noite de lua

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"A noite sempre é bela, também misteriosa por nunca saber o que se esconde nela.

Da calçada dá pra ver e sentir o vento rateiro e frio correndo por todos os lados desacompanhado.

O barulho da vegetação é alto, idêntico ao som da manivela. A moça na rua grita para sua amiga que está na janela, anunciando que começou a novela.

De repente, puff, a luz foi embora e agora acende a vela.

A calçada fica cheia rapidamente, agora começou a cantoria.

De repente, as rimas mais belas e engraçadas marcam uma noite bem vivida, sem a TV ligada e sem a internet.

Só histórias sendo cantadas, poesias recitadas nessa rua que estava abandonada na noite com uma lua grande e bela.

Os cachorros latem e fazem um arruaceiro, sinal que tem gente se aproximando.

A cada latido, uma campainha da natureza.

O povo logo observa, a curiosidade é o que leva", diz o senhor do violão.

"Quem vem lá?", responde de lá o maneio da Rebeca.

"Diz o violeiro 'vem pra cá' e vamos nos sentar".

Puxa o cepo e senta, começa a tocar a Rebeca, o violeiro acompanha a música improvisada.

A letra fala: quem é descendente encosta, quem não for viro as costas.

Pra encerrar essa prosa falo que a tecnologia é importante mas leva muitas tradições embora", diz o senhor da viola.

As moças assistem novela e o maneio da Rebeca não aparece, assim me entristece pois meu nordeste é cheio de cultura que não aparece."

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