Capítulo 20

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Em Casa

Voar foi algo inexplicável para Ellie, ela sentiu uma sensação de liberdade imensa. A última vez que tinha dado um sorriso genuíno ou sentindo felicidade, leveza dentro de si fora quando seus pais ainda estavam vivos, ao longo do tempo, a dor da perda foi diminuindo mas ela sempre estava lá.

Dane no início ficou tenso com a sensação mas logo isso passou e começou achar incrível, Kian por outro lado não conseguia relaxar, estava tenso. Era um homem que não gostava muito de altura e não via a hora de colocar os pés no chão.

Eles não demoraram a chegar em Hedgehog, o dragão pousou numa floresta perto dos limites do castelo. E assim que ele pousou, Kian foi o primeiro a pular.

— Foi incrível – Dane comentou com um sorriso no rosto olhando para o dragão.

— Diga por você – Kian disse ainda tentando se recuperar.

— É melhor irmos – Ellie disse enquanto olhava ao redor.

— E quanto a ele? – Dane se referiu ao dragão.

— Ele estará por perto.

— Como sabe disso? – Kian deu um passo à frente atraindo atenção de Ellie.

— Eu apenas sei – Deu de ombros.

— Vamos – Dane chamou para segui-lo.

   Eles os levou para a entrada do castelo e assim que foi anunciada a chegada de Dane, Lucien e sua mãe foram o mais rápido que podiam até ele. Lucien foi o primeiro a abraçá-lo, apertado e cheio de saudade.

— Como é bom vê-lo de novo, irmão – Lucien ainda estava agarrado a ele.

— Eu digo o mesmo, irmão – Dane estava lutando contra suas lágrimas. Eles se afastaram e Lucien deu lugar para sua mãe.

— Meu filho – As mãos dela encontraram seu rosto, num carinho terno e em seguida o abraçou — Contava os dias para vê-lo de novo. Eu vi os cartazes de procurados, o que está acontecendo, Dane? – Perguntou preocupada assim que desfez do abraço.

— É melhor termos essa conversa lá dentro – Respondeu.

— Quem diria que meu irmão iria atrair atenção da rainha – Lucien brincou e recebeu um tapa na nuca de sua mãe.

— Isso não é coisa que se brinque, Lucien! Seu irmão está sendo procurado – O repreendeu — Vamos entrar.

Lucien e sua mãe os conduziram a sala principal e Dane estranhou por até agora não ter visto seu pai.

— Onde está meu pai? – Dane notou as expressões de seu irmão e sua mãe e já imaginava o que estava por vir.

— Ele não resistiu. Eu enviei uma carta para você mas pelo visto não chegou até você – Sua mãe respondeu com pesar, ainda era difícil lidar com sua morte.

— Queria ter me despedido – Lucien se aproximou dele colocando uma mão em seu ombro.

— Por mais que seja difícil lidar com sua morte, era ainda mais difícil vê-lo definhar na cama. Ele está num lugar melhor, sem sofrimento – Dane tentou sorrir.

The True HeirOnde histórias criam vida. Descubra agora