capitulo 7

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POV: Pedro
-ah... - digo pensativo, não pq estou na dúvida e sim pq fiquei surpreso.
ai meu deus eu sou um idiota, ele vai achar que eu não vou aceitar.
-ah, esquece, bobagem minha vc obviamente na-
droga ele acha que eu não quero, atropelo toda a minha vergonha e digo:
- sim, eu quero, vamos - falo interrompendo ele, ele nao questiona, apenas puxo ele pela mão e ele me segue até a cafeteria.
não nos falamos até chegarmos na cafeteria, joao parece nervoso, eu estou nervoso e sei que pareço nervoso, mas ambos estamos ignorando nosso nervosismo no momento.
chegamos na cafeteria, eu abro a porta e dou passagem pra ele entrar, ele escolhe uma mesa e nós finalmente nos sentamos.
assim que estamos sentados eu olho dos olhos dele e ele olha nos meus, não sei explicar direito o que eu senti, mas parecia que o mundo todo estava em silêncio quando nossos olhos ficaram fixos uns nos outros.
-então - digo desviando o olhar e quebrando o silencio - pq você me chamou? - droga eu tô tão nervoso, não sabia como puxar assunto, é a primeira vez que ficamos sozinhos depois da faculdade.
-ah, é que eu queria conversar com você eu acho- diz ele muito envergonhado
- você acha? - falo rindo dele, ele tá tão lindo assim, todo envergonhado
- não, eu tenho certeza, é só que... - ele faz uma pausa- eu... droga - diz ele rindo de si mesmo - tô com muita vergonha agora - admite
solto uma risada
- eu também estou - falo corando enquanto encontro meus olhos nos dele. - mas, do que você queria conversar? - pergunto
- ah, sei lá, a gente nunca mais se falou depois da faculdade... - ele desvia seus olhos dos meus, parece que quer dizer algo mas não consegue - não sei, queria saber como está sua vida, o que você anda fazendo? - ele ri - eu tô meio sem jeito, desculpa - ele volta a olhar pra mim
rio da admissão dele.
- tudo bem - respiro fundo - bom, minha vida tá meio parada sabe? não consigo escrever nada, tô num bloqueio criativo terrível - conto a ele
- nossa eu também, tô a meses sem conseguir compor nada, é um saco - ele desvia seu olhar de mim denovo - pedro... você... namora? - ele pergunta, e pela sua cara da pra ver que ele se arrependeu da pergunta.
- uau, nossa, já? tabom, é, não, não namoro não, e você, tem namorada? - pergunto, sei que ele não tem namorada, mas quero ouvir da boca dele.
- não, não tenho não - ele faz uma pausa no que estava falando - pedro?
- oi - respondo
- por que você perguntou se eu tinha uma namoradA? - ele pergunta, dando ênfase no "A".
- ué? tem a possibilidade de você ter um namoradO? - pergunto dando ênfase no "O" -
não era você que não era "viado"? - desafio ele
- eu não tenho um namorado nem uma namorada, mas eu poderia ter qualquer um dos dois, sou bissexual - diz ele, joao respira fundo e continua - e me desculpa por aquela vez, eu tava me descobrindo e me culpando demais, eu joguei essa culpa em você, me desculpa, pedro.
- ah, uau, bissexual, ok, tabom - digo processando a informação - e, eu não posso dizer que te perdoo, mas, tudo bem. - falo
- ah, blz então - ele faz uma pausa, olha nos meus olhos, um silêncio um pouco constrangedor se inicia -vamos mudar de assunto por favor -diz ele rindo depois de quebrar o silêncio
- sim, vamos - concordo
ficamos ali por 1h e 30m conversando, rindo e flertando algumas vezes, foi muito bom, mas já estava ficando tarde então joao se oferece pra andar comigo até a minha casa.
fomos conversando o caminho inteiro, até que chegamos na porta do meu apartamento, tipo, ele subiu todas as escadas até o meu apartamento só pra ficar mais tempo perto de mim, eu amei isso, pq tbm estou amando passar esse tempo com ele.
- então, obrigado por vir até aqui joão - falo meio sem jeito
- que nada, adoraria sair com você denovo algum outro dia se você quiser.
- claro, sim, quando vc puder pode me mandar mensagem- digo, meu deus ele tá tão lindo, eu beijaria ele agora de pudesse, eu posso na real, mas não, não vou beijar.
- então vou indo - diz ele acenando e virando as costas.
- tabom, tchau - digo acenando
quando vou fechar a porta ele volta andando muito rápido e me puxa pelo pescoço me dando um selinho, não consigo esconder meu espanto, mas me certifico de deixar claro que quero que ele me beije. olho nos olhos dele, minha mão desce até sua cintura e desvio meus olhos para a boca dele, ele também olha pra minha boca, respira fundo, fecha os olhos e me puxa pra outro beijo. sinto sua língua pedir passagem entre meus lábios, e quando nossas línguas se encontram, aí meu deus, que loucura, é a mesma coisa que eu senti da primeira vez que nós dois nos beijamos, uma explosão de fogos de artifício dentro de mim, parece que o mundo todo está em silêncio. o puxo pra dentro do apartamento e fecho a porta sem parar de beijá-lo, vamos até o sofá ainda sem parar de beijar, e assim ficamos por alguns minutos, nossos corpos colados, eu sinto que vou explodir. quando um tempo se passa eu me levanto, saindo de cima dele e ele se levanta vindo até mim denovo me dando um selinho demorado, ele diz que precisa ir embora (droga, eu ficaria beijando ele a noite toda) levo ele até a porta e falo
- me manda mensagem.
- tabom - responde ele vindo até mim e me dando outro selinho.
assim, ele vai embora, e UAU, eu tô sem reação, mais uma vez fiz algo que disse que não ia fazer. a primeira coisa que eu faço é contar pros meus amigos.

 a primeira coisa que eu faço é contar pros meus amigos

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POV: João

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POV: João

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LOCADORA - au pejãoOnde histórias criam vida. Descubra agora