[+18| História 1| Dark romance| Sáfico]
Em uma pacata cidade, a vida de Duda toma um rumo inesperado e turbulento. Após a perda de seu pai, a jovem se vê diante da iminente união de sua mãe com um homem desconhecido, uma realidade que desmorona suas...
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[Carol]
Isa Martins
Subi as escadas em direção ao meu quarto acompanhado de Carol, que imediatamente se seguiu ao armário para trocar de roupa. Eu, por outro lado, joguei-me na cama, exasperada.
— Ai que ódio aquela garota! — desabafei, afundando o rosto no travesseiro.
— Você disse que ela é seca e eu não imagino que a situação fosse tão extrema. Ai, que desperdício! Ela é tão gata! — A voz de Carol transbordava ironia enquanto um sorriso brincava surgia em seus lábios.
— O que adianta ser linda e ter uma personalidade de ogra? — retruquei, revirando os olhos.
— Vai me dizer que você não pegaria? — Ela cruzou os braços, solicitando.
- UE? Haha! Sou hétero até a morte — respondi, rindo alto.
— Ok. Hetero top. Mas e aí, vamos sair hoje? — Carol arqueou uma sobrancelha, insinuando um plano audacioso.
— Sem dúvidas! Estou a fim de pegar um boyzinho! — A malícia tomou conta do meu sorriso.
— Que safada! — Ela lançou um travesseiro em minha direção.
— Só um pouquinho. Agora vai lá tomar seu banho! — fiz sinal com as mãos, apressando-a.
Ela se declarou, indo para o banheiro, enquanto eu desci rapidamente para pegar um doce.
— Filha? — Meu pai apareceu do nada, fazendo meu coração disparar.
Pressionei a mão contra o peito, tentando recuperar o ar.
— Que susto! — Ele soltou uma risada, divertida.
— Vi que você conversou com a Duda, estou feliz com isso. Você está dando bem?
— Ah, claro que estamos, ótimo! — Menti, forçando um sorriso.
— E você vai sair hoje? — Seu olhar era curioso e investigativo.
— Sim, pai. Por quê? — Perguntei, tentando esconder qualquer sinal de preocupação.
— Poderia levar a Duda junto. — Ele sorriu, parecendo satisfeito com a ideia.
— Como é? — Arqueei a sobrancelha, confusa. — Quer dizer, ela não deve gostar de sair.
— A Vanessa comentou com ela e ela disse que, se você fosse, ela toparia.
Um pensamento malicioso cruzou minha mente: o que essa megera está tramando?
— Tudo bem então, se a ver, diga que às sete estarei indo. — Sorri cinicamente, sem acreditar no que estava acontecendo.
— Obrigada, filha. — Ele me abraçou, e eu retribuí, ainda absorta em meus pensamentos.
Depois que meu pai se atrasou, fiquei ali olhando para o chão, tentando entender porque Duda havia aceitado essa proposta. Subi para o quarto, onde Carol já havia terminado o banho.
— Que cara é essa, amiga? — Ela me olhou, intrigada, enquanto pegava a roupa de sua bolsa.
— A Eduarda vai. — Falei com um tom seco, revelando a informação bombástica.
— O quê? Como assim? — Seus olhos se arregalaram, reflexo do choque.
— Isso mesmo, a Vanessa falou com ela e ela aceitou. Agora vamos levá-la.
— Amiga, mas e os seus rolos? — A preocupação foi evidente em sua voz.
— Foda-se ela! Se ela abrir aquela boca, vai se ferrar! – Respondi, determinada.
— Se você diz... Vamos nos arrumar então! Agora vai lá tomar banho, sua porca.
— Quietinha aí, viu? — Peguei uma toalha e entrei no banheiro.
Durante o banho, uma série de ideias dançavam em minha mente. Pensei em quão boa seria a noite, e não havia dúvida de que nem Duda, nem qualquer outra pessoa poderia atrapalhar isso. Após terminar, me sequei e fui direto ao guarda-roupa. Escolhi um vestido preto justo, com uma fenda provocante e decote em V. Eu sabia que estava um pouco ousada; se meu pai me visse assim, ele certamente teria muito a dizer. Mas, por sorte, ele não estava mais em casa. Olhei-me no espelho, admirando minhas curvas acentuadas.
— Arrasou, amiga! — Carol comentou enquanto analisava meu visual.
— Aiai, cuidado com o que você deseja! — Ri, me sentindo poderosa.
— Credo! — Ela fez uma careta, mas o sorriso dela não conseguiu se apagar enquanto terminava a maquiagem.
Assim que finalizamos, esperamos do lado de fora da casa. Não se passaram três minutos e Duda apareceu. Nossa! O impacto visual foi forte. Vestia uma calça cargo escura e uma camiseta branca simples, mas aquele brilho no colar dela a tornava ainda mais atraente.
— Então meninas, vamos? — Ela sorriu, parecendo completamente alheia à tensão que pairava no ar.
Entramos no Uber à espera, e o motorista segue a rota até a boate mais badalada da cidade. O clima estava leve, mas a inquietação crescia à medida que nos aproximávamos do destino.