado, me fazendo sorrir por sua ingenuidade.

- Não, só fiquei pensando em umas coisas, não se preocupe, meu pequeno girassol - respondo, deixando um singelo beijo em sua bochecha, a ajudando a se sentar no banco do balcão da cozinha.

O apelido "pequeno girassol" era por o girassol sempre se voltava na direção do sol e era assim que via Hope, seu coração doce e sua ingenuidade com o mundo, sempre buscando ver o bem nos outros, ela era meu pequeno girassol, sempre me mostrando o caminho da luz.

- Te amo, papai - Hope fala, sorrindo daquele jeito fofo dela, beijando minha testa.

- Também te amo, filha - falo, a servindo com panquecas, cobertas com mel e seu suco favorito de morango.

Sorrio, vendo Hope tentando segurar da forma correta os talheres, me divertindo ao vê-la desistir da ideia e pegar a panqueca com a mão mesmo, se melecando toda com o mel.

Um mini furacão.

Agradecia por ser domingo e ela não ter escola, por que provavelmente chegaríamos atrasados, pelo fato de ter que limpá-la e trocar sua roupa.

Meus pensamentos divagam um pouco, imaginava como seria se Hope tivesse uma figura materna ao seu lado, te auxiliando e explicando coisas que eu tive que pesquisar para entender melhor, o mundo feminino era extremamente complexo para mim e por mais que eu tentasse entender, eu nunca conseguia.

Minha mente era uma grande filha da puta e estava me fazendo imaginar como seria se Evelyn estivesse aqui, sendo a mãe que Hope precisa.

Porra de mulher feiticeira!

Eu não podia estar imaginando um futuro com ela, apesar da minha mente tê-la proclamado como minha e aquele maldito beijo ainda estivesse gravado em meus lábios, eu estava me envolvendo demais, o problema, era que, eu não conseguia parar de pensar naquela mulher, era como se ela estivesse em todo lugar dentro do meu subconsciente.

Meu corpo a queria, tudo em mim a queria.

- Que cheiro bom! - a voz de Luke me desperta de meus pensamentos, me fazendo voltar a realidade.

- Isso são horas? - pergunto, observando Luke se sentar ao lado de Hope e se servir um copo cheio de café.

Não era tarde, na verdade, era bastante cedo para se acordar em um domingo, onde o clube deixava um pouco as responsabilidades de lado e aproveitavamos o dia, era um milagre ver Luke acordado às 8 horas da manhã.

Hunter - Série: Devil's Riders - MCOnde histórias criam vida. Descubra agora