"Às doze horas do dia primeiro de Outubro de 1989, quarenta e três mulheres de diferentes lugares do mundo deram à luz. Algo incomum, pelo fato de que nenhuma dessas mulheres estavam grávidas quando o dia começou. O Senhor Reginald Hargreeves, excêntrico bilionário e aventureiro, decidiu localizar e adotar a maior parte possível dessas crianças.
ELE ADOTOU OITO. "ᏴᎾᏚᎢᎾƝ
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HargreevesᎮor que aquilo tinha que doer tanto?
Eu remoía as unhas, enquanto meu cérebro processava meu coração corroído e destruído pela dor.
Meu cérebro me informava de que aquilo nunca iria passar. Iria cicatrizar e eu ia superar, mas que ainda estaria presente ali... para o resto da minha vida... a memória de que aquilo havia sido real. A dor era a prova de que eu, ele, a nossa vida e a nossa relação, foi real.
Eu desejei nunca ter o amado. Todo amor que o entreguei, no fim de tudo não valeu meu esforço.Meus passos se apressaram, correndo naquele beco desconhecido e escuro, iluminado apenas pela luz brilhante da lua, naquela noite com o céu expondo a galáxia estrelada cativante.
Eu tinha apenas quatorze anos...
Com meu corpo minúsculo encaixado no uniforme da academia.
Para onde eu corria afinal?
Eu me lembro de fugir da mansão e vagar lucidamente pela cidade vazia e solitária, após às dez da noite.Pude sentir meu rosto esquentar, meus olhos encharcarem de lágrimas e deslizarem pela minha pele. Diminuindo a velocidade dos meus pés, assim continuei até parar completamente, sem forças e desamparada. Destruída pelo desânimo.
Meus joelhos nus e doloridos, foram de encontro com o chão de concreto duro e áspero, os ferindo levemente. Me inclinei um pouco mais para frente, me deitando ali mesmo... chorava desconsolada e incessantemente.
Repetinamente, me dei conta de que estava sob uma cama, o que me fez abrir os olhos e me deparar com um quarto familiar.
Era o quarto dele.
O que eu estava fazendo ali?Gritei por alguém dentro da mansão.
Papai, Pogo, ninguém aparecia.
Será que não estavam em casa?Corri diretamente para o jardim da casa e assim que atravessei as portas, lá estavam eles. Meus irmãos, todos com quatorze anos de idade novamente.
Todos com feições abatidas e lágrimas escorrendo por seus rostos, todos rodeando um caixão.
Mamãe e papai, vestidos de preto.
Um ambiente tomado pelo luto.
Me aproximei deles... meus irmãos e mamãe, demonstravam seus sentimentos.
Papai, sempre de nariz em pé, expressando sua seriedade e indiferença para toda situação comovente. Era desumano como ele agia, com sua arrogância exposta impiedosamente.O ignorei quando meus devaneios focaram na seguinte pergunta: quem foi desta vez?
Era incapaz de avistar a superfície do caixão fechado no meio do pátio, onde muito provavelmente estaria a imagem do rosto do falecido.
Havia sido Ben da primeira vez.
E agora?- Por que você não está chorando? - Allison perguntou abismada, soluçando de tanto chorar. Ao seu lado, estava Luther que a abraçava e a consolava.
- Você o amava tanto, era a que mais devia estar sentindo - fungou Luther, ao vociferar entre a voz elevada.
- Eu... - meus lábios tremeram na tentativa de encontrar palavras para formular uma frase, mas estava tão confusa, que não soube o que dizer.
Suspirei e me aproximei curiosamente do caixão.
De início não sabia como reagir.
Entreabri os lábios e os fechei novamente.
Gesticulei com as mãos, movimentos indecifráveis e desesperados.
Bati as palmas contra o caixão branco com linhas laterais pretas, o espalmando com todas as minhas forças.A angústia dominou meu lado emocional, o desespero, a dor.
Não era uma imagem, eu pude vê-lo, ver seu rosto pálido e sem vida através da minúscula janela na tampa do caixão. O que era mil vezes pior do que apenas uma imagem como homenagem.
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Ꮖмσ૨τɑℓ Ꮮᴏѵᥱ - Fιѵꫀ Hɑ૨gɾꫀꫀѵꫀs
FanfictionᏆмσ૨τɑℓ Ꮮᴏѵᥱ ɪη: 15.03.2024 "Às doze horas do dia primeiro de Outubro de 1989, quarenta e três mulheres de diferentes lugares do mundo deram à luz. Algo incomum, pelo fato de que nenhuma dessas mulheres estavam grávidas quando o dia começou. O Senho...