Captured Affections - Veronita

Capítulo 21: E desta vez, é infalível.

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"Você não vai levar o Ivan com você, Clara!" - Cadu gritou, a raiva vibrando em cada sílaba.

"E quem é você para me impedir de levar o meu filho comigo?!" - Clara rebateu, sua voz gélida e desafiadora.

"Ele é meu filho também, Clara!" - Cadu ergueu ainda mais o tom, o rosto vermelho de frustração.

Nesse momento, Ivan, que descia as escadas, parou ao ouvir a discussão. Cadu rapidamente tentou disfarçar, mas o menino já havia percebido a tensão no ar.

"Vocês estão brigando de novo?" - Ivan perguntou, os olhos grandes e preocupados. Cadu engoliu em seco e Clara, com uma sobrancelha arqueada, desafiava o homem a responder.

"Não filho, só estávamos conversando." - Cadu respondeu, tentando manter a calma na voz.

"E sobre o que vocês estavam conversando?" - Ivan insistiu, sua curiosidade inocente aumentando a tensão.

"Sobre a nossa volta para Portugal, Ivan." - Clara explicou com uma calma forçada, tentando mascarar a turbulência de seus sentimentos.

"Vocês bem sabem que eu não queria voltar, né?" - Ivan falou, seu semblante triste espelhando o peso da situação.

Cadu assentiu, seu olhar fixo em Clara, cujo rosto se transformou ao ouvir a tristeza na voz de seu filho.

Enquanto isso, Verônica estava ao telefone com Nelson, a fotógrafa havia desmarcado todos os ensaios daquela semana para lidar com as questões que envolviam a confissão de Clara.

"Como assim não é prova suficiente, Nelson?" - Verônica perguntou, visivelmente perplexa. "Ela confessou."

Sentada no sofá, Verônica mantinha o telefone próximo, enquanto Anita, ao seu lado, fazia carinho em sua coxa, tentando acalmá-la.

"Nelson, ela vai embarcar na sexta-feira." - Verônica reafirmou pela terceira vez, sua voz nervosa. "Se ela sair do país, ela ficará impune."

"Não tem o que fazer, Verônica." - Nelson respondeu, sua voz soando pelo viva-voz.

"Nelson, o que mais precisamos fazer para que Clara e Olga sejam responsabilizadas pelo acidente da Verô?" - Anita perguntou calmamente, mas com uma firmeza que não passava despercebida.

"Temos que juntar provas concretas, Anita." - Nelson respondeu, com um tom profissional e impassível.

"Eu não acredito que a Clara vai se safar e vai levar o meu filho junto com ela." - Verônica falou, a frustração e nervosismo evidentes.

"Calma!" - Nelson e Anita falaram juntos, tentando trazer um pouco de paz para a situação.

No outro lado da cidade, Olga sentia uma inquietação crescente. Sabia que, mais cedo ou mais tarde, Clara poderia deixar escapar alguma coisa sobre o plano delas. Não podia arriscar. Precisava agir antes que tudo desmoronasse e ela e seus comparsas fossem pegos.

Pegou o telefone e, com um tom amigável, ligou para Clara. "Oi Clara, conseguiria me encontrar naquele restaurante de sempre?" - Olga falou simpática. "Tenho um novo plano!" - aguardou a resposta de Clara e, satisfeita, desligou em seguida.

No horário marcado, Olga já estava no restaurante. Vestia-se deslumbrantemente, como sempre, exalando uma confiança que fazia com que todos ao redor a notassem. Sentou-se em uma mesa perto da janela, onde poderia observar a entrada e saída de clientes, e pediu uma taça de vinho tinto enquanto esperava.