Captured Affections - Veronita

Capítulo 1: Novos Começos

O dia amanheceu cinza na agitada cidade de São Paulo, pintando a paisagem urbana com tons de melancolia. Verônica Torres, uma mulher de 34 anos, observava atentamente pela janela do seu recém-adquirido apartamento. O aroma tentador do café recém-coado permeava o ar, misturando-se com a turbulência de emoções que invadiam seus pensamentos naquele momento.

Ela acabara de retornar de uma longa temporada na Europa, onde passou os últimos meses em busca de inspiração para a sua carreira como fotógrafa de moda. No entanto, mais do que isso, Verônica trouxe consigo a determinação de reconstruir sua vida após o doloroso divórcio de Clara Fernandes, sua companheira por uma década.

Enquanto contemplava a cidade despertar lá fora, as lembranças da vida compartilhada com Clara inundavam sua mente, trazendo consigo uma enxurrada de sentimentos: amor, remorso e tristeza. A separação fora uma batalha árdua, mas inevitável. Apesar das cicatrizes emocionais deixadas por esse término, Verônica estava decidida a seguir em frente.

Ao lado da janela, Verônica deixava seu olhar vagar pela rua agitada, imersa em um emaranhado de pensamentos. O soar insistente do seu celular quebrou o silêncio, arrancando-a de sua contemplação. Ela atendeu e uma risada adolescente ecoou do outro lado da linha, cortando o ar com leveza. Seus olhos se iluminaram ao ver a tela, onde Ivan, seu enteado de coração, sorria para ela. Ivan, aos seus 15 anos, o filho que ela não deu à luz, mas amava como se fosse seu próprio sangue, o primeiro casamento de Clara, sua ex-esposa.

"Como você está, meu amor?" – Verônica perguntou, a gratidão transbordando em sua voz pela presença daquele menino em sua vida. Enquanto preparava seu café e cortava o pão fresco, ela continuou a conversa com Ivan. No Brasil, ainda eram oito horas da manhã, enquanto em Portugal o relógio marcava 11:00 am, o horário em que Ivan estava saindo da escola.

"Estou bem, Verô. E você?" – Ivan respondeu, sua voz animada.

"Estou ótima, meu querido. Mal posso esperar para te ver nas férias." – Verônica sorriu do outro lado da linha, sentindo seu coração se aquecer com a promessa do reencontro.

Após o café da manhã e a conversa com Ivan, Verônica começou a organizar suas coisas, ansiosa para iniciar a montagem do estúdio. Ela visualizava as paredes brancas adornadas com suas fotografias, os flashes iluminando o espaço enquanto capturava a essência da moda brasileira.

Com uma mistura de nervosismo e excitação, Verônica deixou seu apartamento e dirigiu-se de foto ao local onde seu novo estúdio seria montado. Cada passo representava um novo começo, uma oportunidade de reinventar-se e buscar sua própria felicidade, não apenas como fotógrafa, mas como mulher.

Enquanto Verônica começava sua jornada de recomeço em São Paulo, em Nova York, Anita Berlinger, uma mulher de 36 anos, se preparava para embarcar em uma nova etapa de sua vida.

Anita, uma supermodelo brasileira deslumbrante, sempre foi o centro das atenções por onde passava. No entanto, por trás de sua imagem impecável e seus desfiles glamorosos, sua vida pessoal era envolta em mistérios e encontros casuais.

Nos últimos nove anos, Anita mergulhou de cabeça na cena da moda em Nova York, desfrutando ao máximo dos luxos e das oportunidades que a cidade oferecia. Seus dias eram preenchidos com sessões de fotos deslumbrantes, desfiles de alta costura e festas exclusivas, enquanto suas noites eram marcadas por encontros fugazes com mulheres misteriosas que cruzavam seu caminho.

Apesar da fama e da fortuna, Anita carregava consigo um vazio silencioso, uma sensação de desconexão e um anseio por algo mais significativo em sua vida. Ela nutria uma paixão platônica por alguém há anos, uma pessoa que a assombrava mesmo nos momentos mais efêmeros de prazer.

Agora, com o anúncio de que era hora de retornar ao Brasil, Anita sentia-se dividida entre a excitação do desconhecido e a incerteza do que encontraria em sua terra natal. Seria uma oportunidade de recomeçar, de reavaliar suas prioridades e talvez até mesmo de buscar a pessoa que ocupava seus pensamentos por tanto tempo.

Enquanto arrumava suas malas para a viagem de volta, Anita refletia sobre as escolhas que a levaram até ali e sobre as possibilidades que se estendiam diante dela. Era hora de deixar para trás os encontros fugazes e os relacionamentos superficiais, e abraçar a chance de encontrar algo verdadeiro e significativo.

Horas depois, com um suspiro de determinação, Anita tomou seu assento no avião com destino ao Brasil, preparada para encarar os desafios e abraçar as oportunidades que aguardavam em sua terra natal. Enquanto o avião ainda estava no chão, ela pegou seu celular e discou o número de seu amigo e antigo empresário, Lima, para discutir possíveis campanhas e projetos.

"Alô, Lima? É a Anita. Estou a caminho do Brasil e queria falar sobre algumas ideias que tenho para campanhas publicitárias. Acho que podemos aproveitar bem o mercado local." – Anita falou com entusiasmo, segurando o telefone com firmeza enquanto os motores rugiam ao seu redor.

"Anita! Que ótimo ouvir sua voz. Estava justamente esperando sua ligação. Tenho certeza de que suas ideias serão um sucesso por aqui. Diga-me mais sobre o que está pensando." – Lima respondeu do outro lado da linha, sua voz carregada de empolgação e confiança.

Durante o voo, Anita pensava detalhadamente diferentes estratégias e conceitos para as campanhas, rascunhando ideias e refinando planos. A criatividade fluiu, com Anita juntando sua paixão pelo mundo da publicidade e buscando maneiras inovadoras de impactar o público brasileiro.  Anita sentiu-se ainda mais determinada e confiante em suas perspectivas de sucesso em seu país natal.

Afinal, assim como Verônica Torres, Anita também estava prestes a iniciar uma nova fase de sua vida, repleta de novos horizontes e possibilidades de amor e autodescoberta.

NOTA DA AUTORA:

ESSE CAPÍTULO É UM ESBOÇO DE UMA HISTÓRIA A DU (@escrivabaitola) SUGERIU LÁ NO TWITTER ONDE VERÔNICA É FOTOGRÁFA E ANITA MODELO, ME EMPOLGUEI E ACABEI ESCREVENDO A SINOPSE E ESSE PRIMEIRO CAPÍTULO.

COMENTEM SE VOCÊS ACHAM SE VALE DAR CONTINUIDADE ESSA HISTÓRIA, POR FAVOR.