Capítulo 1

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🔴Esse aviso de gatilho se estende para o restante da historia também: Menções a suicídio, problemas com gênero.

Dean andou de um lado para outro no final do beco antes de finalmente puxar para cima sua maldita calcinha de garotão e caminhar em direção à porta sem nome e sem número. O terror tomou conta dele novamente quando viu o spray do tríscele pintado discretamente na parede de tijolos acima da porta preta.

Que porra ele estava pensando? Ele não poderia estar aqui.

Sua rotina havia terminado semanas atrás. Ele pelo menos havia superado isso inteiro, ao contrário da última vez, quando Sam o encontrou com os pulsos cortados no meio do caminho, sangrando na banheira. Desta vez, foi melhor graças ao serviço de rotina que Sam insistiu em ligar e à simpática Beta, Lydia, que esteve lá para ajudar. Mas ele não podia dizer que ainda não queria morrer. Ele queria. Ele só sabia como esconder melhor.

Ele bufou e se escondeu nas sombras ao lado da porta. Ele não deveria estar vagando. A única coisa pior do que entrar era alguém vê-lo do lado de fora e saber o que estava fazendo. Por enquanto, não havia mais ninguém lá e, por ser um beco, estava surpreendentemente livre do cheiro de mijo e lixo – provavelmente porque todo o lixo como ele já estava lá dentro.

E era exatamente por isso que ele deveria ir para casa. Se ele fosse pego aqui... as consequências seriam impensáveis. Custaria a ele e a toda a sua família mais do que ele jamais lhes pediria. Melhor se ele simplesmente sangrasse como queria. Mas Sam o fez prometer que tentaria, e este – este lugar – foi o melhor que ele conseguiu.

Dean balançou a cabeça e se levantou, o ar fresco da noite envolvendo-o na escuridão. A noite o tornava invisível, indestrutível, uma figura impossível saída de algum filme pornográfico underground. Ele esfregou a mão com força na bochecha e na boca antes de se aproximar e bater três vezes na porta. Alfa, Beta, Ômega.

Uma pequena janela que Dean nem percebeu se abriu na altura dos olhos, e uma voz rouca com sotaque inglês perguntou: "O quê?"

Dean engoliu em seco, sua língua grossa e pesada. "Estou aqui para ver..." sua voz falhou, e ele tinha certeza de que iria engasgar com base na forma como sua garganta se fechou de medo. Se ele sufocasse com suas próprias palavras, eles o deixariam aqui para morrer ou arrastariam seu corpo para dentro? O que seria pior?

"Vá em frente, então. O que você tem a me dizer? a voz intimidadora disse novamente.

"Estou aqui para ver a Rainha." Dean disse a primeira frase da senha. Algo que ele leu na internet, onde os malucos e os pervertidos trocavam segredos exatamente assim. Ele não parou para se perguntar o que aconteceria com ele se a informação que obteve estivesse errada. Assim que as palavras foram pronunciadas, seu coração se acalmou apenas em um ritmo preocupante, em vez de um ataque cardíaco certo.

Ele poderia fazer isso.

Ele não deveria fazer isso.

"E de que reino devo dizer a ela que você é?"

"Moon... ah MoonDoor," ele cuspiu a segunda parte da senha que lhe daria acesso ao interior.

"Certo então." A janela se fechou e a porta se abriu apenas o suficiente para Dean ser puxado para dentro de um quarto escuro antes que a porta se fechasse e uma fechadura se fechasse no lugar. Nenhum cheiro permeou o espaço, o que significa que o homem era um Beta ou usava os bloqueadores mais fortes possíveis. Ele estava cercado por uma escuridão total e uma mão desencarnada no escuro apertou seu braço com força. "Esta pronto?"

Dean não teve chance de responder antes que o chão começasse a se mover. Puta merda, ele estava em uma caixa completamente preta, incapaz de ver porcaria alguma, enquanto algum Alfred bizarro, segurava seu braço com força. Um andar móvel como um elevador desceu a uma profundidade desconhecida para se encontrar com a porra da senhora subterrânea. Passariam anos até que alguém encontrasse seu corpo.

(HIATUS)Big Energy Alfa (Destiel ABO)Onde histórias criam vida. Descubra agora