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Odeio todos os caras babacas que se acham no direito de tocar meu corpo só porque gosto de me vestir diferente

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Odeio todos os caras babacas que se acham no direito de tocar meu corpo só porque gosto de me vestir diferente. Sejamos sinceros, ser um gostoso está no meu DNA, mas a questão aqui não é essa e sim que não importa se visto uma micro roupa ou me escondo por baixo de vários tecidos, nada dar o direito de qualquer imbecil me tocar sem minha permissão. Esses idiotas sempre tiram conclusões precipitadas quando me olham e por vezes é até divertido presenciar a cara de espanto quando percebem que não tenho medo deles. Agradeço papai que colocou meu bem-estar acima de tudo e desde cedo me ensinou a lutar. Mas confesso, existem momentos que tudo se torna demais. Exaustivo. Quero dizer, não deveria ter de exigir respeito, ou andar em alerta caso algum ser sem noção ache divertido agir como um escroto. Às vezes eu só queria me sentir seguro o suficiente para viver. Ser livre.

Não sonho com um príncipe em sua armadura e cavalo branco, não. Isso difere de tudo que meu pai me ensinou. Entre ter prestígio e liberdade, ser livre sempre será minha primeira escolha. O que não significa que não desejo alguém para me proteger e me segurar no instante em que não aguentar continuar, mas enquanto esse cara não cruza o meu caminho, tento respirar fundo e seguir de cabeça erguida, como sempre fiz até aqui.

O que me impede de ser da paz? Idiotas como o da vez que ainda não entendeu que estou dando a chance dele sair ileso, apenas porque essa noite estou divo demais para estragar toda minha produção. Mas paciência não é algo que cultivo em abundância, só se for por um motivo muito, muitíssimo especial. O que não é o caso.

Quatro. Essa foi exatamente a quantidade de vezes que o imbecil esbarrou em mim e me insultou. Juro que se não tivesse vindo nesse bar/cassino para conversar com o gerente sobre as apresentações da nossa banda, já teria socado a cara desse panaca. Mas estou tentando manter a sanidade, por isso suspiro profundamente e aperto o copo de tequila numa tentativa fracassada de afastar a irritação. Papai ficaria orgulhoso do gancho de direita que dei no cretino quando ele foi longe demais e passou a mão na minha bunda. Droga! Estragarei toda minha produção por conta desse parvo.

- Cansou de bancar o machão?

É interessante observar a confusão perpassando o rosto desses cretinos. Primeiro vem o espanto, depois a dúvida e por fim a fúria. Se eles fogem ou ficam, sempre acaba por ser uma humilhação. Pelo menos é assim que esse bando de acéfalos pensa. Não me importo de derramar algumas gotas de sangue, deles é claro. Meu pai me treinou suficientemente bem para interpretar quando devo ou não começar uma briga. O grandalhão a minha frente, só tem isso: tamanho.

Sorrio quando sua feição assustada se torna uma carranca avermelhada e ele busca um litro sobre a mesa mais próxima o quebrando e vindo na minha direção. Tenho que dizer que ele é agitado demais, porém previsível, por isso não foi difícil desviar do seu ataque quando ele se jogou sobre mim. Admito que senti uma leve preocupação quando ele caiu sobre a mesa de madeira e grunhiu de dor, mas foi algo passageiro. De alguma maneira, o vidro que ele segurava cortou seu antebraço e quando finalmente conseguiu se erguer, sua reação foi atacar. Os punhos cerrados miraram meu lindo rostinho, mas consegui desviar e contra-atacar acertando seu queixo. O burburinho se alastrava pelo salão conforme suas investidas ficam mais intensas. Ele conseguiu acerta um soco, meio débil, nas minhas costelas e sorriu. Na sua cabecinha cheia de merda, provavelmente se achou o maior lutador. Idiota.

⚜Vórtice da Paixão↬VegasPete⚜Onde histórias criam vida. Descubra agora