[+18| História 1| Dark romance| Sáfico]
Em uma pacata cidade, a vida de Duda toma um rumo inesperado e turbulento. Após a perda de seu pai, a jovem se vê diante da iminente união de sua mãe com um homem desconhecido, uma realidade que desmorona suas...
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[Robert]
Eduarda Dias
Ao entrar no quarto, o pensamento de Isa dominava minha mente. Por alguns instantes, deixei-me levar por uma série de gravações e imaginei suas curvas.
—Porra! — exclamava, fazendo uma busca frenética entre as roupas em meu armário. A frustração aumentou à medida que percebia que minhas opções eram escassas. Finalmente, optei por um conjunto branco composto por uma camisa fina e um short de tecido leve, um look simples, mas que refletia a atmosfera descontraída da festa.
Vesti-me e saí em direção à área de churrasco, onde o aroma da carne grelhando preenchia o ar. Cheguei ao lado de minha mãe e ocupei um banco próximo à bancada, tentando disfarçar minha melhoria interna.
— Pelo visto, alguém não está com o melhor humor hoje — ela comentou, com um olhar sério que soube refletir sobre preocupação.
— Estou praticamente sem roupas, perdi quase tudo — respondi, fazendo uma careta.
— Isso a gente resolve — ela disse, esboçando um sorriso que era uma promessa de solução.
— O que tem em mente? — arqueei a sobrancelha, intrigada.
— O Robert me deu um cartão para que eu pudesse usar à vontade, e você também poderá usá-lo — ela contínua, enquanto colocava o pudim, feito com todo carinho, no freezer.
— Nem pensar — revirei os olhos em um misto de indignação e leveza.
— É isso ou você acabará andando pelada por aí. Se depender do meu dinheiro, você só conseguirá comprar um pirulito, porque neste momento só tenho um real na conta bancária — ela riu, e não pude evitar me juntar ao riso leve daquela situação.
— Que situação deplorável! Mas tudo bem, eu aceito — confessei, rendida ao desejo de ter novas roupas.
— Depois entrego o cartão — ela falou, levantando-se e se dirigindo a Robert, que estava à vista.
Coloquei meus óculos de sol e reclinei minha cabeça na pedra, apreciando o calor do sol. Meu olhar encontrou Isa novamente, que se levantou e tirou a saia, ficando apenas com o biquíni, uma visão que fez meu coração acelerar.
Levantei os óculos e observei-os descaradamente. Que garota!
— Cuidado para não olhar demais e acabar se apaixonando — ela provocou, com um tom de voz brincalhão e cheio de confiança.
Respondendo à sua provocação, levantei o dedo do meio em um gesto de desprezo. Robert passou perto de mim, e, rapidamente, finjo estar mexendo nas unhas, disfarçando. A garota mergulhou na água, e eu voltei a pensar no quanto Isa realmente era atraente.
— Ódio! — murmurei, pegando meu celular e começando a rolar distraidamente pelas redes sociais.
— Isa, amiga! — uma garota ruiva parecida, aproximando-se dela, que parecia relaxar ao sol novamente. Como não percebi que ela tinha saído da piscina?
E agora, como se não fosse suficiente, duas garotas estavam na conversa. Peguei algumas coisas para comer, coloquei no prato e abri uma garrafa de Skol Beats, retornando ao meu lugar.
Os risos das meninas eram contagiosos e, ao olhar para o lado, percebi que elas vinham em minha direção. Ótimo! Revirei os olhos, antecipando o que viria.
— Duda, essa aqui é a minha amiga Carol — Isa apresentou, com um sorriso que borrifava alegria.
— E eu com isso? — minha expressão foi inexpressiva, pois não estava interessada na nova amiga dela.
— Oi. — foi tudo o que consegui dizer, inseguro.
— Prazer — Carol estendeu a mão, mas não pude conter uma risada, o que deixou ambas perplexas.
— Qual é a graça, Eduarda? — perguntou Isa, com um olhar curioso e sério.
— Pra que tanta formalidade? — cruzei os braços, desinteressada.
— Isso se chama educação, e pelo visto você não possui nem um pouco — Isa rebateu, fazendo uma expressão de deboche.
— Ai! — coloquei a mão no peito, fingindo dor. — Isso me feriu profundamente — sorri de maneira cínica.
— Vamos, Carol, talvez tenha sido um erro tentar apresentá-la a essa insolente — ela disse, com um brilho de fúria nos olhos.
Levantei-me e agarrei a Skol Beats.
— Não precisa sair por minha causa. Ficou bravinha, foi? — lancei a farpa, divertido.
— Garota, se toca. Você está em minha casa, comendo a comida que meu pai compra e acha que pode se achar? Eu até tenho pena de você — ela riu, ironicamente.
Aproximando-me, olhei-a de cima a baixo, avaliando-a.
— O que pensa que está fazendo? — ela disse, fixando o olhar em mim, e eu fiz o mesmo.
— Observando de perto que tipo de "animal" eu terei que lidar. Não preciso que tenha pena de mim. E sobre você ser filha do dono da casa, lamento informá-la, mas terá que conviver com isso. Seu ódio, maninha, vai ficar bem guardado dentro de você — declarei com tranquilidade, antes de dar meia-volta, sentindo a tensão no ar.
— Você mexeu com a garota errada! — ela disparou, sua voz transbordando desafio enquanto passava por mim, esbarrando nos meus ombros.
Que megera!
O sol continuava brilhando, as conversas e risos emparelhavam no ar, mas eu sabia que esse dia apenas começava, e que aquele embate era só o prenúncio de muitas aventuras e desventuras que ainda estavam por vir.